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acordo as 6:00 da manhã com o  meu padrasto gritando com a minha mãe, isso já se tornou rotina desde quando ele veio morar com a gente, minha irmã continua dormindo e eu levanto pra poder ir me arrumar pra escola, 17 anos sendo fielmente infernizada pela a assombração do meu padrasto, a 15 anos. Minha irmã é o meu maior tesouro, cuidei dela basicamente a vida toda por conta dos trabalhos da minha mãe.

tomo um banho rápido pra não me atrasar e já saio do banheiro arrumada, meu quarto e o do ray ta sem porta pq o pai dela fez o favor de quebrar, fico indignada quando eu lembro desse inferno, mas fazer o que. Minha mãe tem um salão aqui na rua de casa, até que da pra tirar um dinheiro legal, só que a maioria do dinheiro meu padrasto pega pra beber e gastar com as puta do clube 90, minha mãe se ilude falando que é pra ele mandar pros parentes dele la do nordeste, não sei quem é pior, ela que é burra ou ele que é mentiroso.

eu trabalho em uma padaria la na entrada do morro, onde é "menos perigoso", não sei quem acredita nisso né, mais ok, recentemente o dono do morro foi preso e ta tudo na mão dos amigos dele, eu até conheço alguns, mas prefiro não me misturar.

saio do quarto e rayane ainda está dormindo, desço as escadas e vejo minha mãe sentada na sala chorando

bom dia- falo baixo

bom dia minha filha- rose

ta tudo bem?- pergunto já sabendo a resposta

ta sim filha, se preocupa não, vai la estudar- rose

sabe o que eu acho sobre isso né?- ela assente- a senhora não merece passar por essas coisas mãe- digo e saio de casa 

na esquina a Ana já estava parada me esperando

que desprazer que é olhar para sua cara essa hora da manhã- ana 

se mata então boneca, aproveita que o setembro amarelo ainda nem chegou- debocho dela

mona vc é uma endemoniada, quero morrer sua amiga- diz ela rindo

to fora de você- brinco

vamos de papo furado até a escola e já entramos direto para a aula, não tenho muitos amigos , no caso eu só tenho a Ana mesmo, conheço ela desde criança e assim ficamos amigas até hoje.

14:30 da tarde

me encosto no balcão ajeitando minha touca e dando uma revisada nas mercadorias pra ver se não esqueci de por nada, escuto alguém entrando e assim que me viro vejo um dos vapores aqui do morro me olhando fixamente

oi, boa tarde, posso ajudar?- pergunto solícita 

não pq eu não me misturo que tenho que deixar de fazer meu trabalho né, pera la tbm.

boa tarde, quero trocar uma ideia contigo, rebeca né?- vapor 

vala me senhor jesus cristo, o que esse macho quer...

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