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Capítulo 1

Xiao Zhan 

— XIAO ZHAN,XIAO  ZHAN
O som do meu nome penetrou através do fino véu do sono que me encontrou em algum momento nas primeiras horas de domingo. Abri os olhos e olhei para o rosto envelhecido que se tornara uma visão familiar da noite para o dia. O amigo de Yibo e o dono do bar onde nos conhecemos.

—Bem, olá, Suspensórios. Estava me perguntando quando você finalmente viria à tona.

Eu me movi para me sentar e estremeci quando meus pés caíram no chão arranhado de seu bar.
—Como está o corpo depois de uma noite nesse sofá? .

Arqueei minhas costas, sentindo-o rachar em todos os lugares certos e errados.
—Não é assim tão ruim. —Estiquei o pescoço de um lado para o outro, e quando as articulações estalaram e tentaram se realinhar, Jon riu.
—Você é um péssimo mentiroso. Mas você ganha pontos por não reclamar e gemer sobre isso. Você também pode tomar um café, se quiser.

— Sim, por favor.— Depois de ontem à noite, eu mataria por um café esta manhã.

—Certo, bem, deixe-me fazer isso enquanto você tenta se desdobrar daquele assento.
Ele estava prestes a sair quando examinei o espaço vazio, procurando o único homem por quem dormiria voluntariamente em um pub. Quando não o vi imediatamente, perguntei: —Yibo? .

Jon gesticulou para o corredor dos fundos com uma inclinação da cabeça.
—Ainda está com Amy, pelo que eu sei. Imaginei que ele preferiria ver seu rosto esta manhã do que o meu.

Jon piscou e foi para o bar quando meu bolso de trás começou a vibrar.
Quando peguei meu telefone, vi várias chamadas perdidas e mensagens de Gabe e Alexander.

Mandei uma mensagem rápida depois que Yibo e eu saímos do jantar de caridade ontem à noite, avisando que estávamos bem, mas foi só isso. Eu sabia que precisava ligar de volta com uma atualização, e eu ligaria, mas eles teriam que esperar. Eu tinha outra pessoa que eu precisava checar primeiro.

Esfreguei as mãos sobre o rosto enquanto caminhava para o bar e peguei o mesmo banquinho que tinha na única outra vez que estive aqui.
Jon olhou por cima do ombro na minha direção.

—Eu tenho que dizer, eu não tinha certeza se eu iria vê-lo sentado lá novamente. Ele pegou duas canecas e as trouxe. —Se vale de alguma coisa, estou feliz por estar errado. Você é ótimo para ele.

Meus olhos se arregalaram e Jon sorriu.
—Ou... Você não concorda?

— Uh, não, quero dizer, sim, eu concordo. Eu não esperava que você falasse.

—Nem eu.— Jon descansou contra o balcão e tomou um gole de seu café.
—Mas às vezes as pessoas te surpreendem. Você intensificou tudo ontem à noite.
Estava lá para Yibo quando ele precisou.

—É claro. Eu não ia deixá-lo lidar com tudo isso sozinho. Eu... Eu peguei minhas palavras antes que elas caíssem da minha língua, percebendo que meus sentimentos estavam muito mais próximos da superfície do que eu esperava.

Eu passei por toda a gama de emoções na noite passada: felicidade à tristeza, esperança ao desespero e, finalmente, desgosto, que se transformou em algo muito, muito mais forte. Mas essas emoções eram novas demais para falar agora, e até que eu tivesse a chance de me acomodar totalmente nelas, eu queria mantê-las para mim.

—Não me entenda mal. —Jon apontou um sorriso torto para mim.

—Eu não pensei que você fosse se separar. Mas imaginei que Yibo tentaria te expulsar.
—Oh, ele fez. Levei minha caneca aos lábios e tomei um gole. — Mas eu fiz ele mudar de ideia.

The Flame (livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora