The Flame (livro II

26

Capítulo 26

Xiao Zhan 

—ME LEMBRE NOVAMENTE POR QUE eu concordei com isso de novo?
Inclinei-me sobre o console do carro de Yibo  e beijei sua bochecha.
—Porque você me ama e Alexander se sente absolutamente horrível sobre o que aconteceu na primeira vez que saímos.
—Então ele quer uma repetição?
—Hum...mais como uma reparação. Mas desta vez mais discreto.

Yibo  olhou pela janela para a vista magnífica do lago. —Que discrição.
Você viu o tamanho das casas pelas quais estamos passando?

—Eu tenho, mas você tem que entender que para Alexander, isso é discreto.
Ele morava em uma cobertura no centro da cidade, e acredite em mim quando digo, isso é como os subúrbios comparados a isso.

Os olhos de Yibo  se arregalaram. —Deve ter sido uma infância e tanto.

Eu ri e olhei para o sol que havia conseguido espiar através das nuvens hoje e nos aquecer por algumas horas. Isso tornou o cenário ainda mais espetacular, pois brilhava na neve derretida que havia caído na noite anterior.
Segurei a mão de Yibo  enquanto ele seguia as instruções do GPS e nos entrelaçava através das árvores altas que alinhavam as propriedades à beira do lago. Fazia quase uma semana desde que Yibo  me disse que me amava, e muita coisa aconteceu desde então. Ele me contou sobre Amy e sua decisão em  relação a ela, e embora eu soubesse que deve ter sido uma das escolhas mais difíceis que ele já fez, eu entendi.

É difícil ver alguém que você amava continuar a trilhar um caminho de autodestruição e ignorar toda e qualquer mão estendida para ajudá-los. Então, em algum momento você tem que cuidar de si mesmo e esperar que eles possam fazer o mesmo. Ele parecia em paz com sua decisão, mesmo que doesse, e eu estava grato por ele sentir que poderia confiar em mim e conversar quando precisasse.
Isso era outra coisa que eu estava começando a amar em nós - esse entendimento inato que tínhamos um do outro. Ele sabia que eu era um falador, que se algo estava em minha mente eu queria tirá-lo e resolvê-lo naquele momento, enquanto ele era exatamente o oposto.
Eu costumava pensar que era porque ele não confiava em mim, mas esse não era o caso. Yibo  gostava de pensar em tudo antes de conversar, e agora que eu entendia isso, pude dar a ele aquele espaço e deixá-lo vir até mim quando ele estivesse pronto.
Como a ideia que plantei há pouco sobre a mercearia e a Esperança do Futuro. Ele me deu permissão para investigar qualquer tipo de financiamento ou expansão que eles pudessem estar interessados, e hoje eu tinha algumas respostas para ele.
Eu não conseguia me lembrar da última vez que me senti tão bem, tão realizado em minha vida. Eu estava na nuvem nove e sabia que tinha tudo a ver com o homem sentado ao meu lado.

—Então me lembre quem vai estar nesse almoço de novo?

Eu sorri para ele. Yibo  pode ter uma cara corajosa, mas eu sabia que a ideia de estar perto de estranhos ainda o deixava um pouco desconfiado.
—Alexander e Sean, obviamente, e Gabe e Marcus também estão vindo.
Yibo  sorriu. —Isso realmente é uma repetição.

Eu amassei meu nariz. —Devo me desculpar?

— Pedir desculpas? Por que você vai querer fazer isso? Se alguém precisa se desculpar, sou eu, e agora parece que vou ter a chance.

Sentei-me em linha reta, horrorizado que ele pudesse pensar que era por isso que Alexander nos convidou aqui.

—Então não é por isso. Você sabe disso, né? Você não tem nenhuma razão para se sentir mal sobre...

—Saindo de um jantar de alguns milhares de dólares por raiva?— Yibo  me olhou de soslaio.
—Vamos, GQ. Posso ser do lado sul, mas até eu tenho boas maneiras, e naquela noite as deixei na porta.