Especial: A Raposa e o Lobo

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Mais um especial!

Logo venho com o Epílogo!

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🔮

- Um dia você será um grande rei dessas terras, Hoseok. E quando esse dia chegar, deve estar preparado, deve ser forte!

Desde que nasci eu ouvi essas palavras. O peso da coroa já era sentido em minhas costas antes mesmo que eu pudesse aprender a caminhar. Porém, era um fardo que eu não achava tão ruim carregar, não quando eu ia até a janela do castelo e ali eu olhava para toda Surim, para todos os súditos na cidade, vivendo suas vidas e rotinas, queria ser o rei forte que ouvia precisar ser, contudo...

- Ele entrou em seu cio! Precisamos reforçar as grades! Rápido, chamem aquele dragão de fogo para reforçar com magia as grades da prisão!!

Ter sido amaldiçoado logo tão cedo acabou frustrando completamente os planos de ser o rei que meu povo precisava. Não podia simplesmente me tornar no rei forte que eles mereciam se em todas as luas cheias eu pudesse matar meus próprios súditos.

- Malditos sejam aqueles bruxos!! Precisamos encontrar alguém capaz de quebrar essa maldição!! Seu filho está para se tornar maior de idade, ele já deveria estar sendo preparado para receber a coroa!!

Os conselheiros do reino bradavam inconformados. Desesperados para que eu me livrasse da maldição, afinal, se não conseguisse receber a coroa deveriam buscar por um sucessor mais próximo, e o único parente próximo que poderia ascender ao trono era um primo, nobre de Surim, de terceira geração, distante demais e despreparado demais para simplesmente se tornar rei.

Meus dias tinham sido resumidos a isso, me mantinha recluso no quarto pela maior parte do tempo, estudando na parte da manhã, e tentando me manter calmo, pintando ou construindo alguma coisa, tudo para distrair minha mente do monstro que me tornaria em alguns meses, naquele mesmo ciclo infernal.

Mas era à noite que as coisas se tornavam piores. Depois de passar todo o dia sobrecarregado pelas palavras do conselho, dos olhares que recebia dos empregados da casa ou dos soldados, o medo em seus olhos, temiam que a qualquer momento eu me tornasse uma besta desgovernada que faria uma chacina por todo o castelo, ainda que soubessem que isso só acontecia na lua cheia, nos períodos de cio.

Após o banho, esse que não permitia ninguém me ajudar, parava em frente ao espelho enorme em meu quarto, vestido apenas com minha calça do pijama, branca, encarando meu reflexo e aquela marca da maldição em meu rosto.

Era nesse momento que toda angústia explodia em meu peito, a dor se alastrava por mim como as correntes que me prendiam na prisão de segurança. As lágrimas que corriam por meu rosto queimavam minha pele como se fossem brasa, e minha pele repleta de cicatrizes por conta do atrito do ferro das correntes, ou das queimaduras ao tocar nas grades mágicas. Tudo se repetia, todas as noites.

Magia do Caos - JiKookOnde histórias criam vida. Descubra agora