O Professor de Direito

Capítulo 23

Converso com Helena sobre o ocorrido e ela me olha assustada, a abraço e ela se afoga em meu abraço, ouço soluço e percebo que está chorando, a aperto mais em mim e ela vai se acalmando.

- Como... Como eles fugiram... Como sabem onde estou... Será que Maria está certa amor... Será que Lívia, a minha própria mãe está por trás disso?

Ela fala ainda chorosa.

- Eu não sei princesa, o que posso afirmar é que eu não vou permitir que nada te aconteça, ninguém mais vai tentar te fazer mal ouviu?, você não está mais sozinha.

Ela sorri em concordância e enxuga as lágrimas.

- Agora princesa, vamos descer e conversar com seu pai, sei que você não queria mas sabe que precisa, eu vou ficar do seu lado segurando sua mão e te dando força.

- Obrigada amor... Obrigada por seu amor, sua proteção, seu carinho, obrigada Deus por me dar a sorte de ter esse homem na minha vida.

Sorrio ao ouvir suas palavras.

- Sorte é a minha de ter uma mulher tão incrível ao meu lado, e será assim para sempre.

Nos beijamos. Após alguns minutos, descemos e fomos até o escritório do pai de Helena, ele já havia acabado a reunião e estava à nossa espera em seu escritório.

Helena com muita força e coragem conta tudo ao seu pai que está enfurecido com Lívia e chorando porque não sabia que sua filha tinha passado por tanto nas mãos de sua mãe.

- Porque não me ligou minha pequena? Porque não me disse nada?

Helena chorando junto com seu pai vai até ele e o abraça forte.

- Eu não queria preocupa-lo papai, e sabia que se o senhor soubesse disso mataria Lívia.

- E é isso que vou fazer com aquela desgraçada!

- Não papai por favor!

Helena implora chorando.

- Sr. Rodolfo, não faça nada de cabeça quente, não preocupe Helena, ouça ela, por favor.

Peço com muita calma, ele me olha e respira fundo buscando se acalmar.

- Mas e se ela estiver por trás dessas ameaças!?

- Então ela pagará igual Nate e Dilan pagará Rodolfo, mas atrás das grades, não suje suas mãos, não vale a pena, eles irão pagar, eles não farão nada com Helena, iremos protegê-la.

Rodolfo me olha com ternura e acena em concordância.

- Amor, eu sei que vai ser difícil mas não poderá sair sozinha até resolvermos esse problema...

Seguro em seu rosto e acaricio ele com meu polegar, ela me olha triste mas concorda.

- Bruno, seu pai ou eu irá sempre te levar aos lugares que quiser, tudo bem?

Todos concordam.

- Mas eu não quero atrapalhar...

- Não atrapalha amor, te amamos, fazemos isso porque te amamos, não vamos colocar seguranças, você não gosta e são desconhecidos, se seu pai contratasse mais seguranças pra ficar com você poderia ser que não fosse seguranças de verdade...

- Você acha que...

- Minha filha, a sua mãe é capaz de tudo, então sim, isso poderia acontecer, então vamos ficar só nós três te protegendo e falarei com meu melhor amigo que é delegado para que haja uma escolta sempre próximo.

- Está bem papai...

Helena suspira cabisbaixa mas concorda com o que falamos aqui, após resolvermos tudo, subo com Helena para seu quarto e nos deitamos na cama, ela se aconchega em meus braços e faço carinho em seus cabelos.

- Sei que está sendo difícil pra você princesa, mas pelo menos somos pessoas que você conhece e confia... Em meio de todo esse caos, tive essa ideia como forma de te deixar mais confortável.

- E eu estou... Obrigada amor... Mas quando vim pra cá... Eu esperava estar livre de tudo isso, todos os problemas... E parece que eu trouxe eles comigo na bagagem.

Ela fala meio chorosa.

- Shh meu amor, não diga isso, você não trouxe nada com você, esses imbecis que estão tentando se meter com quem não deve, mas em breve tudo vai acabar e você vai ficar livre, não tão livre mocinha porque estará ao meu lado.

Ela sorri.

- Eu quero estar livre para poder viver tranquilamente, mas sempre ao seu lado, é o único estresse que quero ter.

- EI!

Ela gargalha e eu gargalho junto.

- Eu te amo minha princesa, e eu quero ver sempre esse seu sorriso lindo.

- Eu te amo Rodrigo, você é o motivo desse meu sorriso.

Nos beijamos e após alguns minutos pegamos no sono.