Hongjoong observava as pessoas que passavam por ele enquanto estava sentado em um dos bancos no balcão da barraca de macarrão em que estava acostumado a comer, um envelope descansando sobre o balcão ao lado da tigela. Ele sabia que não teria energia para fazer nada quando chegasse em casa, então juntou o útil ao agradável e marcou o encontro em um lugar que pudesse comer enquanto conversavam.
A chegada de Mingi foi, como sempre, no horário certo e sem estardalhaço enquanto Hongjoong começava a comer seu macarrão recém servido pela dona da barraca, se sentando no banco ao lado.
— Qual é o trabalho da vez?
Hongjoong não se ofendeu pela falta de cumprimento, acostumado com o tratamento estritamente profissional.
— Um roubo — Hongjoong respondeu, parando de comer para estender o envelope para o homem sentado ao seu lado. — Pagamento do bom, mas trabalhoso.
Ninguém estava prestando atenção neles, mas Mingi foi discreto mesmo assim, retirando as folhas com as informações do envelope e lendo enquanto Hongjoong comia sem se preocupar em falar.
— Não é a nossa área — falou depois de ler boa parte das informações. — Nós não temos como invadir essa galeria. É de uma das grandes empresas, a gente não tem estrutura nenhuma para um trabalho desses. — Mingi colocou os papéis de volta no envelope e o devolveu a ele. — Qual é o seu plano?
Hongjoong acabou de mastigar antes de responder.
— O pagamento é gordo. Bem gordo mesmo. Se nós não temos a experiência e as habilidades necessárias, é só fazer uma equipe com quem tem. — Deu de ombros.
— Não é uma ideia ruim — Mingi cruzou os braços sobre o peito —, mas onde você pretende arrumar pessoas dispostas a se enfiar em um trabalho doido desse?
— Eu esperava que você fosse uma dessas pessoas, já que você é a única pessoa que já trabalhou comigo e deu certo. Sobre quem mais procurar pra isso, eu vou ser sincero e dizer que eu não faço a menor ideia de onde eu vou tirar mais gente, mas eu vou tentar até que todos os criminosos dessa cidade tenham me dito não se for preciso.
Mingi riu.
— Agradeço a sinceridade — brincou. — Bom, acho que mal não vai fazer. Conta comigo por enquanto, mas se parecer que é furada, eu caio fora.
Hongjoong quase suspirou aliviado por não estar se enfiando em uma missão quase impossível sozinho.
— Entendido.
— O contratante disse mais alguma coisa?
— Não, só me deu um celular e disse pra eu entrar em contato por ele — respondeu, se lembrando do aparelho escondido com suas armas embaixo de seu colchão —, mas eu dei uma pesquisada sobre o tal do Cromer.
Mingi se arrumou em seu banco, ficando mais confortável ao apoiar os cotovelos sobre o balcão.
— E o que achou?
— Bem perto de nada — disse com um suspiro. — Só descobri a única informação que ele já me deu: que o Cromer tá guardado em algum lugar na Galeria Central de Seoul, nada além disso.
Mingi levou uma mão até o queixo, um hábito que Hongjoong sabia que ele tinha quando estava pensando.
— Bom, se o trabalho fosse fácil, o pagamento não ia ser tão gordo — disse, dando de ombros. — Acho que a gente consegue descobrir alguma coisa se perguntar pra pessoa certa.
Hongjoong, acabando de comer sua tigela de lamen, focou sua atenção em Mingi.
— E quem seria a pessoa certa?
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OUTLAW | SEONGJOONG
Fiksi Penggemar| concluída | seonghwa x hongjoong Há 35 anos, uma enfermidade se espalhou pelo mundo. A Doença da Pétala causou prejuízos e perdas no globo inteiro, mas a Coreia sofreu com isso mais do que a maioria. Com pessoas morrendo e conflitos acontecendo em...