× capítulo 01 ×

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Hongjoong observava as pessoas que passavam por ele enquanto estava sentado em um dos bancos no balcão da barraca de macarrão em que estava acostumado a comer, um envelope descansando sobre o balcão ao lado da tigela. Ele sabia que não teria energia para fazer nada quando chegasse em casa, então juntou o útil ao agradável e marcou o encontro em um lugar que pudesse comer enquanto conversavam.

A chegada de Mingi foi, como sempre, no horário certo e sem estardalhaço enquanto Hongjoong começava a comer seu macarrão recém servido pela dona da barraca, se sentando no banco ao lado.

— Qual é o trabalho da vez?

Hongjoong não se ofendeu pela falta de cumprimento, acostumado com o tratamento estritamente profissional.

— Um roubo — Hongjoong respondeu, parando de comer para estender o envelope para o homem sentado ao seu lado. — Pagamento do bom, mas trabalhoso.

Ninguém estava prestando atenção neles, mas Mingi foi discreto mesmo assim, retirando as folhas com as informações do envelope e lendo enquanto Hongjoong comia sem se preocupar em falar.

— Não é a nossa área — falou depois de ler boa parte das informações. — Nós não temos como invadir essa galeria. É de uma das grandes empresas, a gente não tem estrutura nenhuma para um trabalho desses. — Mingi colocou os papéis de volta no envelope e o devolveu a ele. — Qual é o seu plano?

Hongjoong acabou de mastigar antes de responder.

— O pagamento é gordo. Bem gordo mesmo. Se nós não temos a experiência e as habilidades necessárias, é só fazer uma equipe com quem tem. — Deu de ombros.

— Não é uma ideia ruim — Mingi cruzou os braços sobre o peito —, mas onde você pretende arrumar pessoas dispostas a se enfiar em um trabalho doido desse?

— Eu esperava que você fosse uma dessas pessoas, já que você é a única pessoa que já trabalhou comigo e deu certo. Sobre quem mais procurar pra isso, eu vou ser sincero e dizer que eu não faço a menor ideia de onde eu vou tirar mais gente, mas eu vou tentar até que todos os criminosos dessa cidade tenham me dito não se for preciso.

Mingi riu.

— Agradeço a sinceridade — brincou. — Bom, acho que mal não vai fazer. Conta comigo por enquanto, mas se parecer que é furada, eu caio fora.

Hongjoong quase suspirou aliviado por não estar se enfiando em uma missão quase impossível sozinho.

— Entendido.

— O contratante disse mais alguma coisa?

— Não, só me deu um celular e disse pra eu entrar em contato por ele — respondeu, se lembrando do aparelho escondido com suas armas embaixo de seu colchão —, mas eu dei uma pesquisada sobre o tal do Cromer.

Mingi se arrumou em seu banco, ficando mais confortável ao apoiar os cotovelos sobre o balcão.

— E o que achou?

— Bem perto de nada — disse com um suspiro. — Só descobri a única informação que ele já me deu: que o Cromer tá guardado em algum lugar na Galeria Central de Seoul, nada além disso.

Mingi levou uma mão até o queixo, um hábito que Hongjoong sabia que ele tinha quando estava pensando.

— Bom, se o trabalho fosse fácil, o pagamento não ia ser tão gordo — disse, dando de ombros. — Acho que a gente consegue descobrir alguma coisa se perguntar pra pessoa certa.

Hongjoong, acabando de comer sua tigela de lamen, focou sua atenção em Mingi.

— E quem seria a pessoa certa?

OUTLAW | SEONGJOONGOnde histórias criam vida. Descubra agora