Capítulo 4

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Julie Molina

Já fui ao supermercado. Já fui buscar a Flynn para vir cá para casa. Já passeamos o Rubble e a Koa. Não falei com a minha família e meio-irmão o resto do dia. Flynn só me pergunta sobre isso? Sim. Disse alguma coisa? Sim respondi a tudo ? Não. Óbvio que não.

-Vala, Julie, deve haver algo que me tenhas de contar!-implora e eu reviro os olhos.

-Não há nada a dizer, quer dizer, só passei uma vergonha pelo Carlos, como sempre.-digo seca.

A sala onde nos encontramos é muito grande, até maior que as salas de cinema em geral. Estamos ambas na sala de cinema do Luke. Flynn, a tentar saber o que aconteceu e eu a tentar escolher um filme.

Até, ouvirmos a porta de entrada ser fechada e eu arregalar os olhos, vendo Luke, Alex e Reggie ali. Começo por levantar o cu da cadeira com medo de Luke.

-Não fales assim do Carlos.-ri-se Reggie, enquanto eu tento sair da sala, sem que esteja desesperada, mas é impossível, porque estou desesperada.

Já estou a meio do meu percurso, enquanto sou chamada discretamente por Flynn, mas Luke chama-me:

-Aonde vais, Julie?-questiona de braços cruzados e eu penso e decido pensar se fosse um rapaz qualquer a falar comigo, não o meu ídolo.

-Não tens nada haver com isso.-respondo olhando-o, parando e ficando de braços cruzados.

-É a minha casa, podia saber para onde ias.-ri-se, pondo as mãos nos bolsos.-Mas, tens razão, não tenho nada haver com isso.-afirma, subindo os degraus para se sentar no lugar ao lado da minha amiga, que fica paralisada, mas fica mais ainda, quando Reggie senta-se ao seu lado.

Eu sempre gostei do Luke e ela sempre gostou do Reggie. Esquemas. Willie sempre gostou de Alex. Era um trio de cantores admirados por outro trio de admiradores.

-Então, pronto.-dou de ombros.-Flynn, vens? Ou queres ficar com o Reggie?-questiono e ela repreende-me com o olhar, enquanto ouço a risada de Luke, Reggie e Alex.

-Tudo bem, Flynn, não é mesmo?-questiona Reggie e a minha amiga fica maluca.

-Pronto, perdi a minha amiga.-afirmo e voz alta.-Adeus, bom filme.-desejo, indo para a porta principal, fechando-a ao sair de lá e indo para a sala, encontrando um casal feliz com Carlos.

-Bom dia.-desejo, já que não desejei tão bem.

-Bom dia, Julie!-Mitch diz e eu sinto a minha barriga revirar.

-Bom dia, filha, o almoço está para ser servido, mas fica aqui e vê um filme connosco.-pede Rose, mas eu fico dividida, sem querer participar numa cena familiar sem nenhuma vontade.

Eu acho que Mitch gosta mesmo de minha mãe e ele até é boa pessoa, mas deixa-me enojada só de ser que ele ficou com outra mulher antes da minha mãe para ter Luke e depois agora podem ter outro filho, já que ele não é infértil e a minha mãe ainda ovula.

-Não, obrigada, se precisarem de alguma coisa agora, posso ajudar.-informo e ela afirma contente:

-Ok, então, podes pôr a mesa, por favor?-questiona e eu confirmo, preparando tudo, enquanto ela indica as louças.

Em 30 minutos ponho a mesa e o almoço é servido. Pondo tudo nos lugares certo.

-Vou chamar o resto.-informo, mas Mitch impede-me e chama-me:

-Anda cá, Julie, por favor!-pede e eu sigo-o, vendo que ele vai até a um botão.-Isto é um botão da refeição, ou seja, em qualquer quarto em que eles estejam ouves-se um apito, a indicar o almoço!-explica animado, clicando num botão e um buzinar soa pelo local.

Brothers's FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora