Capítulo 6

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Julie Molina

Acordo, sentindo o meu corpo todo dor-me e uma dor de cabeça repentina vem-me à tona. A luz do quarto é quase inexistente, fazendo-me ver nada, além dos meus olhos ainda terem acordar. Coloco a minha mão na testa, reclamando de dor.

Nunca mais bebo... Nem me lembro bem do que aconteceu ontem... Só me lembro de beber com os meus amigos, cantar Karaoke e de resto, nada.

A minha barriga ronca e eu acordo definitivamente nessa altura, vendo melhor o quarto branco. O quarto é muito elegante, cheio de detalhes e coisas bonitas, que eu não consigo imaginar o quão caras devem ser. A cama onde me encontro é muito confortável e macia. Olho confusa para o local, não o reconhecendo.

-Que merda...-resmungo de dor.-Flynn!!!-grito, sentindo a minha garganta rasgar.

Espero por alguém, mas ninguém vem, ou seja, ou estão a dormir, ou eu acordei tarde demais e eles deixaram-me aqui para morrer de ressaca.

Estreito os olhos ao ver uma camisola em mim, mas que não me pertence, e uns calções cinzentos. É uma sweater da Nike, azul escura. Nunca gastaria tanto numa roupa assim, por isso alguém me pusera esta roupa. Decido cheirar o objeto, inalando o cheiro e vendo de quem pertence o objeto, então lembro-me.

Onde está Luke?-questiono-me.-Onde estás Flynn, Willie, Reggie ou até Alex??!-fico paranóica.

-Tenho de sair daqui!-digo rapidamente, não prestando atenção em nada.

Tiro a coberta de cima de mim, pensando se ando mais algum passo, até lembrar-me da dor de cabeça, que retorna a atacar. Vou até à maçaneta, girando-a para a direita, abrindo-a de uma vez. Ando um pouco para fora e eu vejo o corredor da casa de Reggie, estou na casa dele, pelo menos isso.

Ando para as escadas principais, descendo-as, ouvindo risadas comuns e entretidas. Amarro o cabelo num coque alto, observando a minha amiga, Flynn, e Reggie rirem à gargalhada, acompanhados por todos os outros, mas Reggie e Flynn são os que estão mais entretidos. Oh meu deus, a Carolyn está aqui! Paro a meio da escada paralisada, vendo que comem o pequeno almoço.

Por surpresa, Carolyn olha para cima e sorri para mim, feliz:

-Julie! Bom dia!-ela vem até mim, enquanto eu desço o último degrau.

Ela estende os braços para me abraçar e eu abraço como se fosse a Flynn, mas com menos força, surtando no interior.

-Bom dia?-riu-me achando graça à sua forma amigável de me abraçar de manhã.

Provavelmente, ficamos amigas ontem, só não me lembro, porque sou burra.

-Queres comer alguma coisa?-questiona Reggie e eu travo, vendo todos olharem para mim.

Não gosto de ter as atenções e quando as tenho, fico paralisada. Pareço uma louca.

-Bom dia!-sorri envergonhada, comprimentando Flynn com um abraço e Willie com um beijo na bochecha.

Fico ao lado da minha amiga nova Carolyn, mas... Aquele ser humano que é um filho da puta, chamado meu ídolo, que eu também gosto de chamar Luke, vir até mim, puxando-me para um abraço ao qual assustou-me.

Fico travada por um tempo, antes de retribuir, estranhando tal ato. O que foi que eu fiz? Inalo sorrateiramente o seu cheiro, sentindo o mesmo cheiro do sweater que uso, espera, então é de Luke. Separamos-nos e Luke sorri para mim:

-Bom dia, Jules!-ele chama-me pelo meu apelido e eu fico maluca, arregalando os olhos.

O que foi que eu disse!? O que eu fiz ?

Brothers's FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora