— Casa comigo? — o hálito quente e suave soprou no pé do meu ouvido. As mãos grandes e macias repousadas em minha cintura. Eu ri soprado. Meus olhos fixados no altar decorado com diversos tipos de flores frescas em cores diferentes e delicadas, assim como o vestido branco da noiva que tinha um sorriso aberto e olhos brilhantes encarando aquele que lhe prometia amor eterno: meu cunhado. — Tsc. Sempre parece uma piada para você — sussurrou arrumando a postura na cadeira colada à minha. Os fios de cabelo preto roçando minha bochecha, prova do quanto estávamos próximos ali em meio aos outros convidados. — Porque não fala sério. Por isso me faz rir — virei brevemente encostando meus lábios no canto dos seus — O casamento do seu irmão está te comovendo? Os olhos naturalmente cerrados fitaram os meus. — Talvez. — Então a gente conversa depois — lancei uma piscadela. Voltei minha atenção para os cônjuges. Neste instante, notei olhos em mim e checando encontrei a mãe de Min Yoongi me encarando. Sempre do mesmo jeito com cara de quem não faz questão de disfarçar o desgosto. Ela não me engolia e eu não fazia questão também, mas a senhora poderia no mínimo ser educada? Suspirei levemente. A família toda sempre teria muito o que falar sobre mim e Yoongi. Ele mesmo, nunca deu importância às fofocas e opiniões que ninguém nunca pedia. Algo que me fazia sentir mais segura sem medo de que tudo acabasse por causa de terceiros. Nem mesmo a Sra. Min, mãe e autoridade na família, não surtia efeito com as críticas afiadas disfarçadas de preocupação. Yoongi passou os dedos por cima dos meus, um pedido para segurar minha mão. Entrelaçou colocando sobre sua coxa. Haviam mais olhos em nós, sabíamos, porém ele mantinha a vista entre os noivos e eu, apenas. Vi orgulho, felicidade e esperança em seu olhar. Estava visivelmente emocionado. Algo que fez meu coração amolecer um pouquinho e de repente me vi imaginando toda aquela situação se fosse entre nós. Eu de branco com um buquê, um jardim, convidados, nossos queridos, um Yoongi esperando por mim, diferente dos nossos encontros a meia noite quando ele aparecia na minha porta com seu carro reluzente. Um encontro para fazer promessas eternas até que a morte nos separasse. Dúvidas eram quase inexistentes sobre nosso amor, dizer sim não seria a maior dificuldade. Minha hesitação morava no futuro: como seria? E se de repente a gente descobrisse que o amor não era tão grande ou que não estávamos preparados para aquele nível de responsabilidade que é o matrimônio? Medos bobos, obviamente, porém legítimos e que poderiam ser os vilões por trás de minha falta de decisão. — Pode beijar a noiva — disse o cerimonialista. A cena causou uma explosão de aplausos e assobios. Yoongi sorrindo largo com "água" nas bordas dos olhos. Me envolvi entre os aplausos sorrindo também comovida. Já na festa, após o discurso dos noivos, uma festa com música alta animou os demais. Eu bebi uma taça de champanhe assistindo um pouco afastada da pista de dança onde Yoongi e seus primos dançavam. Ele faz um gesto com a cabeça me chamando. Neguei imediatamente, mas ele fez seu caminho até mim. — Não me diga não — fez um biquinho. Revirei os olhos. — Não sou boa dançando, você sabe. — Está mentindo, vamos — estendeu a mão. — Amor, é sério, não quero. — E o que quer, então? Me diz e a gente faz. — Vai se divertir, eu to bem. — É melhor com você. Dança comigo, a gente pode praticar para o nosso casamento. Ergui uma sobrancelha o encarando. — Que casamento, homem? Quando foi que eu disse sim? — Ainda não disse, mas vai dizer, vou me encarregar disso — falou olhando-me diretamente nos olhos. Não sorriu. — Nossa, isso ficou realmente interessante — peguei sua mão absorvendo o calor da palma, logo o seguindo. Ele sempre tinha um jeito único de me puxar para perto. Me causava sentimento de pertencimento, fazendo meu corpo reagir com calor, mas não se tratava apenas do tesão inegável que crescia sempre e assustadoramente. Seus braços em torno do meu corpo, seu peito pressionando o meu, o cheiro maravilhoso da pele macia parecia uma casa, tão aconchegante. — Sua mãe me odeia, por isso não quero me casar com você — soltei. Yoongi franziu as sobrancelhas. — Não faz sentindo. Eu seria o noivo e não é como se ela fosse um brinde vindo comigo. — Estou falando sério, Yoongi. Não posso ser sua mulher se sua família mal me aceita. — O problema é deles, já conversamos sobre isso e minha opinião não vai mudar. Meus pais já tiveram tempo de influência em minhas decisões, mas agora se trata da minha vida. — A gente sabe como seria. — Sim. — E não fica chateado? — Fico bastante. Só que... é sobre você. Eu não te perderia porque alguém não vai com a sua cara, sendo sangue do meu sangue ou não. — Ela parecia tão satisfeita hoje olhando sua cunhada e comigo é tão... diferente. Suas mãos alcançaram meu rosto. — Os outros, querida, serão sempre os outros. Longe ou perto, mas nunca entre nós, entende? Eu quero que seja minha porque além de te amar tenho essa obsessão por te ter perto. Então nada mais justo do que me casar. — Odeio quando faz isso! — O que? — se assustou. Eu ri. — Quando me quebra todinha falando mole desse jeito, me chamando de "querida". Recebi um meio sorriso. — Quero ver pra onde vai correr depois que te fizer dizer sim — disse ele. — Como planeja tentar conseguir? — Posso te dar uma prévia agora. Dei de ombros e no momento seguinte começou a me puxar para longe da pista, longe das pessoas. Olhei para trás confusa e curiosa, vendo que eles sequer notaram nossa saída repentina. — O 'ta fazendo, pelo amor de Deus?! — O banheiro faz muito eco... — sussurrou — Mas tem o estacionamento no subsolo... — Min Yoongi! Descendo por dois lances de escadas, chegamos no estacionamento onde o carro dele estava. Meu salto batendo no concreto enquanto ele me carregava para nossa vaga. — Por que estamos indo embora? Eu nem falei com seu irmão! Porra, você 'ta ficando louco? Yoongi!? Ele parou quando avistou o automóvel. — Ei, calma — riu virando para mim — Não vamos embora, ainda. Só queria te mostrar uma coisa. Segurou meu queixo. — Qual a necessidade de tudo isso? — Me deu vontade de te chupar — fiquei boquiaberta — Bem agora. — Para de graça, estamos no casamento do seu irmão. — Na festa. O que significa que podemos curtir se você baixar a guarda. Revirei os olhos ainda sem acreditar naquele homem. — Vamos voltar, vai. Yoongi me faz soltar um pequeno grito ao me virar de costas contra o capô do carro, me agarrando sem deixar opção além de apoiar as mãos por cima da lataria. — Querida, às vezes sua fé em mim vacila e isso me deixa frustrado. — Yoongi... — O que foi? — O que pensa que está fazendo? — o encarei por cima do ombro sem me mexer, porém já havia fogo em meu baixo ventre. — Nossa conversa, seus olhos, sua boca com esse brilho e suas pernas nesse vestido. Tudo isso me fez pensar no que quero fazer agora. Foda-se a festa lá em cima. Pelo menos por enquanto — ele colocou as mãos por baixo do vestido alisando as laterais das minhas pernas para cima, encontrando a pele arrepiada da minha bunda. — Vamos começar aqui e terminar em casa, linda. Quero acabar com você. Gemi quando me arranhou. — Mmmh! — Sempre tão gostosa, me deixa cheio de tesão. Era natural. Ele me tocava e eu não conseguia mais raciocinar direito e tudo o que queria era ele, por isso meu corpo mudou de postura, afastei as pernas empinando o quadril para trás, para ele. Yoongi sorriu satisfeito com a falta de protesto e afastou minha calcinha branca. Vi ele molhando os dedos na língua antes de esfregar por minha buceta. — Acho que já 'ta molhada... Ele me massageou até que eu começasse a gemer querendo mais, ficando mais molhada. — Enfia... — pedi. — O que foi que eu te disse, hm? Vamos terminar em casa. Temos que ser rápidos aqui antes que minha mãe de falta da gente. Yoongi abaixou-se enfiando a cara entre minhas pernas, sua boca quente alcançando minhas carnes e finalmente a língua maravilhosa iniciou uma sequência perfeita de carícias. — Oh, caralho! — arfei. Quente, macia e molhada a boca me chupou toda: de cima para baixo e vice-versa. — Isso... empina e esfrega na minha cara. Me deu um tapa que fez o som ecoar pelo estacionamento. — Ai, amor... que gostoso. À medida que a língua ia se esfregando nos pontos certos, meus olhos reviraram juntos e minha cabeça pareceu pesada tombando para trás. Minhas unhas feitas arranhando a pintura e lataria do capô, enquanto mordi meu lábio tentando não gemer alto. — Mmmhm! — saiu abafado de sua boca presa em meu centro. Meu corpo quente produzindo algumas minúsculas gotículas de suor, brotando na pele, o nó no meu baixo ventre ficando maior e Yoongi mostrava-se disposto a me fazer gozar. Meus joelhos amoleceram assim que seus dedos longos entraram em ação. Soltei um grito abafado pensando ter machucado a boca com a mordida. A adrenalina misturando-se ao tesão intenso mais a possibilidade de sermos pegos fazendo sacanagem no meio de um casamento familiar, tornou tudo mais gostoso. — Goza na minha boca, linda. Mela a minha cara, porra! — grunhiu afundando a mão livre na carne do meu quadril. O som molhado dos dedos entrando e saindo rápido encheu meus ouvidos ecoando pelo estacionamento e não fui capaz de segurar mais. Minha voz saiu trêmula e ofegante, gozei pouco depois do comando ficando debruçada sobre o carro. Yoongi afastou-se plantando beijos pela minha bunda, arrumou minha calcinha e vestido e quando chegou perto do meu rosto em chamas, vi que lambia os cantos da boca limpando o brilho que eu tinha deixado. — Tudo bem? — indagou beijando minha testa, afagando meu cabelo. Minha bochecha pressiona o metal gelado. — Porra, bem demais... — sorri mole. Ele riu estendendo a mão. — Vamos voltar. — Em casa vai ter mais, não é? — ele me ajudou a ficar ereta. — Como eu já disse. Sabe que sou um homem de palavra, jagi. E te chupar só me deixa com mais vontade de fazer durar a noite toda. Me pendurei em seu pescoço procurando sua boca, a tomando em um beijo calmo, porém faminto. — Eu não poderia ser mais sortuda. Encontrei meu homem de palavra. E eu aceito. Min Yoongi abriu e fechou a boca, unindo as sobrancelhas expostas. — O que? Peguei seu rosto pálido nas mãos e disse calmamente: — Eu aceito me casar com você. O sorriso que ele abriu fez meu coração disparar. Ele me pegou em um abraço apertado rindo alto sem esconder a alegria. Tal reação causou uma sensação de certeza, eu estava certa em aceitar. — Ah...E-eu... — ele estava chorando. — Amor... você ta — — Não! Foi só um cisco no meu olho. Eu vou te dar o anel mais bonito que encontrar nesse país. — Que romântico — eu ri — Mas não se preocupe muito, eu só quero o que me importa mais... — E o que é? — colou a testa na minha. — Você. — Porra, eu te amo pra caralho! — Eu também. Mas agora é melhor a gente voltar porque sua mãe vai querer me matar e você vai ficar viúvo antes de sequer casar. O semblante do homem agora irradiava. — Tem razão, vamos. Ele me levou de volta com nossos dedos entrelaçados. Os convidados dançavam alegremente e ninguém tinha notado nosso sumiço. Bom, havia uma exceção.