together spin-off
+18
único
“Rude boy” da Rihanna tocava enquanto eu tinha as mãos no joelho rebolando no ritmo envolvente e contagiante da batida. Já sentia um pouco de suor brotar na nuca e meus cachos soltos, que eu jogava de um lado para o outro na pista de dança improvisada no meio da sala de estar do Dean. Min Lee me acompanhava junto a outros colegas e amigos próximos dançando no espaço.
Era aniversário de Dean e ele quis comemorar de forma intimista, sem muito tumulto. Apenas uns drinks, comida leve e fácil, pessoas confiáveis e música boa alta. Fazia tempo que não dançava daquele jeito, me divertindo no meio de gente sem me preocupar muito, sem ter hora para ir para casa por ter de ir trabalhar cedo no dia seguinte. Aquela era minha noite de folga, apenas para curtir.
Não estava sozinha, sobre o ombro avistei meu noivo sentado no sofá bem atrás de mim segurando um copo de bebida alaranjada. Estava todo de preto, pernas cruzadas, cabelos acinzentados penteados para trás, seu semblante sério, ele me observou por cima da borda do copo quando o levou à boca.
Por um instante quis saber o que se passava na cabeça dele no tempo em que trocamos aquele longo olhar. Porém, logo me desapeguei da ideia ao vê-lo erguer uma sobrancelha mantendo a expressão fria. Ele não estava gostando do que via.
Me voltei para Lee dançando na minha frente, rolando os olhos. Minha amiga sorriu, aproximando-se.
— O que foi?
— Jimin não está contente com a minha dança. Eu danço tão mal assim?
Ela riu.
— Na verdade, acho que não é exatamente por dançar mal que ele 'tá bravo. Você 'tá toda soltinha rebolando sem dó.
— E você 'tá toda vermelha de tão bêbada — apertei sua bochecha — O Sr. Park quis vir e se ele não quer se divertir, eu quero.
Minha saia escura e top vermelho eram peças muito confortáveis, por isso eu podia balançar o quadril de um lado para o outro ao som de Usher. Eu cantava a letra sensual enquanto me movia, mexendo nos cabelos sentindo-me leve. O que me fez fechar os olhos por um instante curto e ao abrir, enxerguei Kim do outro lado da sala.
Encostado na parede, um cigarro aceso entre os dedos tatuados, camisa de botão cinza aberta até quase o umbigo, calça preta e cabelos mais longos cobrindo parte da lateral do rosto. Olhava diretamente para mim.
— Eu não sabia que seu irmão tinha sido convidado, Lee. — sussurrei no ouvido dela.
— Ele não foi, mas fez questão de vir. Dean disse que por ser meu irmão ele é bem vindo.
— Ugh! Agora o Jimin vai azedar de vez — olhei para procurar por ele e neste momento, braços se fecham ao meu redor por trás.
— Se divertiu o suficiente? — ele sussurrou rente ao meu ouvido.
— O que é o suficiente para você?
— Faz horas que não para de dançar, creio que é o bastante. Eu quero ir para casa, agora.
— Mas a festa ainda 'tá rolando — me virei e ele deu de ombros.
— Te espero no carro — me deu um selinho rápido e saiu entre os corpos dançantes.
Bufei sentindo-me contrariada. Por que ele tinha de agir daquele jeito?
— O que foi, Chris-ah? — Lee perguntou.
— Jimin quer ir embora. Praticamente já foi.
— Pareceu bem irritado.
— Ele viu seu irmão aqui, com certeza. Infelizmente eu preciso ir porque não quero arrumar confusão. Se eu ficar nem sei o que pode acontecer.
— Por que ele tem tanto ciúme do Kim? — ela perguntou.
— Porque quando ele me deixou, seu irmão e eu nos aproximamos. Como colegas é claro, ele me ajudou e fiz o mesmo por ele, foi só isso — expliquei rapidamente.
Lee assentiu.
— Entendi.
— Então, diga ao Dean que o amo e que o presente de aniversário dele ainda não está pronto.
— Pode deixar.
— Eu já vou, te ligo quando puder.
Nos abraçamos rapidamente e eu saí. Passando pela porta indo em direção ao estacionamento da casa, ouço passos atrás de mim. Me virei para a figura alta.
— Oi gata — ele sorriu.
— Hoje não, Kim.
— Faz tempo que não te vejo, está ainda mais bonita — direcionou o olhar para minhas pernas — Já vai tão cedo?
Suspirei.
— Já.
— Por que? — ele perguntou dando mais dois passos na minha direção, dando um trago no cigarro.
— Não faz diferença. Algo relevante para dizer?
— Minha nossa, a gatinha 'tá arisca — riu soltando fumaça, lambendo os lábios — Acho que sei a resposta. O riquinho ficou chateado com a sua dança. Eu te assisti quando cheguei, rebolando toda linda. Ele não gostou, não foi?
— Não é da sua conta.
— Tem razão. E ele foi um babaca mimadinho.
Rolei os olhos.
— Tchau Kim, boa noite.
— Ei! Eu quero bater um papo qualquer dia desses, posso te procurar?
— Faça o que quiser.
— Foi bom te reencontrar, gata.
Lhe dei as costas meio arrependida por tê-lo tratando com tanta rispidez, sendo que o motivo da minha mudança de humor era outro. Ele estava no carro quando entrei batendo a porta com força.
— Precisava disso? — soou irritado.
— Não! — o olhei feio.
— Não precisa desse tipo de atitude, eu só pedi para ir embora.
— Não, não. Você me deu um ultimato, meu amor. Por puro ciúme e capricho.
— O que está dizendo não faz sentido.
— Assume que foi porque viu o Kim lá. Por isso quis sair!
— E se for?
— Eu digo: é infantil. Eu só estava me divertindo, dançando com minha amiga. Nada demais, eu nem tinha percebido que o Kim estava lá até certo momento. Daí você resolve fazer o que te deu na telha? — gesticulei as mãos.
— Jagiya, eu não consigo suportar o jeito que ele olha para você. Não só ele, os outros caras também. Preferi sair para não arrumar confusão.
— Jimin, para! Não vem com essa de “o jeito que ele te olha”, você é um homem crescido. E daí que tinha gente olhando? Que diferença faz? Eu sou sua namorada que estava tentando se divertir. Sabe que eu gosto de dançar e fazia tanto tempo que não dançava daquele jeito. Por ciúme de alguém que nem sequer faz diferença na minha vida, arruinou minha noite. Não foi justo.
Ele me encarou de sobrancelhas unidas.
— Ele realmente não faz diferença?
— Para, você sabe.
— Nunca consegui me convencer de que ele não tentou alguma coisa naquela época. Por isso não suporto a presença dele. E não me peça para me comportar de forma diferente.
— Por Deus… — passei a mão sobre o rosto — às vezes você fica insuportável, Jimin.
— Ah, é mesmo!? — seu tom aumentou — E 'tá fazendo o que comigo se sou tão difícil de suportar, huh? Pode se livrar de mim quando quiser, Christine.
— N-não foi o que eu quis dizer — balbuciei.
— Dane-se — murmurou.
Ligou o carro saindo do estacionamento.
Não precisava perguntar para saber que ele estava muito chateado. Apesar da discussão ter sido válida, minhas palavras foram interpretadas de forma errônea, eu nunca seria capaz de me livrar dele. Mesmo sendo ciumento e mimado. Fiquei triste, não era para nossa noite seguir daquele jeito.
— Jimin?
— Por favor, não fale comigo agora. Preciso de um tempo.
— Amor, não fica assim. Eu não queria que me entendesse dessa forma.
— Chris… agora não.
Eu não queria ouvir, precisava que me perdoasse.
Esticando o cinto de segurança, me aproximei dele beijando seu rosto carinhosamente.
— Me desculpa? — sussurrei.
— Te pedi um tempo, não força a barra.
— Não posso te dar tempo, vai ficar mais chateado comigo — comecei a espalhar beijos por qualquer parte de pele exposta, abaixando a gola alta da blusa que vestia para selar o pescoço.
— Chris, Aish! Para com isso. Estou dirigindo.
— Então, para o carro.
O carro parou, mas percebi ser o semáforo fechado. Aproveitei para apertar ele por cima da calça e prontamente afastou minha mão. Na teimosia, fiz novamente tendo mais sucesso.
— Não faça isso — sussurrou me olhando nos olhos — Acha que sexo vai concertar as coisas?
— Não sei, mas não custa tentar — o beijei.
Lambi os lábios partidos enfiando minha língua. Jimin suspirou entre o beijo sem conseguir se conter, me beijando de volta. Uma buzina soou alta nos fazendo parar. Eu segui em frente, abrindo o botão da calça e ele dirigindo mais lento agora.
— Quer causar um acidente? — perguntou apertando o volante com ambas as mãos. Eu sorri, descendo o zíper colocando a mão dentro da calça, o senti endurecendo quente.
Jimin continuava se segurando, prendendo o lábio entre os dentes no tempo em que o acariciava num movimento de masturbação, por cima da cueca. Um leve aperto na ponta o fez pisar fundo no acelerador.
— Porra.
— Quer que eu pare, uh?
— Você é uma bruxa.
— Também — concordei.
Ele mudou de direção, entrando em uma rua sem saída. No fim dela onde tinha pouca iluminação e lojas fechadas, parou desligando o carro.
— Por que é tão difícil lidar com você? Não é capaz de entender como me sinto? Já se sentiu assim antes e me lembro de ter tentado entender da melhor forma que pude — segurou meu pulso parando minhas carícias.
— Nós somos diferentes e complicados ao mesmo tempo. E na maior parte do tempo eu sou mesmo uma bruxa não compreensiva. Mesmo assim, já te disse várias vezes que não existe ninguém no mundo que eu possa querer além de você. O ciúme excessivo nos atrapalha, amor — falei me soltando do cinto.
— Não queria arruinar sua noite, mas não posso me conter com aquele Kim — trincou a mandíbula.
— Quando fica bravo assim me deixa louca de tesão — encontrei o elástico da cueca preta, puxando enfiando a mão, finalmente tocando o pênis rígido. Subi em cima dele no pequeno espaço que existia entre seu corpo e o volante. O tirei para fora da peça íntima fechando a mão ao redor.
— O que quer que esteja pensando em fazer, tem que ser bem feito. Só assim eu te desculpo.
— Ah, eu não me importo de ter que sentar em você até não aguentar mais. Seria o bastante?
Recebi um belo tapa na coxa.
— Você mexe tanto com a minha cabeça que estou começando a esquecer o motivo da discussão. Ah… sua mão é muito macia — suas mãos apertaram minha cintura puxando-me perto, aproveitei para afundar o rosto na curva do pescoço mordendo sem piedade — Oh!
Não parei. Passei a linha na carne marcada, outra vez raspando os dentes ao mesmo tempo mantendo a masturbação vagarosa, sentido que começava a molhar minha mão.
— Está ficando molhadinho para mim, sabe como eu gosto disso. Quando te deixo duro feito pedra, escorrendo de tanta vontade de me comer — circulei a ponta com o polegar vendo a boca dele se abrir e fechar sem sair som — E eu só quero você.
Jimin estremeceu no banco do carro começando a mover o quadril contra minha mão. Ele continha os gemidos, jogando a cabeça para trás no banco. Lindo e necessitado.
— Mais rápido.
— Mais? Assim…?
Acelerei escutando o som molhado que fazia.
— Mmmm… — mordeu o lábio com força — É.
Voltei a atacar seu pescoço, mas do outro lado segurando a gola da blusa para baixo com a mão livre.
— Seu cheiro é perfeito. Adoro sua pele macia e quente. Tão clarinha, perfeita para marcar.
— Não… vai arrumar problema para mim — apertou minha bunda.
— Seu pessoal pode dar um jeito nisso — subi meus lábios pela linha do queixo até os lábios esfregando os meus nos dele — Agora, pede desculpa pelo que fez.
— Como é? — ele estava sem fôlego.
O soltei para poder subir minha saia, puxando minha calcinha de lado. Abaixei meu top também, o suficiente para revelar minhas auréolas dos seios. Voltei a segurar o pau rijo o esfregando contra o meu sexo, afundando a ponta dentro de mim, em seguida tirando.
— Porra, que tipo de tortura é essa? — puxou o ar entre os dentes.
Repeti a ação dessa vez contraindo ao redor quando o tirei. Ele revirou os olhos arfando pesado.
— 'Tá ficando louca? — grunhiu.
— Se desculpe comigo.
Jimin umedeceu a boca.
— Me desculpe — disse sobre a respiração.
— Bom garoto.
Segurando pela base, fui sentando permitindo que me penetrasse até o fim. As expressões dele quase me fizeram derreter. Jimin me segurou firme pela cintura fazendo-me subir e descer, usou os dentes terminando de puxar meu top e abocanhou um dos meus peitos, chupando com vontade. Eu gemi absorvendo as ondas de prazer que se chocaram em meu corpo.
— Ah, teve razão em tentar. Essa buceta pode mesmo concertar as coisas — o olhar devorador dele permaneceu no meu rosto enquanto minha face se contorcia de prazer — Mas você ainda é uma bruxa má.
Eu ri meio a um gemido arrastado.
— Você adora — falei.
— É, safada — me beijou. Sugou meus lábios puxando meus cabelos para ter espaço no meu pescoço, onde mordeu até me fazer soltar um gritinho — Rebola pra mim. Quero que mostre que não pode viver sem esse pau.
— Ah, Jimin.
Seu pedido fora como uma ordem para mim. Lentamente girei o quadril com seu membro todo dentro, fazendo movimentos de pulsar com as minhas paredes internas. O homem tremeu violentamente, perdendo outra parte do fôlego.
— Assim e-eu… não aguento — respirou fundo. Seu rosto corado.
— Quero te fazer gozar.
— Não está longe de conseguir, mas me deixa… Ah, me deixa te foder um pouquinho, uh?
— Sim.
Ele se ajeitou no banco, me pegou pelas coxas subindo mais meu corpo para que o encaixe desse a possibilidade de se mover. E foi o que fez, fechando os braços ao redor de mim. Eu balancei e junto meus seios bem diante o rosto alheio, tive que buscar apoio nos ombros do banco ouvindo o delicioso som de pele com pele.
Meu corpo deu um solavanco e me curvei para trás com aquele calor intenso subindo pelo ventre.
— Meu amor 'tá gozando… — ele diz maravilhado diminuindo os golpes, segurando meu rosto. Eu estava amolecida — É uma das melhores sensações do mundo te sentir me lambuzar. Toda quente e apertadinha.
Ele afagou meu rosto me beijando. Aproveitando o restante da força que me restava passei a sentar nele.
— Oh, cacete — ofegou. Apesar da minha sensibilidade, o cavalguei literalmente até não conseguir mais. Minhas pernas doloridas — Vou gozar.
Me apertou contra si fechando os olhos se derramando no meu interior.
— Isso é tão bom — falei num fio de voz.
Ficamos na mesma posição até as respirações voltarem ao normal. Jimin beijou meu ombro, abriu o porta luvas pegando lenço de papel para nos limpar.
— Vamos para casa.
Trocamos mais um beijo lento antes de continuar a viagem.(...)
De banho tomado e deitados na cama, Jimin e eu olhavamos um site de casas à venda no computador.
— Todas são lindas, mas a segunda e a terceira ganharam meu coração — falei.
— Também gostei delas, parece ser tudo que a gente precisa. O jardim é incrível.
— Amor, tem certeza que quer se mudar?
— Quero mais privacidade para nós, um condomínio maior. Eu gosto daqui, vivemos muitos momentos bons. Só que um lugar novo seria diferente, nós merecemos.
— Certo. Então, metade minha e metade sua. Daí sim podemos chamar de nossa casa.
— Por que não me deixa comprar a casa e você cuida da decoração?
Eu sorri.
— Não. Senão eu não moro com você.
Ele fez careta.
— Okay, okay. Podemos enviar uma proposta para as duas casas e ver qual a melhor.
— Por mim tudo bem. Vamos começar uma nova fase. — tirei o notebook do colo para abraçar o corpo alheio.
— Vamos.
Reparei na marca imensa no pescoço dele.
— Uh, seu pescoço vai ficar roxo.
— E o que eu devo dizer na empresa? Os caras vão rir de mim eternamente, já consigo ouvir o Hoseok.
Eu ri.
— Diga a eles que se comportou mal e eu te dei uma surra.
Jimin sorriu cheio de malícia.
— E que surra maravilhosa.
— Eu não quero mais brigar por causa de outras pessoas como hoje mais cedo — falei sério.
— Eu sei. Nem eu quero, mas devo admitir que o sexo no carro foi perfeito. Estou ponderando se parar de brigar é mesmo uma opção.
— Palhaço! — lhe dei um tapinha na bunda. Ele riu.
A gente sempre seria diferente e complicado.trouxe esse miminho para matar a saudade desse casal selvagem que a gente ama tanto. espero que tenham gostado, desculpe por qualquer erro ou incoerência. bjos da lolo ♥️