"Eram três da manhã, e eu estava de frente ao vaso sanitário, esperando a coragem me inundar para continuar aquele ritual. Eu sei que era arriscado, e todos os avisos que foram me dados não eram brincadeira, mas eu sou uma pessoa que não acredito em tudo que me falam, e isso foi minha ruína. Eu já estava com todos os ingredientes: fios loiros e a canção da Xuxa de trás para frente.
Fechei os olhos, virei minha cabeça para o lado, de modo que fazia a cena ficar mais dramática. Estendi meu braço para frente, para assim ficar da altura do meu peito e minha mão que estava até então segurando os fios loiros os soltou. Eles caíram naquela água presente no fundo do vaso, e por lá afundaram um pouco.
Minha mão de uma maneira ansiosa foi até o cordão de descarga, embutido na caixa de 20 litros. Eu puxei e ouvi o barulho familiar da água rodopiando e desaparecendo, de maneira que tudo voltasse de como era no princípio. Senti um arrepio e a luzes apagaram e voltaram três vezes.
Virei minha cabeça para frente, engoli o receio que me vinha e trouxe o papel para meu campo de visão.
Eu o segurei com ambas as mãos, ação provocada pela ansiedade do que viria a seguir. Eu li a canção, e parecia que aquilo havia saído de alguma macumba muito chula. Esse tipo de pensamento desapareceu quando senti algo me abraçando por trás, e o frio me preencheu naquele momento...""Isso tá ficando muito assustador, pode parar", Tuguim se pronunciou.
"Você só pode estar brincando. Quem ainda, em sã consciência, tem medo dessas histórias chulas do Tik Tok?", perguntou Phantom roxo, sentando ao lado de Tuguim no sofá, com o celular em mãos.
"....ouvi um murmurinho, e percebi de quem se tratava.
Meu amigo Gasparzinho apareceu, aparentemente querendo algo. Eu ia abrir minha boca para perguntar, mas ele já foi soltando um comentário sarcástico de como aquilo que eu estava fazendo é falho.
Eu revirei os olhos, desapontada por confiar nas conversas da infância do primário, onde havia toda as regras básicas para invocar a loira do banheiro.""Viu? Nem de terror isso aqui era. Pode se acalmar, tartaruguinha", Ametista Vermelha disse, flutuando acima de ambos.
"Roda outra aí, dessa vez uma que tem que dar medo na hora de dormir", Luiz se pronunciou.
"Zé, se você quiser umas histórias bem cabulosas, é só entrar no Reedit", disse Lggj.
Phantom roxo olhou para Lggj por um momento e depois voltou a atenção para o celular. Era possível perceber que ele estava digitando algo.
"Alguém aqui se oferece para narrar essa história?", Phantom roxo perguntou.
"Eu! Eu!", Adam respondeu.
Phantom roxo deu o celular para Adam e depois de 5 segundos de preparação rápida, Adam começou a narrar a história.
"A casa da frente é de uma vizinha e seu filho, ambos muito queridos pela minha família. Quando os pais dela faleceram, os irmãos entraram em consenso e a deixaram morando lá, visto que era o que ela queria e dada as condições financeiras dela, por ser caçula. O tempo passou, ela casou, teve um filho (que é poucos meses mais novo que eu) e se separou alguns anos depois.
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-Vila Várzea tá diferente-
Hayran KurguA capa é a capa. Essa história é muito aleatória mano. Caso um desses sujeitos que eu citar na fanfic se sentirem incomodados, essa budega vai cavar um buraco no chão e entrar. EU NÃO SHIPPO ELES NA VIDA REAL! APENAS PERSONAGENS! Cada capítulo, é u...