O plano é sair para um almoço de comemoração, mas Jungkook quer passar no apartamento primeiro. Esta manhã eu estava nervoso demais para comer, e agora estou empolgado demais.
Estamos nos comportando como dois bobos – corremos da estação de metrô até a esquina, brincamos de lutar em frente ao prédio e subimos as escadas correndo com enormes sorrisos no rosto. Estou ciente, neste instante de aguda lucidez, do quanto me divirto com ele.
Desde que nos casamos, descobri que não só aprecio seu rosto lindo e seu corpo delicioso, mas também realmente gosto de estar perto dele. Divertimo-nos porque ele é uma pessoa divertida, e há uma dorzinha que acompanha essa percepção, pois fico me perguntando para onde isto vai.
Sim, ele parece gostar de estar perto de mim, mas não é como se ele tivesse escolha – e Jungkook parece o tipo de cara capaz de extrair o melhor de cada situação.
Eu me atrapalho com as chaves diante da porta e ele se inclina sobre mim, ofegante da corrida pelas escadas, e descansa o queixo em meu ombro.
– Está com fome? – ele pergunta.
Balanço a cabeça, enfiando a chave na fechadura.
– Ainda estou empolgado demais para ter fome.
De qualquer modo, a sensação dele perto de mim – seu peito de encontro ao meu braço, sua respiração em meu pescoço – poderia acabar com meu apetite de vez.
– Você se saiu muito bem – ele diz e beija meus cabelos. Há um pequeno rosnado no final da palavra "bem", que me dá a sensação de dedos subindo e descendo pela minha espinha, e escuto os ecos de suas palavras na noite retrasada: Estou sentindo seu calor. Será que é a bebida ou sou eu?
Não quero interpretar errado esta situação, porque seria devastador acreditar que ele está a fim de mim quando está apenas sendo doce e grato, ainda mais com toda essa adrenalina. Mas minha pulsação está desgovernada e aquela ardência no meu baixo ventre se intensifica a cada segundo.
– Você precisa pegar alguma coisa?
Ele me segue e fecha a porta atrás de nós, dizendo:
– Não preciso pegar nada. – Será que entendi errado?
– Mas achei... – Faço menção de abaixar as chaves, mas ele segura meu braço, virando-me, e gentilmente me guia até que eu esteja pressionado contra a porta.
– Não precisava pegar nada aqui dentro do apartamento. – O quê?
Jungkook eleva um pouco sua cabeça e sua boca paira logo acima da minha orelha.
– Eu só queria vir pra cá antes do almoço.
Ah.
E meu desejo explode.
Meu corpo está bastante certo do significado disso – minhas mãos movem-se para cima do peito e ao redor do pescoço dele. Mas meu cérebro – ele é sempre o problema.
– Por quê?
Ele ri, roçando seus dentes em minha mandíbula, depois beija minha bochecha, minha orelha.
– Você percebe que está evitando contato físico desde que acordamos juntos na cama?
– Estou? – Retrocedo. É surreal olhar nos olhos dele assim tão próximos aos meus.
Isso o faz rir de novo.
– Acho que deixei bem claro que você pode me ter, se quiser. Eu praticamente me recuso a usar roupas dentro da sua casa.
– Ah, isso é verdade.
Ele sorri, beijando meu nariz.
– Mas se não está interessado, vou deixar você em paz e não vou perguntar de novo.
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Roomies [namkook]
FanfictionKim Namjoon foi salvo de um ataque no metrô pelo musicista japonês Jeon Jungkook. Como agradecimento, Namjoon o apresenta a um grande diretor de musicais e o que era uma tentativa despretensiosa se transforma numa chance inimaginável, pois, antes me...