Flores e Sangue

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Apesar de estar um pouco com medo de toda a gentileza de Nikolai, também estou animada com a ideia de sair de casa, estamos na carro, nós dois no banco de trás enquanto o motorista nos leva a algum lugar que não entendi o nome, Russo é muito difícil).

Após algum tempo em uma rua e do lado a esquerda existe um campo gigante cheio de flores vermelhas, eu perco o fôlego com a linda visão, a paisagem parece uma pintura de tão maravilhosa que é, não estava esperando isso e depois de tempos apenas sentindo tristeza me sinto bem ao olhar para essas lindas flores.

Nikolai- O que achou?

Serena- É lindo, é lindo demais, obrigado por isso.

Ele se aproxima e passa o praco por cima dos meus ombros e tento não me importar.

Nikolai- Vamos, mais a diante tem o café que eu falei, você vai gostar.

Afirmo com a cabeça, ele segura minha mão e me guia. O café é a coisa mais linda e fofa que já vi, é tudo em tons pastel as paredes até as xícaras, fico imaginando como um homem que nem o Nikolai encontrou um lugar assim, o lugar cheira a pãozinho doce feito já hora e a chocolate quente.

Nikolai- Oque você vai querer meu anjo?

Olho o cardápio atentamente enquanto a garçonete anota o pedido.

Serena- Vou querer um chocolate quente com chantilly.

Nikolai- Você só quer  isso?

Serena- sim.

Nikolai olha o cardápio e faz o seu pedido.

Nikolai- Um café preto e um pedaço de torta de chocolate especial.

A mulher anota o pedido e se retira.

Nikolai- Você está gostando daqui?

Nikolai me pergunta e me olha atentamente, seu olhar me deixa com o sentimento de exposta como se eu tivesse nua aqui na sua frente, seu olhar é de luxúria e tão intenso que parece cortar minha alma.

Serena- Sim, aqui é tudo muito lindo.

Ele aproxima seus lábios do meu e me da um beijo demorado demais para o meu gosto mas não posso rejeitá-lo.

Nikolai- que bom que gostou meu amor, é isso que acontece se você se comportar como uma boa menina e não me desobedecer, sempre siga as regras e tudo só tende a melhorar.

Sinto uma súbita vontade de chorar com suas palavras e ao lembrar de toda a minha situação longe da minha família das pessoas que amo, casada com um Mafioso obsessivo e possessivo e que é extremamente violento, lembrar de tudo que já passei e do que ainda vou viver deixa meu coração apertado.

Serena- sim.

Falo de cabeça baixa.

Garçonete- O pedido de vocês, espero que gostem, qualquer coisa é só chamar.

Sorrio e aceno com a cabeça enquanto Nikolai continua sério, mas ao voltar seu olhar para mim sua expressão suaviza.

Nikolai- tome meu amor.

Ele fala colocando o pedaço de torta na minha frente.

Serena- Mas é seu, eu só pedi o chocolate.

Chocolate que por sinal está uma delícia.

Nikolai- Por isso pedi a torta para você, sei que vai gostar agora coma.

Concordei e comecei a comer enquanto ele bebia o café me olhando como um predador olha sua caça.

Depois de comermos voltamos ao campo de flores vermelhas e caminhamos por ele por um tempo e nos sentamos em um banco ali próximo admirando a linda paisagem.

Nikolai- Você quer água?

Depois de caminharmos um pouco estava sim com muita sede então aceitei.

Nikolai- Fiquei aqui irei comprar a água, não saia daqui e não me desobedeça Serena você sabe as consequências.

Serena- Não irei desobedecer.

Ele se afasta para comprar a água e aproveito para respirar fundo sentindo o doce aroma das flores e para refletir sobre o quão gostoso é o vento batendo na pele e causando uma sensação gostosa de conforto, queria está aqui em outras circunstâncias e com outra pessoa também.

Desconhecido- Olá Boa tarde!

Um homem se aproxima e fico assustada, ele não parece perigoso e tem um largo sorriso no rosto e deve ter por volta dos 40 anos de idade, decido responder.

Serena- Boa tarde.

Desconhecido- Me chamo Júlio, eu sempre fico por aqui com esses buquês de flores desce campo mesmo e esse é para você.

Ele fala me dando o buquê.

Serena-Ah obrigado mas não posso aceitar.

Tenho vontade de levantar e sair correndo, sei que se Nikolai ver esse homem perto de mim ele não vai gostar nem um pouco.

Júlio- Tudo bem, esse é meu trabalho, distribuir esses buquês é assim que faço a propaganda da minha floricultura, faço isso uma vez por semana e hoje escolhi fazer ao sábado.

Ele continua insistindo e tudo que quero é que ele vá logo embora então pego o buquê para que ele saia logo.

Sereno- certo então muito obrigada Júlio.

O homem sorri e em questões de milésimos de segundos sinto algo respingar em mim e o homem cair no chão como uma fruta madura quando cai do pé, não sei oque houve, sinto ânsia de vômito mas oque é isso, fico estática e simplesmente não consigo me mexer.

Nikolai- Você desobedeceu anjo, e eu realmente estou muito mas muito zangado com você e agora terei que castigar você porra.

Ele fala sem gritar mas sério e sinto seu ódio daqui, eu tremo dos pés a cabeça ainda sentada no banco e com o buquê de flores na mão, o homem a muito sem vida perto dos meus pés é oque me chama atenção e eu não consigo desviar o olhar, tudo tá como uma borrão, não consigo raciocinar direito mas sou puxada desses pensamentos de forma brusca ao sentir meu couro cabeludo arder.

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