Cap 01 - Um novo começo

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Após seu projeto de nanotecnologia, voltado para a cura de danos físicos, ter fracassado, a renomada cientista e PHD em Biotecnologia, Lena Luthor, toma uma importante decisão sobre seu futuro: sair de Metrópolis. Diante dos últimos acontecimentos, e ainda, das loucuras e crimes megalomaníacos cometidos pelo seu irmão, Lex Luthor, que desde criança inferniza e atrapalha a vida de sua meia-irmã, Lena, a decisão mais prudente seria abandonar o legado psicótico e violento da família Luthor em Metrópolis, e partir para um novo lar. Esse novo lar, seria National City, cidade de crescente ascensão econômica e tecnológica, além de ser também, lar da nova alienígena vinda de Krypton, Kara Zor-el, ou como vinha sendo chamada pela população, a Supergirl. Lena pensou que seria perfeito, para se livrar das sombras dos Luthors e sua rivalidade cansativa e infindável pelo outro kryptoniano, o Superman, deveria tornar-se amiga, e talvez ainda, parceira da Supergirl. Em conversa com seu parceiro de laboratório, Ethan Campbell, ela afirma:

- É genial, finalmente irei me livrar dessa família perversa e poderia trilhar um caminho independente! Veja, Ethan: - Lena aponta para a TV - Eu e ela podemos ter uma boa convivência e manter uma relação colaborativa, diferente daqueles dois que só causam caos nessa cidade. - afirma Lena, bastante confiante.

- Tem certeza que quer abandonar tudo, Lena? E nossos projetos? E a jornada que estávamos construindo juntos? Não valeu de nada pra você? Talvez ela nem seja tão amigável assim como parece. - questiona Ethan, que alimenta a anos, uma paixão secreta e tímida por Lena.

- Ethan, o que fizemos foi ótimo, todos esses anos de projeto, mas chegou a hora de seguirmos caminhos diferentes, sinto muito por você, mas eu preciso ir o mais rápido possível. E eu quero manter uma boa relação com ela, não ser melhor amiga dela, você sabe, confiar demais nas pessoas só me fez ser trouxa e enganada todos esses anos, principalmente pela minha família doentia. - responde Lena, completamente convicta de sua escolha e de forma um pouco fria.

É um dia nublado em National City, e o inverno se aproxima. Lena acaba de chegar a cidade, e entra em seu novo prédio, recém construído, que acabara de receber sua nova fachada: L-Corp, nome criado por ela para dar início ao seu novo império de biotecnologia.
Na cidade, Lena já tinha um empreendimento, o Hospital Infantil Luthor, que por causa de Lena, atendia crianças de baixa renda e necessidades especiais de forma mais acessível, a anos.
A alguns quarteirões dali, iniciava sua jornada de trabalho, a simpática e competente jornalista, Kara Danvers, que dividia seus dias entre ser uma repórter muito habilidosa e requisitada no império da mídia de National City, a Catco World Media, e ao mesmo tempo, a heroína mais querida do país, a Supergirl. Kara estava em sua mesa, quando ouve a voz da genial e rigorosa rainha da mídia e sua chefe, Cat Grant:

- Kiera, eu preciso de você agora! - diz Cat, como sempre, fazendo ironias com seu nome.

- O que posso fazer pela senhora, Sra. Grant? - responde Kara.

- A reservada porém genial irmã de Lex Luthor acaba de chegar na cidade para inaugurar sua empresa, L-Corp. E hoje de manhã, tivemos aquele ataque a sede de abrigo alienígena no centro, que foi contido pela Supergirl, claro. Quero que investigue se há relação. - solicita Cat.

- A senhora realmente acredita que ela também é louca como os outros Luthors? - indaga Kara para Cat.

- Kara, em algum momento eu disse que queria que você escrevesse sobre a minha opinião? - retruca de forma seca, Cat.

- Não senhora. - responde Kara, apreensiva.

- Então vá fazer logo o que lhe pedi, e não pergunte mais nada. Lena Luthor não é uma pessoa fácil de entrevistar. - finaliza Cat.

Lena, organizava sua mesa e separava os novos documentos para realização da festa de inauguração da L-Corp, quando sua secretária entra em sua sala apressada:

- Sra. Luthor, há uma repórter lá fora, não sei como ela passou pela segurança, mas ela quer muito falar com a senhora. - afirma a Sr. Teschmacher.

- Não recebo repórteres, você sabe disso, Eve. Portan… - Lena falava quando foi interrompida pela entrada rápida de Kara em sua sala.

- Bom dia, Sr. Luthor, eu sou Kara Danvers, repórter da Cacto Media. Desculpe entrar assim, mas é muito difícil chegar até a senhora, e eu preciso dessa entrevista, ou Cat Grant vai me jogar pela janela da Catco, e eu acho que a senhora não deseja isso, você deve conhecê-la. - diz Kara, nervosa e apreensiva pela forma que entrou e pelo olhar intimidador que Lena Luthor havia direcionado a ela.

- Impressionante o fato de ter conseguido entrar aqui com toda minha segurança e tecnologia, devo admitir, mas sinto muito, não gosto de dar entrevistas, mesmo que seja para a admirável Cat Grant e sua esperta jornalista. - afirma Lena, com um tímido sorriso.

- Ah, enten-tendo. Mas eu insisto, acredito que causar uma boa impressão na sua recém chegada na cidade seria proveitoso para a senhora, que deseja realizar uma festa de inauguração mais tarde. O assunto que venho tratar, é relevante, principalmente para a população de National City. - continua Kara, ainda mais nervosa após o elogio de Lena.

- Por que eu sou uma Luthor? - diz Lena, levemente irritada.

- Sim e não. Você é uma importante e incrível cientista, que prometeu ajudar a cidade na inauguração do hospital, anos atrás, e eu sei que pode fazer isso. Mas precisamos acreditar mais nisso, afinal sua família não tem o melhor legado, desculpe. - responde Kara, confiante.

- Certo, quer saber? Pergunte-me o que lhe interessa, se for realmente relevante eu irei permitir você de publicar. Deixe-nos Eve. - diz Lena, interessada na astúcia e argumentação de Kara, porém se sentindo um pouco ofendida.

Eve sai da sala, e Lena continua sua conversa com Kara, respondendo suas perguntas. Kara traz perguntas comuns, mas em seguida parte para a situação principal e pergunta se Lena está de alguma forma envolvida com o ataque ao abrigo de alienígenas no centro, pela manhã.
- É claro que era isso que queria saber. Não Sra. Danvers, eu não estou envolvida, não tenho motivos e muito menos disposição para esse tipo de coisa. Meu propósito é apenas ajudar a cidade e dar início a minha jornada independente. - diz Lena, rápida e seca.

- Ótimo, quero acreditar que sim. E seu irmão? Tem alguma notícia dele em National City? - pergunta Kara.

Lena se levanta, ri com um tom de deboche e olha pra varanda, enquanto responde:

- Óbvio que não. Desde criança todos tem mania de achar que nós somos a mesma coisa. Deixe-me te dizer, eu o odeio, e agradeço ele estar preso. Porém há outras pessoas no mundo que odeiam alienígenas e tudo que é diferente, infelizmente. - diz Lena.

- Claro, e entendo seu ponto. Bom, então é isso, espero que tudo seja esclarecido logo e sua chegada aqui seja benéfica de verdade. - diz Kara, enquanto usa sua visão de raio-x para analisar o escritório, aproveitando que Lena está de costas.

Lena se vira, e olhando para Kara com confiança e um leve sorriso, diz:
- Excelente, pode publicar. Obrigada por não me acusar logo de cara ou ser indelicada, e ainda, desejar boas coisas a uma Luthor. Espero que ela não te jogue da janela dessa vez. - diz Lena, rindo timidamente.

- Ah, é. - Kara ri e ajeita seu óculos, olhando para baixo, um pouco sem graça. - Não dessa vez, eu acho. - Kara complementa.
- Bom, espero que descubra quem foi e eu gostaria de fazer uma pergunta. Você é a jornalista que conhece a Supergirl não é mesmo? - Lena questiona.

- Ah, então, eu já trabalhei com ela uma vez e ela trabalha com minha irmã na segurança da cidade, também. Mas só isso, porque? - Kara responde e pergunta, em seguida, nervosa e engolindo seco.

- Eu pensei que nós poderíamos nos ajudar. Eu gostaria que entrasse em contato com ela e pedisse que vinhesse a minha festa de inauguração. Em troca, entrego a você uma relação com os planos que meu irmão tinha para National City e a Supergirl, após acabar com o Superman lá em Metrópolis. O que diz? - diz Lena, olhando para Kara com bastante confiança.

- Eu não sei como poderia falar com ela, desculpe. - diz Kara, inquieta.

- Você é esperta e tenho certeza que não perderia esse grande furo, dará um jeito. E claro, aposto que a Supergirl vai se interessar muito. - diz Lena.

- Não seria prudente entregar isso, mesmo sem a vinda dela, já que quer ajudar? - diz Kara, ainda nervosa.

- Tem razão, mas porque não ganhar algo em troca? Sou uma empresária, Sra. Danvers, sei como garantir um bom negócio, sem prejudicar ninguém, é claro. - diz Lena, de maneira charmosa.
- Claro. Tudo bem, vou ver o que posso fazer. - diz Kara, convencida e se levantando rapidamente. - Foi um prazer, mas preciso ir, Sra. Luthor.

- Certo, digo o mesmo, e espero que nosso acordo dê certo. - diz Lena, satisfeita e estendendo a mão para Kara, após se levantar.

Kara aperta a mão de Lena nervosa e desajeitada, como se tivesse de frente a uma grande ídola ou de alguém que a deixasse suspirosa. Enquanto Lena, mantendo a postura, mas ainda sim, agraciada pela gentileza e esperteza que via em Kara. Mas ela não poderia demonstrar, afinal, não pretendia fazer amizade com ninguém e muito menos com uma repórter.

Kara deixa a L-Corp pensando que foi uma boa entrevista, em dúvida é claro, mas com esperança de que Lena seria realmente diferente da família. E sim, ela era, mas ainda sim, mal sabia Kara que Lena esconde outros segredos, mais profundos e intensos do que ela poderia imaginar sobre sua verdadeira origem e o que ela poderia fazer.

Após uma série de entrevistas nas ruas e com outras pessoas importantes, além de ir ao local do ataque e capturar as informações que o DOE (Departamento de Operações Especiais), instituição governamental que sua irmã Alex Danvers trabalha, garantindo a segurança da população quanto a ataques alienígenas, havia conseguido, Kara entende o que de fato estava acontecendo. Aparentemente, o ataque havia sido feito por um grupo humano que conseguiu armas alienígenas poderosas, e estava a alguns meses despertando um movimento de ódio contra aliens em National City. Esse grupo era patrocinado e comandado por alguém ainda desconhecido, mas que iria causar confusão para a Supergirl e sua futura aliada Lena Luthor.

Dessa forma, a festa de inauguração chega, e Lena recebe seus convidados e possíveis investidores, que ficaram felizes com a reportagem que Kara Danvers havia publicado na Catco sobre a não culpa de Lena nos ataques, e ainda, suas promessas para a cidade. Após alguns minutos de festa, Supergirl chega, o que surpreende Lena, e diz estar aliviada por ela não ser culpada pelo ataque e estende a mão para Lena, que por sua vez a aperta, dizendo:

- Que bom que veio, pedi que viesse para lhe dizer que pretendo ser uma ajuda e não uma pedra no seu sapato. - diz Lena, sorrindo.

- Ótimo, quanto mais ajuda melhor, vou cuidar da segurança de sua festa hoje e espero que você me ajude com o que prometeu a Kara Danvers. - diz Supergirl, com gentileza.

- Certamente. Kara Danvers é boa em manter promessas e eu retribuirei. - diz Lena, com satisfação e sem perceber, um pouco de carinho.

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