Ao chegarem na sala de monitoramento, as três se deparam com Lillian superaquecendo o portal.
- Mãe! O que está fazendo? - Lena questiona, aflita.
- Se não posso levar todos eles embora desse planeta, então que uma parte morra pelo menos, já diminui alguns. E claro, eu preciso de algo para distrair vocês enquanto eu fujo. - Lillian responde.
- Sua… - Alex é interrompida por Kara.
- Deixe-a, precisamos salvar aquelas pessoas que estão lá embaixo. Vamos. - Kara termina.
Lena, Alex e Kara correm para a área do portal.
- Alex, retire o máximo de pessoas que puder, eu e Lena precisamos parar esse portal. A explosão seria grande, Lena? - Kara afirma e questiona.
- Sim. Eu que projetei o condutor do portal, é tecnologia alienígena, uma autodestruição do portal levaria pelo menos 10 quarteirões, isso se não destruísse metade da cidade. - Lena explica.
- Vão! Eu e Nia vamos ajudar Alex a retirar os civis. - J’onn chega e determina.
Kara e Lena seguem em direção ao portal e ao chegarem percebem que resta pouco tempo.
- Quanto tempo, Lena? - Kara questiona.
- Cerca de 10 minutos. O condutor precisa ser retirado, mas se a energia do portal não for contida, a retirada abrupta do condutor pode causar curto e uma explosão imediata. - Lena explica, preocupada.
- O que você pode fazer? Não pode apenas desativar a auto destruição ou desligar a energia? - Kara questiona novamente.
- Não, Kara. Provavelmente esse era o grande plano de emergência da minha mãe, foi o que ela sempre me ensinou, antes de qualquer bom plano, você precisa de um plano de escape. Já o meu irmão gosta de entradas triunfais. E eu, só queria me livrar deles. - Lena afirma.
- Eu aprendi a fazer cookies com Eliza. Sua família é estranha. Então, o que eu posso fazer? Posso retirar o condutor? - Kara fala.
- Só se a energia fosse reduzida, caso contrário você nos mataria. Mas nenhum comando no sistema está respondendo as minhas tentativas de entrada. - Lena afirma, enquanto segura o tablet de controle.
- Só a ciência pode nos ajudar? - Kara pergunta.
- Como assim? Tá brincando? Não posso usar magia agora. - Lena fala, surpresa.
- Por que não? Não é uma tentativa válida? - Kara rebate.
- É perigoso, Kara. Uma coisa são pequenos feitiços de localização ou de manipulação de matéria no plano, outra coisa, completamente diferente, é manipular energia e ainda nessas proporções, não requer só controle mas muita habilidade. Eu não posso fazer isso. Não de novo. - Lena determina.
- Do que está falando? De novo? - Kara questiona.
- Da última vez que eu usei magia dessa forma, eu perdi o controle, e uma pessoa morreu. Eu prometi nunca mais fazer isso. - Lena responde, com aspecto triste.
- Não temos tempo pra ter medo agora, Lena, é tudo ou nada, e eu sei que independente de quem tenha sido, você não fez de propósito, eu sei disso. - Kara tenta aconselhar.
- Eu matei o meu pai, Kara. De propósito ou não, ele morreu por minha causa e eu tenho que viver com isso pra sempre. Por que você acha que minha família é tão obcecada por matar o que é diferente ou além da compreensão? - Lena explica.
- Eu…eu não tinha ideia, Lena. Sinto muito… - Kara é interrompida por uma pequena explosão na lateral do portal.
No time marcava apenas 3 minutos para a explosão. Kara se vira para Lena e coloca as mãos nos braços dela, olhando fixamente para o rosto da morena.
- Lena, não importa o que houve no passado, você era uma criança, e não tinha dimensão de sua força. Seu pai te amava, e não te culpa por isso aonde quer que ele esteja. Lillian tentou conter os seus poderes, se tiver que apontar um culpado, que seja ela. Agora você tem a chance de salvar todo mundo, não há o que se pensar, se você não fizer eu não vou conseguir, e todos vamos morrer. - Kara fala, confiante.
- E se você se ferir? De novo? Eu não… - Lena é interrompida.
- Não vou. Eu sou resistente, lembra? Somos mais fortes juntas, uma Luthor e uma kryptoniana. - Kara fala sorrindo.
- Lembro, é claro. El mayarah. - Lena completa, sorrindo.
Lena se decide, e deixando o tablet de lado ela se concentra e tenta esquecer as dolorosas lembranças da morte do seu pai, agora ela precisa salvar a todos.
- Kara, prepare-se para remover o condutor e levá-lo pra longe, assim que eu parar a energia. Não se preocupe comigo, e não volte aqui antes de jogar esse condutor no espaço. - Lena afirma.
- Certo. - Kara concorda saindo em direção a parte de trás do portal.
Lena se aproxima do portal, fecha os olhos e respira. Erguendo suas mãos, seus olhos se abrem e a cor roxa predomina, ela recita um texto em latim e com muito esforço tenta prender a energia que o portal está dispersando. Kara aguarda próxima ao condutor. O tempo passa e apenas 1 minuto resta para a explosão. Lena consegue sentir que a energia está sob o seu controle, e agora ela pode manipulá-la. Afastando a energia para a lateral oposta a Kara, Lena sinaliza para Kara retirar o condutor. Kara o faz imediatamente. Em seguida, Kara se prepara para voar, mas antes ela vê Lena fazendo muito esforço e percebe que seu nariz está sangrando e suas forças estão prestes a deixar o seu corpo. Mas ela havia prometido, e precisava se livrar do condutor. Lena resiste enquanto Kara desaparece nos céus.
Alex, J’onn e Nia já haviam retirado todos os civis que estavam presos. Kara reaparece na visão de Lena, e quando ela sentia que iria desmaiar, rapidamente, Kara a toma em seus braços e a leva pra longe. O portal perde força e deixa de dissipar energia, não tinha mais como ser reativada. Já na entrada das indústrias Lord, Kara aterriza e coloca Lena de pé.
- Como está se sentindo?
- Fraca, mas aliviada. Eu consegui. - Lena responde meio tonta.
- Sim, deu tudo certo. Eu te disse que conseguiria. - Kara fala, feliz.
Antes que Lena pudesse dizer mais alguma coisa, Lillian as interrompe e tenta acertar Kara com um raio de kryptonita.
- Não posso permitir que tire minha filha de mim! - Lillian exclama.
Lena e Kara se assustam e Kara se coloca na frente de Lena.
- Você mesma me tirou de você, desde que me olhou com rejeição assim que eu cheguei em sua casa. - Lena rebate.
- Você era fruto de um caso que meu marido teve, é claro que eu quis rejeitar você. Mas mesmo assim, eu te criei e te amei, e agora, além de ter tirado meu marido de mim, ainda se alia a uma alienígena arrogante que acha que pode fazer o que quer. Mas esse planeta não te pertence. - Lillian fala prestes a disparar novamente contra Kara.
Antes que o faça, Lillian recebe 2 disparos de arma de fogo em suas costas. Alex havia atirado.
- É você quem deveria ser expulsa daqui. - Alex afirma.
- Alex, o que você fez? - Kara fala assustada.
- Protegeu a família dela. Como deve ser. - Lena pontua.
- Sinto muito, Lena. Eu não tive escolha. Não podia arriscar. - Alex tenta se explicar.
- Eu sei, ela procurou por isso. Eu sabia que esse seria o final dela. Seria você, eu ou qualquer outra pessoa que ela já prejudicou. - Lena termina.
Nia e J’onn chegam trazendo Maxwell Lord, que seria o próximo a ficar preso no DOE.
- Acabou Maxwell, eu posso não conseguir trazê-lo de volta, mas você vai pagar caro por ter me tirado ele. - Kara afirma, com raiva.
- É isso que você pensa. Quando você menos esperar, é Lena quem estará morta em seus braços, e eu terei o prazer de confessar… - Max é interrompido por Kara, que o responde com um soco em seu rosto que o fez desmaiar imediatamente.
Kara olha o sangue de Max em seu punho e o responde, mesmo inconsciente.
- É o que veremos.
Mais tarde, Lena estava se recuperando na ala médica do hospital. Kara chega e inicia uma conversa.
- Maxwell já está preso, e é lá que ficará. Depois de se recuperar totalmente, estará livre para ir embora.
- Por que eu iria querer ir embora? - Lena questiona.
- Você não disse que ia embora de National City? - Kara aponta.
- Kara, você é muito ingênua. Você realmente acreditou nisso? - Lena debocha.
- Você não vai? Então porque disse tudo aquilo. Na verdade, porque se aliou a sua mãe e Maxwell Lord? - Kara questiona sem entender nada.
- Kara, eu fiz isso porque Maxwell preparou um dossiê com informações da sua vida pessoal e de toda a família Danvers, além dos seus amigos. Se eu não o ajudasse, ele iria vazar isso e todos estariam em perigo. - Lena, explica.
- Por que não me contou? Você sabe que poderíamos resolver, como sempre.
- Você o subestima, Kara. Ele não é só um homem inteligente, ao contrário de Lex, ele não é tomado por vaidade e arrogância, na verdade, ele é frio, obstinado e realista. E claro, suas motivações são emocionais, o que o deixa ainda mais intenso e capaz de qualquer coisa. Eu não poderia arriscar. Então, eu fingi ajudar e me infiltrei, pra ganhar tempo e conseguir o dossiê a tempo de conseguirmos deter ele. - Lena afirma.
- Poderia ter se machucado ou morrido. - Kara rebate.
- Mas não aconteceu. Apesar de tudo, minha mãe não permitiria que ele me fizesse mal e eu sei me defender. Eu sou Lena Luthor. - Lena fala, com confiança.
- Eu sei disso. Mas eu gostaria que tivesse me contado. Você foi muito dura nas coisas que disse. Não precisava ter sido daquela maneira. - Kara fala, com mágoa.
- Eu sei disso. Peço perdão, e vou pedir eternamente. Eu tive que fazer daquela forma, você não se afastaria por qualquer coisa. Eu precisava te fazer acreditar. - Lena afirma.
- Não mesmo. Na verdade, mesmo com o que disse, até eu descobrir sua aliança com Maxwell, eu ainda estava disposta. Não foi fácil ter você. - Kara explica.
- Eu sofri cada segundo longe de você. Eu te magoei, e não quero nunca mais fazer nada parecido. Me desculpe, eu te amo, muito. Não me peça pra ir embora. - Lena suplica.
Kara se aproxima e coloca suas mãos sobre a de Lena.
- Não vou. Você não vai se livrar de mim de novo. Eu também te amo, sempre amei, desde que entrei naquela sala e fui recebida por seu olhar intimidador. - Kara fala, rindo.
- Eu estava surpresa por ter passado por minha segurança, e impressionada com o quão bonita você era. Então, eu tinha motivos. - Lena rebate, com um sorriso.
Alex entra na ala médica.
- Toc toc! Já fizeram as pazes? Ninguém aguenta mais a Kara mal humorada e triste pelos cantos. Lena, você não pode mais deixar ela sozinha por aí. - Alex debocha.
- Ei, eu estou aqui, se lembra? E eu não estava mal humorada e triste, eu estava pensativa. - Kara rebate.
- Pode deixar, Alex, por mim eu nunca mais a deixo. E me desculpe por qualquer coisa. - Lena afirma.
- Eu devo agradecer a você na verdade. Você foi a heroína hoje, bruxinha. Está mais que perdoada. - Alex finaliza, piscando para Lena.
Depois de tudo que aconteceu, havia se passado 1 semana, Lena tinha tomado uma decisão importante, que logo seria comunicada. A morena estava no cemitério, visitando o túmulo de seu pai, Lionel Luthor, e sem querer o de sua mãe adotiva, Lillian Luthor, que havia sido enterrada ao lado dele, cerca de 6 dias atrás.
- Eu consegui, pai. Eu salvei a todos com meus poderes, minha mãe estaria tão orgulhosa. Eu me tornei a bruxa que ela queria que eu fosse e a cientista que o senhor sempre viu em mim. Sinto muito por Lillian, mas ela teve o destino que merecia. Não pude evitar. Lex ainda está preso, e parece ter se divertido com a notícia sobre Lillian. Eu tomei aquela decisão e vou contar a Kara hoje, me deseje sorte.
Lena se afasta do túmulo e sorri tristemente. Kara se aproxima.
- Terminou?
- Sim, já falei tudo pra ele. Ele nunca me culpou, nem em seus últimos segundos de vida. Disse que estava orgulhoso, que eu iria salvar o mundo um dia. - Lena fala.
- E você fez. Vamos lá, todos estão esperando por nós, Esme está ansiosa para o seu aniversário de 7 anos. - Kara termina, abraçando Lena.
Ainda no carro, Lena se mostra nervosa e ansiosa. Kara ouve seu coração acelerar e toca em suas mãos.
- Está tudo bem, meu amor? - Kara pergunta.
- Eu quero te contar uma coisa. Venho me preparando há alguns dias. - Lena responde.
- Pode dizer. - Kara fala.
- Um dia nós estávamos nesse carro, e eu fiz uma besteira muito grande, e quase coloquei um fim na nossa relação. Apenas na tentativa de saber quem você era de verdade. Mas eu não descobri, eu apenas descobri a identidade da Supergirl. Você, eu realmente conheci quando passei horas conversando naquele apartamento, ou na Catco, quando te liguei para perguntar sua opinião em qualquer coisa, ou quando dividimos caixas donuts. Ou melhor, quando salvamos essa cidade juntas. Essa era minha Kara, e eu não estava brincando quando disse a Alex que não te deixaria nunca, eu realmente não quero. Quero te ter aqui pra sempre, porque te conhecer foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido, foi o que me salvou do caos que eu vivia, e o que alimentou meu coração vazio e carente de amor. Você é uma imensidão, infinita como um universo, e eu quero mergulhar nele por completo. Kara Danvers, ou Zor-el, quer se casar comigo? - Lena declara.
- O…o que? Você quer se casar comigo? - Kara questiona, completamente corada e emocionada.
- Claro que sim. Porque não iria querer? - Lena fala, rindo.
- Eu não sei… - Kara tenta falar, mas nada parece sair.
- Você não quer? É isso? É muito cedo? É por conta do Mon-el ou da minha família? - Lena começa a questionar, nervosa.
- Não. Quer dizer, sim. Eu quero dizer…meu Deus, é claro que eu quero me casar com você. Nada me deixaria mais feliz que passar o resto da minha vida ao seu lado. Você é minha melhor dupla e a pessoa que mais me inspira e me desafia, sempre. Eu só entendi o que realmente é um amor, verdadeiro, maduro e feliz, quando te conheci. Você me fez descobrir partes de mim mesma que eu desconhecia ou tinha medo de expor, ao seu lado, eu sinto que posso qualquer coisa. Então sim, com certeza. Sabe, você me faz perder a fala, e eu sou repórter. - Kara se declara, com um grande sorriso.
- Ainda bem. Que susto. Agora você pode colocar esse anel? - Lena mostra a caixinha, com 2 anéis de noivado, que ela mandou fazer sob medida, com a frase “El mayarah” na parte interna.
- Meu Rao, que lindos. Nem posso acreditar. Estamos noivas! - Kara comemora.
Kara e Lena colocam os anéis e se beijam, carinhosamente. Ali elas tinham certeza que haviam tomado a decisão certa. E seguiram em direção ao apartamento de Alex, estavam ansiosas para contar a todos a grande notícia. Lena e Kara tinham seus destinos traçados desde o início, se é que isso existe, mas de alguma forma era um encontro que precisava acontecer, era premeditado e atemporal. Muita coisa pode acontecer, mas enquanto elas tiverem uma a outra, será mais fácil ultrapassar qualquer obstáculo. O universo delas seria preservado a partir daquele momento, era como um plano intocável, somente alcançado por elas. Nesse ou em outros mundos, um amor como o de Kara e Lena, é o que continua a dar esperança, talvez de um mundo melhor.Chegamos ao fim, que tristeza, e desculpem a demora. Mas ai está, o fim dessa história. Não sei se haverá continuação, tudo depende do meu tempo e se eu tiver criatividade ainda kkkkk. No mais, é isso, muito obrigada por todos que leram, é a minha primeira história, que bom que pude compartilhar com vocês. Se divirtam, e continuem shippando eternamente nosso Supercorp, eu amo esse fandom e essa série, é claro, foi a primeira que eu assisti na vida. Beijos, até <3
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Outros mundos - Supercorp
FanfictionLena Luthor é uma cientista brilhante, que sofre com o legado doentio de sua família e a sombra do irmão criminoso, e decide abandonar sua cidade e ir buscar um mundo novo em National City, cidade da heroína Supergirl, com quem pretende manter uma b...