Cap 11 - Lena...

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Ainda no seu apartamento, Lena termina de pegar o que precisa para o feitiço. Enquanto isso, Kara aguarda na sala segurando o porta retrato com a foto delas e observando as matérias acumuladas da Supergirl que Lena guardava na prateleira da sala.
Lena sai do seu escritório e para ao ver Kara sentada segurando a foto e as matérias.

- O que está fazendo? - questiona Lena.

- Desculpe, eu acabei me distraindo aqui e mexi nas suas coisas, vou colocá-las no lugar. - Kara responde.

- Não precisa se desculpar, você tem total liberdade aqui dentro. - Lena fala.

- Você guardou todas elas? Todas as vezes que fui capa do jornal? - Kara pergunta, impressionada.

- Claro que sim. Você é uma estrela, e eu certamente sou uma de suas fãs. Talvez a maior. - Lena responde.

Kara sorri para Lena e se aproxima dela.

- Me desculpe por hoje cedo, eu sinto muito se pareci rude ou que estava desconfiando de você. Eu sei que não fez aqueles protótipos para gerar caos ou cair nas mãos de sua mãe. - Kara explica.

- Não se preocupe com isso, eu sei que não quis ser rude. É o que você faz, protege a cidade e se preocupa com as pessoas, principalmente os outros alienígenas. Eu entendo perfeitamente. - Lena devolve.

- Obrigada por entender, eu quero acabar com isso logo pra que eu possa apenas te abraçar e esquecer que sua mãe está fazendo essas coisas. - Kara diz, tocando os braços de Lena.

- Somos duas então. - Lena finaliza e beija Kara rapidamente.

Elas saem do apartamento e vão direto para o DOE. Quando chegam no DOE, Lena vai para o laboratório e todos se reúnem do lado de fora, ansiosos.

- Acha que ela vai conseguir? - Alex questiona Kara.

- Com certeza, se tem alguém que pode fazer isso, é ela. - Kara responde.

- Tem certeza que ela não tem nada a ver com isso? - Mon-el sugere quando acaba de chegar.

- Mon-el. Onde esteve? - Kara pergunta, surpresa.

- Fui dar uma volta e pensar um pouco. Acho que me excedi um pouco pela manhã. Não devia ter ido ao seu trabalho. - Mon-el explica.

- Que bom que reconhece. E respondendo a sua pergunta, eu tenho certeza que ela não está envolvida. Confie em mim. - Kara esclarece.

- Ok então. Eu confio. - Mon-el termina.

Alex e Kara se entreolham e acham estranho. Todos continuam esperando. Dentro do laboratório, Lena junta os recursos que colheu em casa no tubo de ensaio e segura na outra mão um antigo broche que pertencia a sua mãe adotiva, Lillian. Por meio disso, ela conseguiria rastrear Lillian, aonde quer que ela estivesse no mundo. Lena recita um antigo texto em latim que estava no grimório da sua mãe biológica, Elizabeth Walsh, e as substâncias misturadas se incendeiam ao mesmo tempo que Lena tem visões da antiga fábrica de aço de National City.
Lena põe as mãos na cabeça e após resmungar pela pequena dor causada, Kara entra na sala rapidamente.

- O que houve!? Você está bem? - Kara questiona.

- Sim, eu estou bem. Eu consegui. Sei onde ela está. - Lena responde.

- Ótimo. Onde? - Kara pergunta.

- A antiga fábrica de aço de National City. Ela foi fechada depois da invasão daxamita e era financiada pela Luthor Corp. Talvez isso ajude a saber até quem está ajudando Lillian nisso tudo. - Lena responde.

- Boa Lena. Vamos pegá-la e tentar descobrir quem é esse tal agente da liberdade que comanda esses babacas xenofóbicos. - Alex completa.

- Ok. Vamos lá. - Kara termina.

Kara, Alex, J’onn e Nia vão para a fábrica. Enquanto isso, Mon-el e Winn ficam no DOE para qualquer mudança ou informação nova.
Ainda no DOE, Mon-el vai até o laboratório de Lena.

- Toc toc. Posso entrar? - Mon-el pergunta com timidez e pressionando os lábios.

- Mon-el? Claro, pode entrar. O que deseja? - Lena fala estranhando.

- Eu queria falar uma coisa. Rapidinho. - Mon-el responde.
- Pode dizer. - Lena afirma.

Mon-el se senta em frente a bancada que Lena organizava suas coisas.

- Você e a Kara…É pra valer mesmo? - Mon-el pergunta.

- Não que seja da conta de ninguém, mas sim, é pra valer. - Lena responde, incomodada.

- Eu só queria saber se não vai magoá-la. Ainda é muito difícil pra mim ver ela com alguém, mas se ela realmente quer seguir em frente, eu quero garantir que seja pelo menos com alguém que valha mais a pena do que eu. - Mon-el diz.

- Olha, Mon-el. Antes de querer garantir qualquer coisa na vida dela ou cobrar algo de alguém, devia primeiramente cobrar de si mesmo. Você acha legal fazer aquele escândalo que fez hoje de manhã na Catco? No trabalho dela? - Lena questiona.

- Não, e eu já me desculpei com ela. Eu errei. Mas o foco aqui é você. Nós podemos realmente confiar em você? Quem garante que não vai repetir os passos da sua família psicótica e ferir a Kara? - Mon-el devolve.

- Eu garanto. Não pretendo feri-la ou a qualquer um aqui. Não tenho motivos e já provei diversas vezes, se quisesse fazer algo contra ela, eu já teria feito. Mas ao contrário de você, eu tenho me provado útil e tenho me esforçado muito para fazê-la feliz. - Lena responde, debochando.

- Ok. Já entendi. Você não entende, nós temos uma histór… - Mon-el é interrompido por Lena.

- Você é que não entende. Vocês tiveram uma história. No passado. E você fez questão de perdê-la. Teve sua chance e desperdiçou, então você não tem mais o direito de se meter em nada. Kara fez a escolha dela, estamos bem e é isso que importa. O foco aqui não sou eu nem você, é a Kara. O amor não é sobre posse, Mon-el, é sobre querer a felicidade e o bem-estar de quem você ama, acima de tudo. É sobre admiração e apreciação, antes do toque ou da proximidade. - Lena desabafa, chateada e impaciente.

- Você está certa. Eu cometi erros. Mas eu queria muito ter consertado todos eles a tempo. - Mon-el fala, com tristeza e de cabeça baixa.

- Eu sei. Mas você pode fazer diferente e consertar tudo. Não para ficarem juntos, mas para o que mais importa, a felicidade da Kara. Ela não queria ficar mal com você. - Lena diz se levantando e pegando suas coisas. - O que vale mais pra você, que ela fique bem ou que ela fique mal pelas suas constantes confusões e tentativas de ser o que ela precisou que você fosse e você não foi? Às vezes, o amor também é deixar ir, Mon-el. Pensa nisso. - Lena termina indo embora do laboratório.

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