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Simone


Acordei com Soraya deitada sobre meu corpo, sua cabeça em meu peito, sua perna direita dobrada em minha barriga, sua mão no meu ombro, alisei sua costa, beijei sua têmpora, fui tirando ela devagar para eu me afastar, queria preparar o café e trazer pra ela.

_Eu já volto_ sussurrei quando ela se mexeu.

Se aninhou ao meu travesseiro, joguei o lençol em seu corpo, cobrindo mais da cintura pra baixo, ela ficou deitada de bruços, coloquei uma calça que uso para dormir, pois estava apenas de cueca e top, saí do quarto.

_Está cedo ainda_ falei olhando no relógio.

Caminhei até o banheiro primeiro, fiz minha higiene, fui para a cozinha, coloquei a água para ferver, enquanto iria preparar umas panquecas, sei que ela gosta.

Procurei por uma bandeja pra que eu pudesse levar as coisas do café para ela, deixei logo na mesma algumas frutas, no prato ao lado eu colocaria as panquecas.

_Pra quem é esse banquete?_ a voz da minha irmã preencheu a cozinha.

_Bom dia Eli, é pra mim_ falei, mas sei que ela não ia acreditar.

_Eita como mente, fala logo_ ela pegou o cacho de uva da bandeja.

_A sol está aqui, dormiu comigo_ falei baixo.

_Dormiu com você? então rolou?_ ela me olhou.

_Só porque ela dormiu aqui quer dizer que rolou alguma coisa?_ semicerrei os olhos na sua direção.

_Fala logo Simone, sim ou não?_ eu sorri.

_Sim, rolou_ ela me empurrou para a cadeira.

_Me conta como foi, ela é tímida na cama também?_ levantei da cadeira.

_Que pergunta Eli, eu hein_ ela achou graça.

_É porque vejo como ela é tímida no decorrer do dia a dia, lá ela foi também?_ olhei pra ela.

_Não vou te dar detalhes não_ enchi uma xícara com café.

_Sou sua irmã, pediu ela em namoro?_ ela tava curiosa.

_Ainda não Eli, vou fazer isso com calma_ falei.

_Foi legal? você gostou?_ perguntou.

_Foi incrível... e especial também_ eu disse com um sorriso bobo.

_E o que fez ser especial?_ peguei uma fatia de melão, acho que ela gosta.

_Ontem pela primeira vez eu fiz amor e não sexo, e foi a primeira vez dela_ disse.

_Ela era virgem?_ Eli arregalou os olhos.

_Sim, era_ terminei as panquecas.

_Quantos anos ela tem?_ já tava ficando zonza com tanta pergunta.

_Tem vinte e três, por quê?_ a olhei.

_Vinte e três anos e ela era virgem?_ dei um tapa em seu braço por ela falar alto.

_Fala baixa caramba_ ela alisou o lugar onde eu bati.

_Mas e aí? é sério mesmo isso?_ assenti.

_Algum problema?_ ela negou.

_Só fiquei surpresa, eu perdi aos quinze_ comentou.

_É, mas você é você, ela é ela, cada um tem seu tempo_ ela sorriu.

A loira do fusca azul Onde histórias criam vida. Descubra agora