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Simone


_Não Simone, não foi assim_ ela disse, eu sorri.

_Foi assim sim_ impliquei.

_Tá, tudo bem, foi assim_ sorri de novo.

_Eu sempre estou certa galega do pão doce_ Soraya deu uma gargalhada.

Andávamos pela praça da cidade de mãos dadas nessa noite não tão fria assim de sexta feira, ela usava um de seus vestidos rodados de cor azul claro, nos pés uma sapatilha, seu lindo cabelo tava solto, hoje ela tava radiante.

_Vamos sentar um pouco_ ela sugeriu.

Assim fizemos, escolhemos um dos bancos de cimento pingado de amarelo, comprei dois sorvetes e ficamos ali comendo, já tínhamos vindo da pizzaria da dona Jô.

_Me um pouquinho do seu_ pediu.

_Então me um pouco do seu também_ peguei do dela e ela do meu.

Quando terminamos dali, decidimos então ir embora, ela precisa acordar cedo para fazer seu trabalho, agora já tinha um mês que ela voltou com as vendas, tudo está indo bem, arrumei onde era a minha garagem e fiz sua lojinha, tá sendo sucesso.

_amor, eu coloco o chocolate por cima do..._ ela ia dizendo mas se calou.

Percebi ela ficar tensa ao olhar para alguém, olhei também para onde ela olhava, e vi uma mulher de cabelos curtos e loiros, não tão alta assim, ela estava comprando pipoca, tinha ao seu lado um homem, não entendi a reação da sol até então.

_Amor, o que foi anjo?_ perguntei.

_Si-Simone, você está vendo?_ ela me olhou.

Seus olhos que antes estavam brilhantes de felicidade, agora estavam marejados, seus lábios tremiam e eu ainda não entendia, puxei ela para outro banco e comprei rápido uma garrafinha de água, logo voltando para sentar ao seu lado.

_Aqui, tome, isso_ levei até sua boca.

Alisei sua costa, carinhei seu rosto e fiquei lhe olhando, seus olhos ainda estavam voltados para o casal mais lá na frente.

_Sol, o que houve? conhece eles?_ perguntei.

_Simone, será?_ franzi o cenho.

_Será o que meu amor?_ tampei a garrafinha com o restante de água.

_Será que são eles amor?_ seus olhos se encheram de água de novo.

_Eles quem sol?_ ela deu um sorriso fraco.

_Os meus pais_ ela me olhou.

Busquei na memória pela foto que vi deles em um madrugada que a encontrei na cozinha, que ela estava vendo naquele momento, e olhando para o casal logo ali, prestei mais atenção, a mulher era parecida com Soraya.

_Amor, e se for eles?_ perguntou ela.

_É, e se for eles?_ a gente se olhou.

A gente decidiu ir logo dali, mas ao nos levantarmos, os dois então vinham andando em nossa direção, Soraya travou de novo, ficou parada e olhando para eles, assim como eles ficaram olhando para ela, e se forem os pais dela mesmo?

_Amor, vamos_ eu a chamei.

A mulher de cabelos curtos ficou olhando fixamente pra sol, olhei para uma e outra, pareciam sim ainda parecidas, Soraya me olhou e saiu me puxando dali, quando já estávamos distantes deles, ela parou e se sentou no meio fio, ofegante, sentei ao seu lado e carinhei sua costa.

_Eu tô aqui_ falei.

_Ela me olhou de uma forma tão... sei lá_ arranhou sua testa.

_Eu percebi_ disse.

_Sinto algo aqui, mas não sei identificar ainda_ ela tocou em seu peito.

_Se for o que pensamos que é, vamos descobrir_ levantei ao dizer isso.

Dei a mão para ela que logo levantou também, seguimos então para casa, tomamos um banho e como ela não estava com sono, decidimos ir assistir algo na sala, coloquei em um programa animado para ajudar ela a ficar melhor um pouco.

_Amor, você é incrível Simone_ ouvi ela dizer de repente.

_Incrível é você anjo_ a gente ficou se olhando.

Beijei sua testa e aproximei meu rosto do dela, ela avançou primeiro e veio para o meu colo, não demorou para que eu pudesse logo ficar dura abaixo dela, com isso, fiz ela se esfregar e sentir minha ereção pela calça moletom que usava, senti ela arfar.

_É melhor irem pro quarto_ nos separamos quando ouvimos Eli.

_Mulher, você não dorme não cara?_ olhei pra minha irmã.

_Qual é sisi? eu só levantei para tomar um copo de água e vi a tv..._ ia se explicar.

_Tá, tá bom, vai dormir vai_ Soraya sorriu baixinho.

_Se quiserem brincar de fazer bebê, vão para o quarto pelo menos_ e então ela saiu dali.

_Quero ver quando for você_ eu falei alto pra ela ouvir.

A porta do seu quarto bateu, sol quis sair do meu colo e eu não deixei, ficamos só nos beijando, desliguei a tv e levei ela pro nosso quarto em meu colo.

_Vamos terminar o que começamos_ falei baixinho.

Ela tirou seu vestido e ficou com a calcinha por enquanto, tirei minha roupa, ficando de cueca, fui por cima e começamos outro beijo, fiquei mexendo meu quadril, rebolando, fazendo minha ereção roçar mais sobre sua intimidade, foi uma noite e tanto, pegamos no sono pela madrugada.

Às oito da manhã eu já estava com ela na lojinha, lhe ajudando, tinha gente que vinha tomar café aqui, eu e Eli estávamos dispostas a ajudar ela, logo depois eu voltaria pra oficina.

_Sol, tem um casal que quer bolo de chocolate com suco de graviola_ Ouvi Eli dizer para Soraya.

Animada com as vendas, ela saiu com um lindo sorriso no rosto para a loja, levando o bolo de chocolate que tinha acabado de tirar do forno, fui logo em seguida, e assim que vi o casal ali, olhei pra minha pequena.

_São eles de novo_ ela sussurrou.

_Você quer que eu leve?_ perguntei.

_Não amor, tá tudo bem, eu levo_ ela então seguiu até eles.

Novamente a mulher ficou olhando para Soraya e não desviou o olhar, seus olhos estavam atentos à minha mulher, notei o nervosismo da sol, fui até lá.

_Tudo bem aqui amor?_ a mulher me olhou.

_Vocês são um casal?_  perguntou a mulher.

_Sim_ respondeu Soraya.

_Formam um belo par mesmo_ ela disse.

_Desejam algo mais?_ perguntou Soraya para eles.

_Não querida_ sol assentiu.

Voltei para o balcão então, e ela iria fazer o mesmo, até que a mulher tocou no braço de Soraya, ela perguntou algo à minha pequena e depois de minutos Soraya veio.

_Talvez eu esteja diante da minha mãe, amor_ disse ela com seus olhos marejados.

A abracei, passei conforto e disse que estaria ao seu lado diante de qualquer situação, porque amar é isso, e eu não vou sair do lado do meu amor.



🚙💙

A loira do fusca azul Onde histórias criam vida. Descubra agora