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Soraya


_Ei linda, vamos loirinha?_ concordei, sorrindo em seguida.

Dei a mão para ela e senti o encaixe das mesmas, ela levou até a altura dos seus lábios e deixou um beijo casto, o anel que eu havia ganhado dela brilha no meu dedo anelar, é como se fosse um sonho, mas a cada minuto que vai se passando, percebo que é a mais pura realidade.

_Bar do Jorge ou pizzaria da dona Jô?_ ela perguntou.

_Eu posso beber?_ perguntei, ela me olhou.

_Como assim? por quê?_ colocou seu cinto.

_Eu tomei aquele remédio hoje, faz mal? desculpa se estou sendo idiota_ levei as mãos ao rosto.

_Tá tudo bem sol, olha pra mim_ pediu.

Recebi seu carinho em meu rosto, ela disse que estava tudo bem outra vez, dirigiu até o bar do Jorge, encontramos o Pacheco no mesmo ao chegarmos ali, ele veio nos cumprimentar.

_Como vai? tá linda_ ele elogiou.

_Bem, obrigada_ recebi de forma rápida seu abraço.

_E você Tebet?_ ela rapidamente mudou sua expressão, ciúmes.

_Estou ótima, ainda melhor agora_ ela segurou minha mão.

Me puxou para uma das mesas, pediu duas cervejas, e uma porção de batatinhas, lembrei da primeira noite que estive com ela aqui nesse bar, à convite seu inclusive, para mim, tudo passou a mudar a partir daquela noite, foi quando ela tomou conta do meu coração.

_Ele gostou de você, isso é uma droga_ ela disse, eu lhe olhei.

_Quem gostou de mim?_ ela voltou seu olhar pra mim.

_O Pacheco, ele me contou_ seu olhar foi para trás de mim novamente.

_Ei, isso está te incomodando muito?_ toquei em sua mão.

_Encontrei outra pessoa para me ajudar, isso não daria certo_ falou.

_O que não daria certo?_ bebi um pouco da cerveja.

_Eu trabalhando com alguém que tem sentimentos pela pessoa com quem estou_ pegou uma batatinha.

_Entendo você, desculpe por isso_ ela franziu o cenho.

_Posso saber porquê você está me pedindo desculpas?_ cruzou seus braços sobre a mesa.

_Ele trabalhava com você, te ajudava, e minha chegada fez..._ fui dizer.

_Não, não sol, você não está dizendo isso_ ela deu um sorriso e negou ao mesmo tempo.

_É sério Simone, parece que eu..._ voltei a falar.

_Sol, você não tem culpa de nada_ disse firme e eu me calei.

Após ela terminar sua cerveja, levantou para ir ao banheiro, fiquei lhe aguardando na mesa, peguei meu celular para ver a hora, às cinco eu já preciso estar de pé para fazer os... ah não, esqueci outra vez.

Impressionante como as coisas mudam de forma rápida, eu tava tão animada com a volta das vendas e minha nova moradia, agora tudo foi por água abaixo de novo, amanhã eu já saio da casa que estava.

Preciso me reinventar, encontrar uma nova forma de continuar com as vendas, amanhã mesmo preciso ir atrás de outra, e de preferência que possa ter um ponto na mesma para eu fazer minha lojinha.

A loira do fusca azul Onde histórias criam vida. Descubra agora