4.

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No final de semana seguinte, nós não pudemos nos ver. Na quinta feira, porém, houve uma oportunidade. Eu estava de folga naquele dia e, quando descobri que Kessy não teria aula aquela tarde, eu a convidei para irmos numa cafeteria.

— Você realmente gosta de creme. — eu disse, com um sorriso divertido quando ela pediu bolo de creme e capuccino com creme.

— Experimento tudo que posso com esse sabor. É simplesmente o melhor gosto. — a garota se deliciava tomando sua bebida cremosa e comendo o bolo com tanto recheio e confeitos que me enjoava só de olhar. — É como uma explosão maravilhosa na minha boca... Puta merda. Minha língua ama esse gosto.

— Interessante. Um dia desses vou jogar calda de creme no meu pau pra você chupar. — brinquei; ela se engasgou e arregalou os olhos.

— Nossa.

Inclinei a cabeça para o lado, curvando a boca com um sorriso malicioso.

— Vai mentir que não gostou da ideia? — falei, com pretensão na voz.

— Talvez eu tenha gostado. — sorriu seus olhos brilhavam de perversão. Nos encaramos por um longo momento até ela baixar os olhos, assim que o garçom se aproximou da nossa mesa. — É desse jeito que consegue ter tempo pras coisas? — ela se referiu ao café na xícara cheia que me foi entregue pela segunda vez.

— Pode-se dizer que sim.

— Não faz muito bem.

— É meu vício ruim.

— Acho que não existe algum vício bom...

Dei de ombros e tomei um pouco do expresso quente e forte.

— Qual é o seu vício, além do sabor creme? — perguntei, embora eu já tivesse alguma suposição.

— PlayStation 4. — ela disse, e eu soltei um riso anasalado.

Não era o que eu esperava.

— Gosta de jogar? — perguntei, relaxando as costas na cadeira.

— Adoro jogar. — sorriu provocativa.

Entendi o que Heyez quis dizer. Ela não estava falando sobre o que parecia ser; jogos de PlayStation 4. Mas sim, sobre jogos de sedução, como o que rolava entre nós.

— O quê? — forcei uma inocência.

— Qualquer tipo de jogo...

— Mas gosta mais daqueles que são difíceis. — afirmei.

O sorriso dela aumentou; o meu também.

— É, eu me interesso por jogos difíceis.

Observei a garota por um instante. Aquele era o momento de guiar a conversa para outro assunto; um que eu estive a dias desejando ter com ela. Peguei um pedaço do meu bolo e o enfiei na minha boca.

— Falando de sexo, o que você já fez? — a pergunta fez Kessy franzir o cenho em desentendimento.

— Eu nunca fiz nada, né. Por isso sou virgem. — ela riu, descontraída mas um pouco sem graça.

— Sexo não é sobre um buraco sendo penetrado por um pau. — falei baixo.

A sobrancelha dela se arqueou.

— É o quê?

— Muitas coisas. — umedeci meu lábio. — Tocar, chupar, esfregar...

— É sério? — debochou. — Duvido que você, sendo um homem, não enxerga o sexo como penetração.

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