18.

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Joguei o pano de prato sobre o ombro após secar minhas mãos nele, andando da cozinha até a sala para atender a porta. Provavelmente seria quem eu estava esperando. Tínhamos marcado aquele horário, e ela era pontual; estava até alguns minutos adiantada.

Ao abrir a porta, eu mal falei qualquer coisa e a Heyez já estava vindo para cima de mim. Sua mão agarrou o cós da minha calça, a outra segurou atrás do meu pescoço enquanto tomava impulso e ficava na ponta dos pés para me beijar, cheia de vontade. Retribuí o beijo, a ponta do meu lábio se curvando num sorriso enquanto nossas bocas se engoliam e as línguas deslizavam deliciosamente uma na outra.

Sem parar o que estávamos fazendo, eu fiz a porta bater ao se fechar sozinha. A garota me empurrava e eu fui dando passos para trás às cegas. Ansiosa, soltou a mão do cós da minha calça para deslizar pra baixo até encontrar meu pau. Eu quis rosnar de prazer quando ela me apertou. Kessy gemeu, satisfeita por me sentir duro, e eu pude sentir seu sorriso durante o beijo; este que sua língua tornava ainda mais urgente.

Seus dedos seguraram a barra da minha camisa e começaram a subir o tecido. Minha boca se curvou com um sorriso e eu parei as mãos dela antes que tirassem minha roupa.

— Calma — falei ao desgrudar nossas bocas, quase rindo da situação. — Janta comigo primeiro, sabe? — brinquei, sorrindo mais com a piada.

Heyez mordeu o lábio e sorriu, maliciosa.

Lambi minha boca, soltando ar em um riso. Safada. Ela levantou uma sobrancelha, sugestiva ao olhar para o volume da ereção na minha calça. Neguei com a cabeça, me abaixando para pegar o pano de prato caído no chão.

— E se eu te dissesse que já jantei? — ela falou, logo recebendo um olhar decepcionado meu.

— Falei pra você não jantar.

— Eu sei — revirou os olhos. — É mentira, eu não jantei nada. Mas é verdade que estou aqui com a intenção de ser a sua janta.

Os olhos dela brilharam, travessos, com um sorrisinho safado dançando em sua boca. Tombei a cabeça para o lado, olhando ela de cima a baixo.

— Você vai ser a sobremesa.

Kessy pareceu se encher de expectativas e derreter sob o meu olhar de desejo.

Fiz um aceno de cabeça, indicando a cozinha, como se dissesse "vem" para ela, e me virei naquela direção.

— Vamos cozinhar juntos de novo? — perguntou, me seguindo.

— Não — respondi. — Eu já fiz tudo. Aliás, tinha acabado de terminar antes de você chegar.

— Nossa, que sintonia a gente tem, né?

Olhei sobre o ombro, piscando para ela.

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Quando acabamos com nossos pratos de rosbife, purê de batata e salada, eu esperei até terminarmos o vinho; tinha apenas metade da garrafa, para ir pegar o mousse de creme, feito com essência de baunilha e leite condensado. Abri a geladeira, peguei o copo de vidro com o doce, e depois procurei por uma colher pequena.

— Vi num site que a previsão de lançamento da nova temporada é só pro ano que vem. Que saco. — ela continuava dizendo. Estávamos conversando sobre uma série pela qual descobrimos ter gosto em comum. — O que é isso? — sorriu, olhando para o copo que eu a oferecia, e depois pra mim.

— É seu. Prova. — me sentei na cadeira, de frente para ela na mesa, a observando enfiar uma colher cheia na boca.

Hmm — elogiou. — Muito bom. Adorei. — o canto da minha boca se curvava com o sorriso enquanto eu observava Kessy se deliciando com a sobremesa dela. — Não quer? — ela perguntou, finalmente notando que eu não estava comendo nada.

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