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A boca dela era macia na minha. Seus lábios tinham gosto de cereja, e o sabor doce se misturava com o frescor do hortelã e da menta no meu hálito. Aquele beijo estava gostoso pra caralho, e eu mal tinha começado. Minha mão se enfiou no cabelo de Heyez, enroscando os dedos nos fios e inclinando a sua cabeça, o que me deu um ângulo ainda melhor para aprofundar minha língua nela. Kessy gemeu, sua boca se abrindo para me receber, seus lábios hidratados deslizando nos meus, a língua molhada roçando na minha. Apertei ela contra a parede, tomando ainda mais dela.
A garota colocou as mãos no meu peito e pressionou meu corpo numa tentativa de me afastar, mas eu continuei imóvel. Ela tentou tirar a boca da minha, mas eu a beijei com mais vontade ainda. Então, quando forçou o meu corpo para trás mais uma vez, eu finalmente larguei sua boca. Dei um passo atrás, ofegante pelo esforço que tive que fazer para conseguir isso. Ela olhou para mim, ofegando, com as bochechas ainda molhadas e os olhos avermelhados e brilhando. Respirei fundo, o desejo ardendo em meu olhar. Devagar, me aproximei de novo, levando a mão ao rosto dela. Meu polegar deslizou gentilmente, secando a bochecha úmida. Aos poucos, eu fui chegando mais e mais perto de sua linda boca que estava me atraindo só de olhar. Era como ser inconscientemente movido por alguma coisa irresistível.

Eu apenas precisava sentir Kessy.

Nossos lábios foram se encontrando lentamente. Os primeiros encaixes, delicados. Até que um impulso nos fez agir com mais urgência. Nossas bocas se engoliram. Ela puxou a minha camiseta, tentando me trazer para o mais perto possível. Minha mão se firmou em sua cintura e eu a trouxe para mim com a mesma intenção. Apertei Heyez no meu corpo, querendo ter o corpo dela colado ao meu. Sua boca se abriu num suspiro, desgrudando os lábios dos meus. Rapidamente, ela virou o rosto, me soltou e se afastou de mim.

— Minha... amiga deve estar... me procurando... — disse, ofegante, se virando para ir em direção ao banheiro. Segurei o pulso dela, dando os passos necessários para estar perto de novo. — JK, estamos numa festa, alguém pode ver... — alertou, olhando ao redor. Com ambas as mãos, peguei sua cintura, juntando nossas bocas mais uma vez. Eu a beijei por apenas segundos até ela parar, relutante. — Não sei se... se é uma boa ideia eu beijar você hoje...

Tombei a cabeça para o lado.

— Por que não seria?

Eu sabia. Ela estava indecisa, receosa quanto a mim, hesitante em relação a nós.

— Acho que é melhor a gente dar um tempo. Preciso pensar — declarou. Mesmo assim, eu continuei puxando o rosto dela para mim. Ela cedeu por mais um segundo até tirar os lábios dos meus. — Eu... Até eu entender a nossa situação, eu não... Não quero beijar você — afirmou, o olhar fixo na minha boca, apesar do que dizia.

— Tem certeza? — provoquei, a beijando. Meus dedos pressionaram a nuca dela, se enroscando em seus cabelos. Ela gemeu antes de tentar sair de novo.

— Tenho — respondeu ofegante.

Teimosa.

— Não parece — sorri, curvando o canto da boca. — Pelo contrário, anjo, você parece querer me beijar.

— Talvez... eu queira, muito — confessou ela, baixinho. Era o que eu precisava ouvir para ir com a minha boca sobre a dela. Heyez ofegou, cedendo por mais um momento. Então, de repente, ela rompeu o beijo. — Mas isso... não significa que eu deveria e...

Empurrei ela para trás até bater suas costas na parede, a beijando novamente. Ela resistiu, tentou sair, mas eu a prendi com mais força. Ela ofegou com minhas mãos apertando seus quadris, minha língua exigente encontrando a dela. Kessy gemeu, tentando se soltar e, ao mesmo tempo, querendo o mesmo que eu. Com um rosnado, eu a pressionei contra a parede, ambas as mãos tomando posse de sua cintura e meu quadril se apertando nela. As unhas dela arranharam os meus braços enquanto a minha língua invadia a boca dela. Nossos lábios se abriram e se engoliram de forma selvagem. De repente, ela já nem estava mais resistindo. Ela estava entregue.

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