8.

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No dia seguinte àquela sexta feira; sábado, já de tarde, Kessy me mandou mensagem querendo saber se iríamos nos ver. Estava frio, chovendo. Eu disse que o clima era bom para ela vir em casa assistir a um filme comigo. Heyez pareceu adorar a ideia, pois aceitou a proposta imediatamente.

Quando chegou no meu apartamento, eu abri a porta e a garota ficou parada me olhando como se não soubesse a forma com que me cumprimentar.

— Oi, JK — ela falou, mordendo o lábio.

— Oi, anjo. — eu respondi, com um sorriso preguiçoso.

Fiquei de lado, encostando as costas no batente da porta e abrindo espaço para ela entrar. Kessy passou por mim; de repente, parou e deu meia volta. Rapidamente, selou minha boca com seus lábios. Ela teve que se apoiar no meu peito e ficar na ponta dos pés para fazer isso, o que tornou desfavorável que aquele selar se tornasse um beijo, já que eu não a ajudei para aquilo acontecer.
Ao se afastar, parecia tímida e confusa pelo que fez; provavelmente porque fora um ato realizado no impulso do momento. Inclinei a cabeça para o lado, a observando com um sorriso pretensioso. — Eu devo ser irresistível. — brinquei.

— Pior que você é. — concordou, se fazendo de irônica. Era o jeito dela de não se envergonhar ao falar algo. — Irresistivelmente gostoso. E charmoso até mesmo com o cabelo bagunçado, calça moletom, camiseta e meias, todo natural. Na realidade, acho que você fica ainda mais atraente assim. Foi por isso que não aguentei a tentação, está explicado.

— Sua justificativa faz todo sentido. — sorri, me sentindo bem com os elogios.

Após fazermos pipoca, brigadeiro e achocolatado com leite quente, eu e Heyez fomos para a sala, escolhemos um filme, fechamos a cortina, apagamos as luzes, deixando apenas a fita de led vermelho ligada, e nos sentamos no sofá; ela de um lado, eu do outro.

Assistimos quase uma hora e vinte minutos de filme, até eu olhar para o lado e ver, no rosto emburrado de Kessy, que ela estava frustrada com alguma coisa. Meu lábio se curvou num sorriso. Eu sabia. Havia prevido, quando disse a ela sobre assistirmos a um filme em casa, que a garota iria interpretar como algum tipo de desculpa para transarmos. Mal sabia ela.

Tive que segurar um outro sorriso quando Heyez se levantou para colocar a caneca sobre a mesinha e, ao voltar, se sentou mais perto de mim, propositalmente. Fingi não perceber, mas sorri discretamente, sabendo o que ela pretendia.

Quando a garota passou a movimentar o pescoço como se estivesse desconfortável com um incômodo muscular, eu resolvi provocá-la de uma forma sútil; estiquei o braço por trás dela e comecei a roçar e apertar os dedos em sua nuca; ora fazendo um carinho no cabelo daquela região, ora massageando o seu pescoço. Kessy se derretia com o toque.

Em determinado momento, Heyez montou no meu colo e me beijou com pressa. Eu não tentei pará-la, e nem queria, pelo contrário. Aliás, era isso o que eu esperava desde o momento em que havíamos ido para a sala. Estava apenas esperando ela não aguentar mais. Eu gostava de compelir a garota a um estado onde ela não conseguia se conter de tanta vontade guardada.

Nos primeiros momentos, os lábios dela eram ágeis nos meus e sua língua rolava frenética na minha. Depois, apesar da pressa de Kessy, o beijo passou a ser calmo; eu estava obrigando que fosse mais devagar. Minha boca tomou o controle e dominou a de Heyez sem muita dificuldade. No começo, ela até prestou resistência, porém logo cedeu. Eu sorri durante o beijo, porque gostava da sensação de fazê-la ceder, de fazer ela perder a cabeça em relação a mim. Sua respiração estava afoita, suas mãos, ansiosas. Kessy tocava, alisava, apertava e arranhava meus ombros, braços, pescoço, peito e abdômen. Puxava meu cabelo. Mordia meu lábio. Chupava a minha língua. Suspirava na minha boca. Ela estava com tesão pra caralho e eu nem tinha feito nada. Minhas mãos, por baixo da roupa dela, descansavam em seu quadril. A palma quente em contato com sua pele nua era o suficiente para causar a agitação e impaciência de Heyez. Eu apertei, firmando a pegada em sua cintura. A língua dela se esfregou na minha com mais vontade. Ela tentou tomar o controle, pressionou os lábios nos meus e travou uma batalha de bocas. A partir daquele momento, Heyez deixava claro que queria comandar o ritmo. Em resposta, eu soltei sua cintura e tomei o seu rosto com uma mão. Meus dedos apertaram suas bochechas com força, quatro deles sobre a esquerda e o polegar sobre a direita. Minha mão era grande e segurava o rosto de Kessy com firmeza enquanto eu a beijava impondo minha dominância. Heyez resistiu, persistindo em ter o controle. Segurei um sorriso. Mordi o lábio dela. Por apenas um segundo, parei de beijá-la para olhar em seus olhos. Logo depois, voltei a fazer com sua boca o que eu bem quisesse. Beijei-a com vontade, enguli-a, devorei-a, apenas para desgrudar nossas bocas no instante seguinte. Brinquei de chupar seus lábios e sua língua enquanto fazíamos no ritmo que eu impunha, devagar. Eu estava mostrando a ela quem é que mandava, estava colocando ela no lugar dela. Kessy era forçada a aguentar sua própria vontade para se saciar com o que eu fazia do beijo, do meu jeito. Ao mesmo tempo que parecia se derreter, ela estava ansiosa por mais. Eu sentia isso pela forma como o corpo dela se movia, inquieta. Provavelmente, irmos devagar era uma tortura; mesmo que fosse uma tortura que a garota achasse extremamente gostosa. Heyez estava excitada pra caralho e precisava de mais, ir mais rápido, ir além. Eu não iria dar a ela o que ela precisava, mas eu certamente iria provocá-la até que ela não pudesse mais suportar o tesão que sentia. Aquilo me excitava pra caralho.

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