Terra nova

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Meu passeio turístico começa comigo na garupa da moto — não sabia que ele pilotava — até o Jardim Botânico. Sempre tive vontade de conhecer, pelas fotos é bem bonito, e pessoalmente é ainda mais. Estar em contato com paisagens diferentes, me atiça a curiosidade de saber mais sobre o local.


Meu sogro é professor de História a quinze anos, segundo ele o que há mais de bonito é saber sobre quem foram nossos antepassados e como hoje somos quem somos. Em uma promessa, disse que me me dará uma aula ensinando um pouco mais sobre o Brasil. Sem sombra de dúvidas será a melhor das aulas que terei, gosto da bibliografia nacional e do mundo. E me encanta saber que hoje em dia ainda existem pessoas interessadas nesse conteúdo.


No aspecto disciplina, tenho uma estrelinha ganha com seu Cícero. Hoje de manhã, antes de sair, conheci seu escritório, que é conjunto a uma biblioteca. Minha reação foi a de uma criança, admirava o ambiente com devoção, e com vontade de deixar minhas digitais em todos os lugares.



A Giovanna de sete a dez anos iria amar tudo isso, quando pequena eu era simplesmente fascinada tanto pela história quanto pela estória. Me apegava aos acontecimentos e atribuía a minha vida, viva na minha ilha da fantasia. Sou grata por hoje ter acesso a essas maravilhas e estou ansiosa para os meus ensinamentos.



— Aqui é muito lindo, porque não viemos antes?!


— Segundo você tudo era muito cedo. Mas agora podemos vir quantas vezes quiser, nossa família vai amar ter você aqui mais vezes.


Nossa família. É uma palavra bonita.


— Preciso fugir um pouco do Rio, conheço aquele estado de ponta a ponta quase. Quero viver coisas novas, conhecer outras pessoas, culturas...



— Tire essa ideia do papel, trace nossa rota que depois eu faço acontecer.



Tiro os óculos novos que o comprei do seu rosto e ponho sobre os meus olhos para tapar a claridade. Rápido como sempre é, toma a minha boca em um beijo repleto de carinho. Bato contra o seu corpo e peço para que me guie até o próximo destino.


Museus. Torres. Bosques. Fizeram parte da trajetória de uma turista, me diverti ao conhecer cada um desses pontos. Mas o que mais me deixou contente foi descobrir os lugares secretos do Nero. Passamos em frente a um dos bares que ele costuma cantar, disse que vai me levar em um deles para conhecer.


Curitiba não é uma cidade pequena, mas o movimento não se compara com as minhas ruas cariocas. Ao mesmo tempo que gosto do movimento do dia a dia, me acostumaria facilmente com a vida aqui.


O churrasco é na casa de Mauro. Alê segura minha mão e aperta com força ao pisar dentro da residência, parece nervoso. Faz um bom tempo que não vê sua avó, da última vez que a viu a falta de memória não estava tão grande como agora.


Crianças correm pela casa, são filhos dos primos. A residência é bem grande, possibilitando essa circulação. Me vejo como centro da atenção, todos estão olhando para mim, minhas bochechas queimam.


Alexandre é que faz o esforço para mim e me apresenta para o pessoal. Com um sorriso no rosto cumprimento todos eles. O primo que havia sido alertada é bem apresentável, a cara do pai, Júlio.


A família Vieira é composta em sua maioria por homens. Júlio possui qtrês filhos e desses uma é mulher. Mas em consideração as cinco crianças espalhadas no ambiente, há apenas dois meninos — vindos de Fabiana, a prima mais nova. — o restante dos homens são tem meninas, não sei se isso é um sinal.


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