Martin

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Pra mim El Oceano já acabou faz tempo, por mais que eu ame escrever essa fic. Minhas ideias se esgotaram, também não tem mais o que ser escrito. Mesmo com a Ana Clara insistindo que sim.
Fiz esse capítulo em especial para ela, mas decidir compartilhar com vocês.

Espero que gostem.

🍻

Sou oficialmente mãe de dois. O amor que tenho por eles mal cabe dentro do coração de grande que é. O amor de mãe ultrapassa fronteiras e as minhas estão além do imaginável.


Éramos dois, eu e Alexandre, hoje somos quatro. Amanhã quem sabe sejamos cinco, seis, sete...


A gestação, assim como a amamentação, é um momento lindo, único e de uma forte conexão entre mãe e filho. Na primeira vez que estive grávida não imaginei que seria dessa forma, sempre ouvi muitas mãezinhas falarem isso, mas tem coisas que precisamos ver para crer.


Como fui mãe de primeira viagem, era tudo muito novo. Tive medo de não saber lidar, vivia chorando para o meu marido. Lamentava dizendo que eu seria uma péssima mãe.


Hoje em dia não sou tão péssima assim, às vezes choro com medo de falhar. Porque antes o erro seria só com um, agora são dois. Mas preciso ser forte, eles merecem uma mãe que lute com unhas e dentes para protegê-los. Uma figura materna com muito amor para dar, merecem a minha melhor versão.


Diante de tanta mudança, precisamos nos mudar. A casa ficou pequena para nós, dois quartos era para os velhos oceanos. Os novos deságuam em imensidão. Narro esse capítulo em um cômodo de paredes em verde claro, com decoração de savana. Sentada em uma poltrona bege, perfeitamente confortável com meu filho nos braços. E minha filha esparramada no chão, com um livro em a mãos lendo as figuras. As junções das palavras ficarão para outro momento.


Eu era resistente à minha casinha, aquela linda, no tamanho certo. Em uma bairro de burguesinha — ainda vivo como uma, mas preciso mostrar minha "sofrência." — Dizia que não abriria mão por nada dela, mas existia um porém, não queria que qualquer pessoa tomasse posse. O que me faz dormir tranquila é saber que meus sogros são quem cuidam desse lar.


O meu desejo seria que Martin crescesse como a irmã naquela residência, mas essa nova moradia será tão especial quanto a outra. E a visita para o antigo lar no Leblon será ainda mais gostosa, vovôs e vovós são tudo na vida de uma criança.



— Ste, faz um favor para mamãe?! Pega a fraldinha do seu irmão que caiu.


A garotinha com seu vestido de bolinha exerce a função de irmã mais velha. Essa missão de menina grande é especial para ela. Cuida e protege o irmão com todo o seu coração.


— Mamãe, depois você brinca de colorir comigo?


— Brinco, meu amor. Assim que seu irmão dormir eu sou toda sua.


Eu e Alexandre procuramos administrar o tempo para dar atenção a nossa filha. Meu marido entende melhor que eu essa coisa de irmãos. O bebê tem necessidades, precisa da nossa ajuda a todo momento. Stella é uma criança em desenvolvimento, não é independente por completo, mas sabe se virar.


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