Capítulo 3

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Duda chora copiosamente em meus braços

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Duda chora copiosamente em meus braços. Lagrimas escorrem pelo meu rosto, não sei se é de felicidade ou de tristeza. No chão, está meu irmão, sem vida, de olhos fechados e sinto meu peito doer, ao pensar que nunca terei a oportunidade de consertar tudo que ele passou.

Antes morrer, ele me pediu desculpas por tudo que me fez.

— Des-desculpe, irmãozinho. — sussurrou, sem forças e com um casto sorriso. — Você não merecia passar por tudo isso. — Ele fechou os olhos, respirando fundo.

Deu para sentir sua dor... Pela bala que atravessou seu peito, pelo passado que teve, as torturas que passou por todos esses anos.

A rejeição, principalmente ela, sentimento tão familiar para mim.

Nosso pai conseguiu acabar com a vida dos seus dois únicos filhos, sem se importar com o que isso causaria em nós.

Ele só pensou em si próprio, em si beneficiar com tudo isso.

— No meu quarto... — as palavras saem com dificuldade de seus lábios e ele geme de dor. — Na gaveta da cômoda, tem algo para você... — Ele colocou a mão por cima da minha, apertando.

Pressiono a mão em sua ferida, tentando estancar o sangue, mas sei que não terá jeito. Havia muito sangue escorrendo pelo peito dele e a cada palavra que sai de seus lábios, vejo a pouca cor que ele tem no rosto, sumir. Deixando sua pele ainda mais pálida.

— Me vingue, irmãozinho. — sussurrou, a voz quase um fiapo de tão baixa. — Eu te amo, Caleb.

As lagrimas desciam abundantemente do meu rosto, enquanto eu via meu irmão partir, novamente.

Era como um déjà vu, a mesma cena de quase 10 anos atrás.

Ele deitado em meu colo, com um tiro no peito, mas dessa vez, ele realmente se foi.

Duda continuava pedindo desculpas, por atirar nele, por tê-lo matado.

— Eu não queria... — ela murmurou, se culpando pela morte do meu irmão.

— Não é culpa sua. — Peguei seu rosto entre as mãos e beijei seus lábios, sentindo todo meu corpo desfalecer com o dela.

Como sentia falta disso.

— Ele iria me matar. — sussurrei, com a boca ainda colada na dela. — Você fez o que qualquer um faria.

Ela apenas concordou e eu voltei a beijá-la, sem me importar em sujar seu rosto com sangue. Sem me importar com quem entraria na sala, só queria senti-la, sentir o calor do seu corpo aquecendo o meu.

Só queria voltar a me sentir vivo.

Encostei a testa na dela, respirando fundo e acariciando seu rosto.

Nosso Felizes Para Sempre | Livro 3 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora