Capítulo 10

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Decidi fazer uma surpresa para ele, indo ao seu encontro no escritório, mas mal sabia, que a surpreendida, seria eu.

Assim que abri a porta, o encontrei sufocando no sofá, como se alguém invisível lhe tivesse apertando a garganta e reconheci imediatamente o ataque de pânico. Afinal, eu também vivia com ele nas sombras.

Corri até ele e me sentei atrás dele, recostando no sofá.

— Estou aqui, meu amor. — falei, enquanto massageava seu peito e lhe beijava o topo da cabeça.

Seu peito subia e descia com rapidez, ele apertava a borda do sofá com tanta força que me surpreendia que o couro não tivesse cedido e partido em diversos rasgos.

Seu rosto estava pálido e o suor escorria pela lateral dele, sua boca estava tão branca quanto uma folha de papel e seus olhos me suplicavam ajuda.

Senti minha garganta se fechar e um nó se formar nela, pisquei várias vezes, tentando conter as lagrimas que forçava a barreira para fora dos meus olhos e meu coração errou algumas batidas ao ver o homem que eu amava passando por isso.

Escorreguei para fora do sofá e o sentei, depois de muito esforço. Corri até o mini bar e enchi um copo com gelo e agua, entregando a ele. Fui até sua pasta, me lembrando que ele sempre mantinha um frasco do remédio ali e cacei no couro, até sentir meus dedos esbarrarem no remédio. Tirei a cartela de dentro da caixa e destaquei dois comprimidos, entreguei a ele que com dificuldade colocou na língua, bebendo vários goles d'água e ingerindo o remédio.

Voltei para a pasta e guardei o remédio, quando levantei, vi a bagunça que estava em sua mesa. Havia um envelope pardo e dois envelopes brancos, junto com algumas folhas sulfites na mesa. Sentei na cadeira dele e peguei o que parecia serem cartas entre as mãos, meus olhos varreram a folha e a cada linha que lia, sentia meu peito se apertar e cada vez mais, entendia o motivo do ataque que ele teve.

Era muito para absorver.

"Soube que ele era seu irmão através da Melissa, que numa conversa com o David, num dia regado de álcool e drogas, lhe confidenciou isso. Jason é seu irmão e eu só descobri isso no fim da minha vida..."

— Meu Deus — sussurrei, colocando a mão na boca e sufocando um soluço.

Senti minha visão embaçar das lagrimas que conseguiram, depois de muito esforço, escorrer pelo meu rosto.

Não sabia por quem eu sentia mais dor; o Caleb, o Jason que nunca teve a chance de conhecer sua mãe biológica ou a Scarlett que viveu uma completa mentira, ao lado de um psicopata doente.

— Duda... — a voz fraca do Caleb me tirou de meu transe e eu larguei as cartas, correndo até ele. — Ele era meu irmão... — ele sussurrou, caindo em meu colo aos prantos. — Era meu irmão biológico.

Nosso Felizes Para Sempre | Livro 3 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora