Primeira atividade: 16/08/2023
Conclusão: 19/10/2024
Livro lll da Trilogia Jornadas do coração.
Caleb não imaginava que durante todos esses anos o seu irmão ainda estaria vivo. Jason sofreu além do que seu corpo físico e mente conseguiram suportar e...
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Albert me deixou na Jones as 07h30 e parei na frente da enorme porta automática, observando toda a fachada preta com o letreiro do meu sobrenome e senti um enorme orgulho por ter erguido a empresa que estava à beira da falência.
Ela foi meu lar durante muitos anos, foi meu refúgio. O lugar onde eu conseguia fugir de meus demônios.
Até que eu a encontrei.
Meu lar passou a ser ela, seus braços, seus lábios, seus sussurros, as batidas do seu coração e seus gemidos.
Ajeitei a gravata em meu pescoço antes de entrar, uma pequena mania que eu tinha desde muitos anos.
As portas se abriram e caminhei adentrando o lugar, os olhares dos funcionários no saguão viraram para mim, como um enorme imã. Alguns abriram a boca, surpresos pela minha volta, outros sorriram, mas sem sombra de dúvidas, todos me notaram.
Sempre soube que minha presença nunca foi algo que dava para esconder. Era notório sempre que eu chegava em algum lugar. Sou autoritário e territorial, mesmo sem precisar abrir a boca.
E não, nunca foi algo que eu gostasse de fazer, no passado. Foi algo que tive que aprender, para me proteger e me impor perante as pessoas que queriam me machucar, não importasse de qual maneira.
Mas com o tempo, aprendi a admirar isso e a gostar. Meu lado dominador foi se aperfeiçoando e hoje sei que isso, faz parte de mim hoje.
Moldou quem eu sou e me ajudou a chegar onde estou.
Aceno com a cabeça conforme as pessoas vão me cumprimentando e sigo até o elevador, junto com o restante dos funcionários. O burburinho que estava antes deu entrar, cessa assim que as portas se fecham e quase sinto vontade de sorrir ao ver a tensão entre as pessoas.
Sei que muitas tem curiosidade de saber o que houve comigo, a maioria ali só soube do que a mídia contou e cuidamos para que fosse o mínimo possível.
Pagamos para que o nome do meu irmão não fosse divulgado, subornamos toda e qualquer pessoa para que ocultasse isso. Ele já tinha sofrido demais em vida, não queria manchar seu nome depois de morto.
As portas se abriram no meu andar e eu sai, sendo recebido pelo enorme sorriso da minha secretária e melhor amiga, que cagou para a hierarquia da empresa e me puxou para um enorme abraço.
— Desse jeito você vai manchar minha reputação de lobo mal nessa empresa. — brinquei, a abraçando de volta.
— Caguei para a sua reputação, Leb. —respondeu, rindo. — Pensei que tinha perdido você. — seu tom alegre deu lugar a tristeza em sua voz.
A abracei forte e beijei o topo da sua cabeça, sem me importar com quem estava vendo. Andy era mais importante para mim do que qualquer etiqueta dentro dessa empresa.
