Capítulo 21

12 4 0
                                    


Já haviam passado três meses desde a morte do meu pai e um pouco mais desde a morte do meu irmão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já haviam passado três meses desde a morte do meu pai e um pouco mais desde a morte do meu irmão. E desde o enterro do Jason, eu não havia mais pisado num cemitério.

Não gostava da sensação de luto, da dor e das lembranças que vinham a tona quando pisava na grama desse lugar.

Mas por algum motivo ao dirigir da Jones para casa, acabei por fazer um desvio até aqui. E agora, estava caminhando até a sepultura deles.

David e Jason haviam sido enterrados no mesmo lugar, um ao lado do outro.

Cheguei na frente da sepultura de mármore branco com os nomes deles gravados e senti meu peito doer.

As lagrimas escorreram pelo meu rosto e pela primeira vez desde a morte do meu pai, eu deixei o luto se instalar em mim.

— Por que pai? — questionei, como se ele conseguisse me ouvir.

Passei anos da minha vida tentando entender o motivo dele me odiar tanto, mas, no fundo, eu acho que o ódio que ele tinha era de si mesmo. Ele só precisava de um saco de pancadas para descontar.

Me ajoelhei sob a grama e fiquei encarando a lápide. Minha mãe quem havia escolhido, ela que cuidou do enterro do ex marido e nem imagino a dor que ela deve ter sentido. Por mais que ele tenha sido um filho da puta com ela, eles foram casados por mais de 30 anos e ela ficou ao lado dele quando mais ninguém queria, inclusive eu.

— Estamos cuidando bem do seu filho, meu irmão. — sussurrei, colocando a mão sobre a lápide. — Não precisa se preocupar em relação a isso, ele será muito amado por nós.

Olhei para o céu e sorri ao ver o quanto o dia estava bonito, mais ao longe vi alguns dentes de leão voando e senti meu sorriso se alargar ainda mais no rosto.

Jason sempre amou dentes de leão, quando éramos pequenos ele sempre fazia um pedido quando achava um. Era como se ele estivesse conversando comigo, de onde quer que ele estivesse.

— Também te amo, meu irmão.

Fiquei ali por mais um tempo, sentindo o sol aquecer meu corpo e as lagrimas escorrerem pelo meu rosto. Quando já estava começando a escurecer, decidi que era a hora de ir embora.

Caminhei até o meu carro, que havia estacionado do outro lado do cemitério e quando estava virando a chave na ignição, vi algo preso no para-brisa do carro, entre o limpador de água.

Desci do carro e quando puxei o objeto, sorri ao ver que era um dente de leão, mesmo que o vento estivesse totalmente desfavorável ali onde estacionei meu carro, ainda, sim, ele encontrou um caminho até mim.

— Como eu queria que você estivesse aqui. — sussurrei, sentindo a voz embargada.

Estacionei na garagem de casa e quando desci do carro, vi pela janela da sala a Duda com o Jason no colo, ambos estavam rindo, sentados no sofá da sala.

Nosso Felizes Para Sempre | Livro 3 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora