12. Piscina de Sangue

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Esse ficou mais  curto, mas eu gostei.

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É uma escola pequena em uma cidade pequena. E é tudo o que se precisa saber do lugar em que cresci.

Meu colégio, único do condado, reúne todas as pessoas da minha idade, os mesmos colegas de classe desde o jardim de infância.

Quando Brody chegou, a cidade toda parou para olhar. Tão quieto, reservado, lindo. Com seu cabelo comprido loiro e olhos claros, qualquer garota aqui ou em outro lugar, cairia de amores por ele.

Comigo não foi diferente.

Eu o via pelos corredores, babava por ele, escrevia seu nome em todos os lugares possíveis, terminando com um coração.

Apaixonada.

Meses depois, nada mudou. Exceto que agora ele é meu namorado.

É nele que penso quando pulo na água usando apenas o maio branco com duas tiras azuis na lateral, cores da escola e ele também está na minha mente enquanto atravesso a piscina em tempo recorde. Algumas praças para voltar á baia.

Levo algum tempo com o treino depois da aula, gosto quando tenho a piscina inteira só para mim, não há cobrança nem pressa.

Salto da baia novamente, focada nas braçadas até a outra ponta, quando levanto a cabeça ao encostar no final da piscina, lá está ele, com esse sorriso lindo que me faz derreter.

— Você está indo bem — ele elogia.

— Faz tempo que estava olhando?

— O suficiente.

— Não vi você aí, desculpe.

Seu sorriso vacila, mas volta a crescer.

— Eu me escondo bem. Que tal um milkshake? Deve estar morrendo de fome.

— Vai me acompanhar dessa vez?

— Sabe que não curto doces, além disso, acabei de vir da cantina.

Dou de ombros, realmente não faz diferença e eu estou mesmo morrendo de fome.

— Tá bem, me ajuda? — levanto meus braços para que ele me puxe para fora, como sempre faz.

Adoro como, apesar do corpo magro, Brody tem uma força invejável. Uma pena que ele se recuse entrar em qualquer esporte, se sairia muito bem na maioria.

Ele se levanta e se inclina, segurando minhas duas mãos, então sou içada para cima, mas só até o quadril estar fora, então, sem aviso, Brody me solta de volta na água.

Só tenho tempo de ver uma expressão estranha de completo terror em seu rosto, afundo na piscina, em torno de mim e acima, consigo perceber a água tingida de vermelho.

Não!

Um desespero começa a tomar conta do meu peito enquanto eu luto para sair sair da água.

— Você se machucou?

— Não — lágrimas de vergonha brotam no meu rosto — por favor, me ajuda a sair.

Brody está encostado contra a parede de azulejo, com um terror no rosto que me deixa ainda mais envergonhada. Ele dá um passo a frente, os olhos vidrados na água vermelha em torno de mim, então balança a cabeça com força.

— Eu não posso — Brody me dá as costas, apressa seus passos para a saída da piscina.

Com um impulso e muita coragem, me coloco para fora da água, apenas para me sentar na borda, filetes de água vermelha escorrem do meu corpo, com isso, sinto meu coração em pedaços.

O Jogo Dos 23 MonstrosOnde histórias criam vida. Descubra agora