Oieeee, tem uma imagem no meio pra dar uma noção de como esse gostoso é
_____________________
Como a última filha a debutar, vi com inveja, todas minhas irmãs seguindo para bailes grandiosos com pretendentes ricos e pomposos. Não que eu estivesse muito interessada até o momento, mas com essas espécies faeries enchendo todos os locais públicos, minha mãe decidiu me deixar tempo demais escondida.
Então, finalmente, aos vinte e dois anos, estou dentro de uma carruagem a caminho de Linbury, para o meu debute.
Tão ansiosa que mal consegui comer essa manhã e já saímos de casa há algumas horas, então pego o lenço em minha bolsa de mão e abro, apanho um dos biscoitos que minha mãe separou para mim, quando um solavanco quase me faz derrubá-lo.
Apesar da minha animação, também estou um pouco assustada e olho para o meu cunhado na minha frente.
— Vamos por um atalho.
— Um atalho? — pergunto alarmada — não é perigoso?
— Não a essa hora do dia, além disso, será breve — ele sorri condescendente.
— Você vai amar Linbury, Rys. É uma cidadezinha encantadora — minha irmã mais velha diz a fim de me acalmar.
Bem, ele tinha razão ao dizer que seria breve. Alguns biscoitos mais tarde, a carruagem pára bruscamente e os cavalos relincham. Minha irmã pede auxílio com o olhar para seu marido que não faz ideia do que está acontecendo.
— Deve ser um urso, o cocheiro vai resolver isso rápido.
Mas o cocheiro não diz uma palavra, porque uma flecha deve ter atravessado seu pescoço, a mesma flecha que agora aponta entre as cabeças das duas pessoas à minha frente, uma gota de sangue cai sobre o vestido rosa da minha irmã.
— Fiquem aqui — meu cunhado pede ao tirar uma adaga da cintura, mas antes que ele consiga abrir a porta da carruagem sozinho, essa é escancarada e mãos negras enluvadas o puxam para fora de uma vez.
Minha irmã começa a gritar de forma histérica enquanto eu estou chocada demais para qualquer reação.
Ela também é puxada para fora, pelas pernas, enquanto se agarra em meu vestido me fazendo cair de joelhos, o tecido amarelo claro rasgando na barra.
Deus! Eu sempre soube que ela era escandalosa, mas desse jeito?
Acabo sendo arrastada para fora também e caio de bunda na terra fofa. Muito diferente das estradas comuns.
Meus olhos pegam tudo muito rapidamente, há três homens encapuzados, dois deles estão totalmente cobertos, exceto pelos olhos, tornando difícil saber se são homens ou faeries.
O terceiro salta de cima da coxia, limpando a flecha ensanguentada na própria calça.
Minha irmã não está mais gritando, mas chora agarrada ao marido desacordado no chão.
— Ora, ora. O que temos aqui? — diz um dos homens, tirando o convite de dentro da bolsa de mão que pegou da minha irmã — o que estão indo fazer em Linbury? É onde o pessoal do seu nível se encontra para tomar chá?
Ele e o outro encapuzado caem na gargalhada enquanto o terceiro circula a carruagem.
— Bem, sinto informar que vão se atrasar.
Eu começo a firmar meus pés nos chão, ainda agachada e assustada, mas minha consciência está de volta. Basta apenas um olhar para minha irmã em busca de confirmação
— Corre, Rys. Corre — ela grita.
Não espero nem um segundo, disparo pelo mesmo caminho que voltamos, não é longe e eu sou rápida. Minha esperança é chegar na estrada principal e encontrar alguma outra carruagem, já que todos estão a caminho de Linbury.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Jogo Dos 23 Monstros
Chick-LitComo duas senhoras bingueiras, eu e a @ProxyMr, vamos completar a cartela. Multiplas cabeças? Monstros marinhos? Chifres? Acompanhe