CAPÍTULO 5

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Dias depois


Narradora


Essa manhã, Freen acordou um pouco antes das cinco, ofegante e um pouco suada devido ao pesadelo que teve, e não sonhava com aquilo há muito tempo.

Ela se levantou e foi em direção ao banheiro para lavar o rosto. Assim que se viu no espelho e percebeu o estado que se encontrava, fez uma careta de desgosto.

— Eu tô um horror. – Falou ao passar as mãos pelo rosto. — Nossa, não acredito que vou ter que passar maquiagem antes de ir ao colégio.

Aproveitou que acordou cedo e decidiu se arrumar para correr. Lavou o rosto com água fria, fez um rabo de cavalo e  optou por vestir um conjunto de roupas esportivas, especificamente uma calça e uma blusa de manga comprida com capuz, e também um boné. Mas antes de sair pegou seu celular, seus fones sem fio e uma garrafa de água.

Enquanto corria pelas ruas de Nova York, aproveitava para apreciar um pouco da calmaria, o vento frio do inverno batendo contra seu rosto, o canto baixo de alguns pássaros e o céu um pouco escuro com algumas nuvens, e estava perfeito, como gostava já que ama temperaturas um pouco baixas.

Em uma certa distância não muito longe de sua casa, Freen acaba esbarrando em alguém e, antes que a outra pessoa caísse, ela a segurou pela cintura, e com seus rostos bem próximos, os olhares se encontraram: castanhos mel com castanhos médios. Apenas por este contato, não puderam deixar de esboçar um sorriso.

— Freen... – Disse baixo olhando em seus olhos.

— Becky... – Também disse baixinho enquanto tirava os fones.

Elas ficaram assim por alguns minutos, olhando uma nos olhos da outra e sem desfazer os sorrisos, numa atmosfera confortável, como se estivessem em um mundo só delas. Mas logo despertaram desse transe com um latido agudo de um cachorrinho que passeava com o dono e, desfizeram o contato, ficando em silêncio por um momento, mas logo Becky quebrou o silêncio.

— Que surpresa te encontrar, o que faz por aqui?

— Eu moro aqui perto e resolvi correr um pouco. E você?

— Ah, eu moro aqui. — Apontou para a casa. — Acabei de sair de casa pra correr também.

— Então a gente mora perto, mas nunca te vi por aqui. – Sisse com uma sombrancelha arqueada.

— E que eu costumo caminhar à noite e de manhã antes das seis eu costumo fazer exercícios em casa mesmo. – Respondeu. — Mas hoje resolvi caminhar um pouco.

— Você vai para qual direção? –  Perguntou meio sem graça.

— Eu vou por alí. – Apontou para a direção que iria seguir.

— Que coincidência, eu também estou indo pra lá.

— Legal. Podemos ir juntas se quiser. – Propôs.

— Pode ser.

Começaram a caminhar uma ao lado da outra, embarcando em uma conversa animada.
Em determinado momento, Freen volta a pegar os fones e entrega um para Becky escutar junto.

— Acho que vai gostar das músicas. – Disse enquanto caminhavam e colocava a playlist para tocar.

— As músicas são lindas e tranquilas, gostei. – Falou sorridente após ouvir algumas músicas. — Geralmente eu ouço esse tipo de música.

— Que bom que gostou. – Sorriu.

O resto da caminhada foi tranquilo, regada de conversas boas, risadas, respeito e bastante carinho.
Após quase uma hora e meia de caminhada, resolveram voltar para casa, e Freen fez questão de deixá-la em casa.

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