CAPÍTULO 23

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Narradora


Havia vários polícias escondidos do lado de fora do galpão, posicionados estrategicamente entre as árvores e arbustos que cercavam o prédio abandonado. Eles estavam em comunicação constante, esperando a ordem final para agir.

O oficial Carter estava no comando, e antes de dar qualquer comando, contou quantos homens armados estavam protegendo o local. Ele contou cerca de cinquenta e dois homens, então será cinquenta e dois contra sessenta policiais.

A operação estava prestes a começar, e a tensão entre os policiais era palpável. O oficial ajustou o rádio, dando a ordem final para a invasão.

— Equipe A, movam-se para o ponto de entrada principal. Equipe B, vão pelo lado direito. Equipe C, vocês cuidam do lado esquerdo, o restante vem comigo felo fundo.

Com a ordem dada, a operação entrou em ação. As equipes começaram a se mover, avançando com precisão e cuidado para não serem notados. O plano era cercar o galpão de todos os lados, garantindo que não houvesse escapatória para os homens armados dentro.

Logo pode se ouvir gritos e sons de tiros sendo efetuados. O oficial Davis manteve a comunicação constante, coordenando as ações das equipes. Alguns morreram ou foram nocauteados, e outros foram presos ou fugiram. Porquê lá dentro, havia mais de uma dezena de homens armados.

A Equipe A conseguiu entrar pela entrada principal, neutralizando os primeiros guardas e abrindo caminho para os demais. A Equipe B encontrou resistência ao lado direito, onde uma intensa troca de tiros ocorreu, mas eles rapidamente ganharam terreno, empurrando os criminosos para o interior do galpão. A Equipe C, no lado esquerdo, teve uma trajetória semelhante, avançando de forma eficiente e neutralizando as ameaças.

Com os três grupos avançado, o quarto grupo conseguiu entrar pelo fundo sem muitas dificuldades.

O interior do lugar era um labirinto de corredores escuros e salas vazias. A tensão era palpável, e o som dos tiros e gritos ecoava pelas paredes. As equipes se moviam rapidamente, com armas em punho e olhos atentos a qualquer movimento suspeito.

O oficial Carter que liderava seu grupo pelo fundo, avançando com cautela. Eles sabiam que Freen estava em algum lugar dentro daquele galpão.

Enquanto avançavam, encontraram alguns homens armados que tentaram resistir, mas foram rapidamente neutralizados. A prioridade era chegar até Freen o mais rápido possível. O líder do grupo sinalizou para sua equipe parar ao ouvir um som vindo de uma das salas próximas. Ele gesticulou para que dois policiais verificassem a origem do som, enquanto o restante da equipe mantinha a posição.

Os dois policiais avançaram em silêncio, posicionando-se de cada lado da porta da sala de onde o som parecia vir. Com um aceno, um deles empurrou a porta, enquanto o outro entrou rapidamente, com a arma posicionada para atirar em quem tentasse lhe atacar.

Dentro da sala, encontraram Freen amarrada a uma cadeira, ela estava de cabeça baixa, toda machucada, suas roupas estavam um pouco rasgadas e manchadas de sangue.

Antes da invasão, Alex pegou uma arma, para finalmente dar fim à sua irmã. Então, carregou o revólver com apenas uma única bala, o que seria o suficiente para terminar aquilo. Ele estava com o revólver apontando para a cabeça dela, quando os policiais entraram na sala.

Ao ouvir o som da porta se abrindo, Alex imediatamente se virou, o revólver ainda apontado para a cabeça de Freen. Seus olhos se encontraram com os dos policiais, e um sorriso cruel apareceu em seu rosto.

— Não se movam! – Ele gritou, sua voz cheia de desprezo e fúria.

Os policiais se posicionaram, apontando suas armas para Alex. O oficial Carter, com um olhar decidido, deu a ordem:

— Coloque a arma no chão e se afaste da garota!

Alex riu, sua expressão enlouquecida. Ele parecia quase excitado com a situação, como se o iminente confronto o fosse um jogo.

— Vocês acham que podem me intimidar? – Ele disse, a voz carregada de sarcasmo.

Ele avançou um passo em direção a Freen, a arma ainda apontada para sua cabeça. O oficial continuou a dar instruções, tentando manter a situação sob controle.

— Alex, não há necessidade de mais violência. Você está cercado. Coloque a arma no chão e se renda. Não há para onde fugir.

Olhou ao redor, percebendo que estava realmente cercado. A diversão em seu olhar deu lugar a uma frustração silenciosa, mas ele ainda não abaixava a arma.

Ainda mantinha o revólver apontado para a cabeça de Freen, seu olhar alternando entre o oficial e a irmã amarrada e completamente imóvel. A tensão no ar era quase insuportável, e o silêncio pesado era interrompido apenas pelo som distante dos tiros e gritos que ainda ecoavam pelo galpão.

— Você realmente acha que pode me parar assim? – Desafiou, sua voz mostrava um misto de raiva e desespero. — Eu não vou me render.

O responsável pela operação, mantendo sua postura calma e controlada, deu um passo à frente.

— Rapaz, você não tem para onde fugir. Se você não se render agora, a situação só vai piorar. A única chance de você sair dessa é se entregar.

Alex hesitou, a luta interna evidente em seus olhos. A pressão de estar cercado e a iminente ameaça dos policiais começaram a afetá-lo. Ele ainda não abaixava a arma, mas a raiva e o desespero estavam se misturando com uma crescente sensação de derrota.

— Se você acha que eu vou me render, está completamente enganado. – Sua voz agora tremendo. — Não vou deixar que ninguém me prenda vivo!

Sem mais aviso, ele girou a arma em direção à Freen, e Carter imediatamente gritou:

— Não!

Em um movimento rápido, um policial disparou, atingindo Alex no peito antes que pudesse completar o gesto. Ele caiu no chão, o revólver escorregando de suas mãos enquanto a vida se esvaía dele. A sala ficou em silêncio, exceto pelos sons dos passos apressados dos policiais que se aproximavam de Freen.

Com um canivete, cortaram as cordas que a prendia na cadeira. Antes que caísse para frente, Carter a segurou. Ao ver o estado da garota, estava desacordada quase sem sinais vitais e completamente machucada. Ele se derramou em lágrimas, pois nunca pensou que seria assim quando visse pela primeira vez sua meia-irmã.

— Me ajudem a levá-la para a ambulância, agora! – Ordenou desesperadamente. — Vai ficar tudo bem...






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