CAPÍTULO 24

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Narradora


Freen foi levada às pressas para o hospital, pois se ficasse naquele local por mais tempo, ela estaria morta. Carter foi junto com ela dentro da ambulância. No caminho ele ligou para os pais dela, avisando sobre seu estado. Apesar de estarem um pouco aliviados, a preocupação não deixou de estar presente.

Assim que ela chegou no hospital, já estavam esperando por ela com uma maca, e os paramédicos rapidamente a transferiram da ambulância para dentro do edifício. Médicos e enfermeiros começaram a trabalhar freneticamente ao redor de Freen, avaliando suas condições e preparando-a para uma cirurgia de emergência.

O oficial observava a cena, sentindo-se impotente, mas sabendo que ela estava agora nas mãos de profissionais qualificados.

Enquanto Freen era levada para a sala de cirurgia, ele encontrou uma cadeira no corredor e se sentou, sentindo a exaustão emocional finalmente se abater sobre ele. Ele fechou os olhos por um momento, tentando se recompor, quando ouviu passos apressados se aproximando. Ao abrir os olhos, viu Becky e os pais de Freen.

— Como minha filha está? – Natalie perguntou aflita.

— Ela está na sala de cirurgia agora. – explicou, tentando manter a voz calma e firme. — Os médicos estão fazendo tudo o que podem. Ela chegou aqui em estado crítico.

Eles apenas assentiram, pois não tinham palavras para aquele momento.

— Obrigado, por tudo o que fez. – Arthur agradeceu. — Espero que um dia possamos recompensá-lo.

O homem olhou para o casal e esboçou um pequeno sorriso.

— A recompensa que eu desejo nesse momento, é ver minha irmã bem...

— Como assim "irmã"? – Becky perguntou confusa pela fala do homem.

Ele olhou para todos que estavam com a mesma expressão.

— Pode parecer estranho, mas... eu e Freen... somos meio-irmãos. Bom, vou explicar. Quando meu pai descobriu que minha mãe o traía, eles se separaram. Minha mãe disse que se ele tentasse se aproximar de mim, faria de tudo para fazê-lo perder qualquer direito sobre mim. — Suspirou. – Sempre mantínhamos contato sem minha mãe saber. Em uma de nossas ligações ele contou que tinha se casado novamente e tinha quatro filhos, entre eles, Alex e Freen.

Carter pode parecer um homem sério e frio, mas no fundo é sensível.

— Quando me formei na academia militar, decidi ir atrás do meu pai e dos meus irmãos, mas quando descobri o que Alex fez com a família, senti um ódio profundo por ele. Quando cheguei na cidade onde moravam, Freen já tinha sido adotada por vocês, então fiz o que me restava... cuidar do enterro da família.

Todos estavam atônitos, tentando processar o que acabara de ouvir.

— Então, você é... meio-irmão de Freen? – Natalie disse, soando mais como uma afirmação para si do que como uma pergunta.

— Freen é a única família que tenho, e quero recuperar todo o tempo perdido... Se ela me aceitar, é claro.

O silêncio se instalou pelo ambiente, e ninguém fez questão de quebrá-lo. Horas se passaram, e finalmente o médico que estava responsável pela cirúrgica de Freen apareceu. Todos se levantaram imediatamente, seus rostos marcados pela ansiedade e preocupação.

— Como ela está? – Perguntou Arthur. O médico ajustou os óculos e olhou para eles.

— A cirurgia ocorreu bem, mas a situação ainda é um pouco delicada. Freen passou por uma perda significativa de sangue e teve várias fraturas e lesões internas que estamos tratando. Ela está agora em uma unidade de terapia intensiva, onde será monitorada de perto. Vamos continuar acompanhando a recuperação dela e faremos o possível para garantir que ela se recupere completamente.

— Podemos vê-la? – Perguntou Natalie.

— Como a manteremos em observação de vinte e quatro horas, ela não poderá receber visitas hoje, mas apartir de amanhã à tarde já pode receber visitas. – Explicou.

— Obrigado, doutor. – Arthur agradeceu apertado a mão do médico.

— Recomendo que vão para casa descansar. Qualquer coisa aviso vocês.

* Dia seguinte*

Na manhã seguinte Freen já havia acordado, embora estivesse em uma condição delicada, pôde ser notada uma melhora significativa, então os médicos decidiram que ela já poderia ir para um quarto normal.

Quando os pais dela e Rebecca chegaram lá, já avistaram Rayan

— Como ela está? — perguntou Natalie.

— Ela está mais estável agora, e os médicos disseram que sua condição melhorou um pouco. – Seu tom de voz demonstrando um misto de alívio e tensão. — Ela está acordada e consciente.

Logo o médico apareceu, explicando como a garota passou a noite, sua excelente recuperação. Disse que a menina insistia em ver os pais e principalmente a namorada.

Quando entraram no quarto, Freen se virou e sorriu fraco ao vê-los

— Freen... –  Rebecca praticamente correu para abraçar a namorada. — Eu estava com tanta saudade... – Disse chorosa.

— Eu também, babe. – Disse retribuindo o abraço.

Ela olhou para seus pais e estendeu a mão, um pedido silencioso para que entrassem no abraço. E assim fizeram.

Naquele momento, não havia necessidade de palavras para expressar o que sentiam, apenas sentir o carinho e o amor das pessoas que amam era o suficiente.Depois de muitos abraços, beijos, carinho e lágrimas, Freen notou Rayan, que observava tudo de um canto, sentindo-se emocionalmente exausto, mas também profundamente grato por ter encontrado sua irmã viva e agora em recuperação.

(Autora: Carter é só o sobrenome dele.)

— Quem é ele?

— Esse é Rayan. – Respondeu Natalie, vendo a curiosidade nos olhos de Freen. — Ele é... seu meio-irmão.

Freen olhou para Rayan, ainda um pouco confusa, mas a expressão em seu rosto se suavizou ao ver a dor e a sinceridade no olhar dele.

— Eu... sou seu irmão mais velho, Freen. – Ele se aproximou,

Freen tentou se sentar, o que fez com que Rebecca se aproximassem para ajudar.

— Lembro que nosso pai já falou de você uma vez. Mas nunca pensei que realmente fosse te conhecer...

— Olha, não precisa dizer nada agora, só peço que me perdoe por não ter sido presente na sua vida

— Melhor deixar eles a sós, eles tem muito o que conversar. – Disse Rebecca.

Eles concordaram em deixá-los sozinhos, mas antes de ir, a jovem Armstrong deu um beijo na namorada, dizendo que ligaria para os amigos e que voltaria depois.






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Depois de algumas "ameaças" finalmente apareci.

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