CAPÍTULO 29.2

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— Oi, pai. Senhor Richard. – Os cumprimentei.

— Freen, me chame apenas de Richard. – Sorriu. — E feliz aniversário.

— Obrigada, Richard.

Meu pai veio me abraçar segurando um copo de cerveja e comendo um pedaço de carne.

— Freen, minha menininha!

— Pai, estou fazendo dezenove anos, não sou mais criança.

Meu pai riu me abraçando forte.

— Mesmo estando casada e com filhos, ainda continuará sendo minha menininha.

— Pai! – Resmunguei sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas. — Tá querendo ser avô, é?

— Não seria uma má ideia. – Disse a mãe de Becky se aproximando.

— O pedido de casamento nem rolou ainda e vocês já estão querendo netos.

Becky olhou para mim sorrindo com a bochechas levemente rosadas e com um brilho diferente.

[...]


Já era noite e todos já tinham ido embora. Como estamos sem aula, resolvi ir ao chalé da minha família com Becky.

Quando chegamos mostrei a ela todo o lugar e depois fomos para meu quarto. Assim que entramos no quarto, Becky olhou ao redor, aparentemente admirando o ambiente. As paredes de madeira, o cheiro de pinho e eucalipto, a iluminação e o silêncio davam ao lugar uma sensação de paz e tranquilidade.

— É lindo aqui, Freen. – Ela comentou, sorrindo para mim enquanto caminhava até a janela para olhar a vista.

Eu me aproximei dela, abraçando-a por trás e encostando meu queixo em seu ombro. O céu estava um pouco claro, com as estrelas brilhando intensamente, e o som suave do vento entre as árvores preenchia o ar.

— Fico feliz que tenha gostado. – Murmurei contra seu pescoço, sentindo o calor suave de sua pele sob meus lábios.

Becky inclinou a cabeça de leve, permitindo que eu beijasse a lateral de seu pescoço, e pude sentir seu corpo relaxar em meus braços.

— Eu amo isso. – Ela disse, sua voz baixa e suave, quase um sussurro. — Estar aqui com você, longe de tudo, só nós duas.

Sorri, apertando-a mais forte em meus braços.

— Eu também. – Respondi, e logo a virei de frente para mim.

Olhei em seus olhos, que brilhavam intensamente à luz suave do ambiente. Era tão bom estar ali, num momento só nosso.

— Amor... – Comecei, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela me falou com um beijo.

Era um beijo urgente, apaixonado e profundo.

— O que ia dizer? – Perguntou sorrindo entre meus lábios.

— Eu ia dizer algo? Não me lembro.

Em um movimento rápido, a ergui em meus braços e a levei até a cama.  A deitei com cuidado sobre a cama. A luz suave do quarto projetava sombras que dançavam ao nosso redor, criando um ambiente íntimo e acolhedor.

Eu me inclinei sobre ela, meus lábios encontrando os dela novamente em um beijo profundo e apaixonado. Nossas mãos começaram a explorar os corpos uma da outra, os toques se tornando mais urgentes e cheios de desejo. Minhas mãos exploravam e acariciavam suas curvas perfeitas.

Becky suspirou contra meus lábios, seus dedos deslizando pela minha pele com uma suavidade que fazia meu coração acelerar. As roupas foram removidas às pressas por causa do calor insuportável do ambiente, e logo estávamos completamente nuas.

A sensação da pele dela contra a minha era incrível. Comecei uma trilha de beijos apartir de seus lábios, descendo até seu pescoço, clavícula, seios e abdômen até chegar em sua intimidade. Afastei um pouco suas pernas e abaixei a cabeça para que pudesse abocanha-la.

Abocanhei sua intimidade e chupei como se fosse meu sorvete favorito. Ela segurou firme em algumas medeixas do meu cabelo por causa da intensidade em que eu a chupava.

Parei o que estava fazendo quando percebi que estava bem molhada. Introduzi dois dedos e comecei a fazer movimentos de vai e vem rápido. Os gemidos e suspiros que ela soltava eram a música que acompanhava cada movimento, cada toque.

Quando nossos corpos se uniram, houve um momento de completa sincronia, como se estivéssemos dançando uma dança que só nós duas conhecíamos. O ritmo de nossos movimentos se ajustou ao nosso desejo crescente.

À medida que a paixão entre nós aumentava, eu me senti mais conectada do que nunca. Era um momento de pura entrega, onde cada sentimento e desejo se transformava em uma expressão de amor profundo e genuíno. E no meio de tudo isso, senti uma paz e uma felicidade que não haviam estado presentes por tanto tempo.

Finalmente, ao alcançar o clímax juntas, nos abraçamos, nossos corpos ainda tremendo e unidos, enquanto a calma se instalava novamente. O silêncio do quarto era reconfortante, e eu me deitei ao lado dela, puxando-a para mais perto.

— Quero te fazer um convite. – Falei quebrando o silêncio e atraindo sua atenção.

— Qual?

— Aceita morar comigo?

Becky abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes, como se estivesse processando o que eu acabara de dizer. Ela me olhou com surpresa, mas logo um sorriso suave apareceu em seus lábios.

— Você está falando sério? – Perguntou, sua voz era baixa, quase um sussurro.

Assenti, levando uma de suas mãos até meus lábios para beijar.

— Muito sério. O que adianta morarmos em casas diferentes e não conseguir viver separadas, sem que seja por três metros. Além disso, já estamos terminando o ensino médio.

— Eu sei, mas... – Becky hesitou, olhando nos meus olhos. — É uma grande decisão, babe. Um grande passo na nossa relação. E se algo mudar entre nós?

— E se mudar? – Perguntei, acariciando seu rosto. — Nós sempre vamos conversar e tentar resolver. O que sinto por você é forte o suficiente para enfrentar qualquer desafio.

Ela pareceu ponderar, a expressão dela variando entre a insegurança e a felicidade. Então, um sorriso lindo iluminou seu rosto.

— Se é assim, eu aceito então. Mas onde seria?

— Eu tenho um apartamento que meu avô deixou de herança para mim. Ele é perto do centro da cidade.

— Gostei da localização. – Falou bocejando. — Bateu um soninho.

— Então melhor dormirmos.

Puxei a coberta para nos cobrir e a aconcheguei mais sobre meu peito.

— Boa noite, princesa.

Quando vi, ela já tinha adormecido, e logo dormi também.






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Não ficou muito bom, eu sei.

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