sim, família, eu estou viva kkkkk. janeiro foi um mês dos infernos para mim, e peço honestas desculpas pelo atraso. hoje é meu aniversário e eu achei que era um bom dia para concluir o capítulo e dar as caras kkkk deixem votos e comentários, façam a autora feliz!
I
A única orbe lilás de Aemond estava fixa numa superfície de madeira. Porta. O gibão verde e preto, que sempre caíra-lhe como uma luva, parecia mais apertado e claustrofóbico. O relógio não andava, e se andava, ele não via; o tempo parecia ter sido congelado naquela longa madrugada, o Sol caminhando na direção contrária da alvorada.
Desejou poder dormir na cadeira. Seu quarto - ou prisão - já não estava encharcado pela sua brincadeira na banheira daquele dia mais cedo. Quem estava encharcado era ele; de suor. A cada mínimo som que vinha do corredor, as mãos ansiosas alargavam o próprio colarinho em torno do pescoço úmido. Merda de vulnerabilidade. Desde quando tinha se tornado um peão paciente no jogo de outras pessoas?
Um novo som rompeu a quietude do ambiente; punhos fechados bateram sobre sua porta, e Aemond pulou da cadeira, abrindo-a de imediato. Sua face contorceu-se com desgosto ao perceber quem iria escoltá-lo naquela noite.
— Você? — Resmungou com asco para Sor Harwin Strong, que portava no rosto uma expressão indiferente, e no corpo sua armadura completa. O cavaleiro piscou devagar, olhando-o de cima abaixo como se o medisse, mas mantendo o tom de voz educado e contido.
— Sei que você esperava por outra pessoa, mas eu fui convocado por ser de confiança.
Aemond segurou na língua o xingamento que desejou verbalizar. A maior parte da Fortaleza Vermelha dormia naquela noite, e era melhor manter assim; devido a isso, quanto menos falassem, melhor seria. O silêncio era o remédio para todos os males.
— Vamos — definiu.
Dois pares de botas ecoaram no chão pedregoso do castelo. Ambos mantinham as passadas silenciosas, como se fossem predadores planejando um abate. No entanto, Aemond não se sentia como um predador, mas o exato oposto; as paredes do castelo pareciam mais altas, os corredores pareciam buracos escuros capazes de engoli-lo. Viu-se pequeno, quase indefeso. Jamais havia se encontrado numa posição tão desprivilegiada, seguindo o plano de um antigo inimigo. Ter Rhaenyra ao seu lado podia ser uma bênção ou uma maldição, mas independente do resultado, Aemond não gostava da sensação de não estar no controle.
— Os demais já estão lá — Harwin cortou o silêncio num sussurro. Aemond assentiu com a cabeça, e pela centésima vez na madrugada, alargou o colarinho.
Enfim, chegaram ao destino: uma porta fechada no lado Oeste da Fortaleza Vermelha. Aemond sabia de qual sala se tratava; havia estado ali há pouco tempo. Do outro lado da porta fechada, estava a antiga sala de conferências de Maegor Targaryen.
Naquele cômodo, Aemond e Lucerys tinham se confrontado quando ainda eram inimigos. Também ali, Lucerys tinha atirado um vaso de vidro em sua direção, errando vergonhosamente o alvo, ato que Aemond tinha, na época, classificado ironicamente como "um bom lançamento". A memória não durou por tempo suficiente, nem foi forte suficiente para trazer alívio ao peito de Aemond.
O motivo de usarem aquele cômodo agora era muito diferente; consistia no real motivo de suas mãos transpirarem tanto.
— Farei a segurança do corredor — Harwin murmurou às suas costas, ao que Aemond assentiu de novo. — Sor Godrick está-
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Behave Yourself - Lucemond
FanfictionOlho por olho, literalmente. É assim que funciona a mente de Aemond: Lucerys lhe deve um olho e ele tem que pagar. No entanto, uma única tentativa de cobrança pode levar ambos por caminhos nunca antes imaginados. [Lucemond] [+18] 🥈 Segundo lugar n...