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彡★ Capítulo: 16
-Como? - Meu corpo inteiro, desde o meu dedão até o meu último fio de cabelo ficou gelado. - O-o que você quer dizer c-com... Rosa, o que você está escondendo? - Minha voz estava firme, aos poucos minha cabeça processava a informação, mais feéricos, mais livros, o que aquela criatura estava fazendo?
Rosa, voltou a roer as unhas, como se procurasse as palavras certas para falar, e eu não duvido que estivesse mesmo, graças a condição de sua raça. Devagar, segurei o pulso de rosa e fiz com que ela abaixasse a mão, e a colocasse sobre a outra em cima do colo.
-Rosa, eu te contei tudo o que eu sabia, não podemos ter segredos. Eu preciso saber o que você sabe, caso você queira a minha ajuda. - Olhei nos seus olhos, minhas mãos estavam suando tanto que eu tive que as esconder ao lado do meu corpo.
Em contrapartida, Rosa continuava a olhar para todos os lugares, menos para mim, eu nunca vi uma fada tão desconcertada, o que também me deixou desconcertada, habitualmente eles são tão frios e impassíveis, mesmo em frente a pior situação. Rosa ficou nessa por uns quinze minutos, parecia confusa, preocupada e furiosa, tudo ao mesmo tempo, por fim, ela balançou a cabeça, fechou os olhos por alguns segundos, depois os abriu e começou a falar.
-Eu sabia que ao abrir aquele livro, você era trazida aqui para dentro. Na verdade, eu fui para a mansão do duque de Limethorme, já sabendo da existência dele.
Assenti, encorajando-a a falar, minhas unhas se cravaram tanto no tecido que estava sobre as minhas cochas que eu podia senti-las na pele.
-Eu não sei como aconteceu exatamente, mas parece que aquele livro já estava lá. Aos poucos, hospedes feéricas começaram a desaparecer, até mesmo senhoras da corte do duque, e nós, não sabíamos para onde elas estavam indo...
Percebi o feminino empregado nas frases, rosa estava o tempo todo puxando o polegar com a outra mão, uma tentativa de se autorregular.
-Foram todas mulheres? - Perguntei.
-Sim. - Rosa afirmou.
-Todas feéricas? - Novamente, perguntei, rosa mordeu o canto da bochecha.
-Eu não sei. Não percebemos que humanas haviam desaparecido até algumas criadas relatarem.
Foi como se uma agulha gigantesca tivesse atravessado meu cérebro de um lado para o outro, minha visão começou a ficar emaranhada.
-Quantas? - Tentei manter minha voz baixa, eu estava ofegante. O quanto a vida humana era descartável para os feéricos? Eles não haviam percebido que as criadas estavam desaparecendo? somos por acaso máquinas que podem ser facilmente substituídas? Recordei-me da gripe de phooka que Leaf me contou e como o duque mandou trazerem mais endividados para tomar o lugar dos mortos.
-Não dá para saber. Eu ... eu acredito que exista outros livros porque, só tem eu e agora você aqui. E eu procurei, antes do meu casamento com o sultão, eu procurei por todos os cantos desse palácio algumas das mulheres desaparecidas, porém, não achei ninguém. Eu até pensei que... se por acaso, Xariar as havia... matado. E agora que aquela criatura disse que se você morre no livro, é uma morte definitiva... - Ela ficou pensativa. - Eu entrei no livro com esse objetivo, resgatar. Mas, agora vejo o quão burra fui, eu achava que era uma magia simples de aprisionamento, mas é bem pior do que isso... - Os seus olhos se encheram de lágrimas, e ela mordeu o lábio inferior para tentar conte-las com a dor. - Meu pai havia me alertado que essa magia era perigosa, mas eu não lhe dei ouvidos.
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O feiticeiro e o deserto.
FantasíaTorthaí é um lugar pertencente ao domínio dos Astris, uma espécie de fada. Jade, uma jovem humana que após ser levada para trabalhar na mansão do um duque de Limethorm, um Astris, por conta de uma dívida, acaba descobrindo um livro que ao abri-lo, f...