Minhas mãos estavam sujas de sangue, e os meus ombros já estavam começando a manchar com o líquido vermelho.
Olhei ao meu redor e tudo pareceu se mover lentamente: Ochako estava com as mãos tapando a boca, olhando para mim abismada. O Katsuki estava correndo em minha direção se ajoelhando para ficar na minha altura.
A velocidade voltou ao normal quando a Mitsuki apareceu correndo e com uma feição assustada. Quando ela me viu no chão, também foi ao meu encontro.
Eles estavam falando algo, mas eu não os escutava. Eles falavam entre si, e depois de um tempo, eu percebi que eles também estavam tentando falar comigo.
Então eu falei para eles: "eu não estou escutando vocês.". Eu não consegui escutar a minha própria voz. A dor intensa e os zumbidos constantes estavam cada vez pior.
Eles pararam de falar e entraram em estado de choque. Assim que eu disse isso, eles olharam para a minha esquerda, e quando eu olhei também, percebi que a Ochako estava chorando, e muito.
A Senhora Bakugou foi até ela e o Katsuki continuou comigo, com cara de quem estava tentando entender o que estava acontecendo.
De repente, ele ergueu sua mão, apontou para mim e fez o sinal da Libras de "dor" em seu ouvido, com uma cara de questionamento.
Libras??
S/n off
Bakugou onQue MERDA! Justo agora isso tinha que acontecer?
Uraraka estava desesperada, dizendo que a culpa era dela enquanto chorava.
Os olhos da Mikaelly estavam cheios de lágrimas. Eu imaginei que fosse pelo susto, mas eu lembrei o que era passar por isso.
Nesse momento, eu lembrei de duas coisas: a primeira era os boatos que a Sato sabia a língua de sinais brasileira. A segunda, foi dos sinais básicos que a velha da minha vó me ensinou quando eu perfurei meus tímpanos pela primeira vez.
Perguntei pra ela se os ouvidos estavam doendo, só pra ver se ela me entendia. O bom é que ela entendeu. O ruim é que eu estava certo:
— Tá doendo muito! E esse zumbido é infernal!!!
— Eu acho que ela perfurou os tímpanos. Mãe, cuida da Uraraka, eu vou levar ela pro hospital. E liga pro doutor Noku e fala que eu tô indo pro hospital com ela. - eu disse abrindo a porta da garagem e procurando a chave da moto no meu bolso.
— Tá bom, eu aviso. Eu vou pegar uma toalha pra ela se limpar ...
— Não precisa, não dá tempo. É melhor pegar o meu fone com cancelamento de ruído, estão no meu quarto, na mesa de cabeceira.
Ela saiu e a Uraraka ainda estava em desespero:
— Bakugou, me desculpe, eu não queria fazer isso com ela, eu... eu me sinto tão culpada, o que aconteceu com ela?
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Villain - a caminho do "bem" (Bakugou × S/n)
Fiksi PenggemarMeu nome é S/n, tenho 18 anos e sou uma vilã. Fui obrigada pela pessoa idiota que me "criou" a entrar na UA para espionar a vida dos heróis. E isso é ridículo, totalmente ridículo, mas eu não tive escolhas e acabei me apaixonando pelo herói Número 1...