Parte 7

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Wednesday POV

— No que você está pensando? – Enid sussurrou para mim, sua respiração quente atingindo meus lábios por causa da nossa aproximação.

Eu balancei a cabeça para arrumar meus pensamentos, meus olhos ainda encarando os lábios dela. – Você quer me beijar, Enid?

— Sim – ela inclinou-se para capturar meu lábio superior entre os seus pela primeira vez, pressionando tão levemente que, se não fossem os arrepios que percorreram meu corpo, eu sequer saberia que nós nos tocamos. – Me deixe beijar você, Wednesday.

Eu concordei com a cabeça, num movimento delicado, e ela voltou-se aos meus lábios, nós duas nos inclinando ao mesmo tempo e nos encontrando no meio do caminho. Nós trocamos alguns pequenos beijos, deliciando-nos com a sensação dos lábios uma da outra. A delicadeza, no entanto, foi deixada de lado por um momento quando nossos lábios enfim encontraram-se com uma vontade primitiva. Eu me mudei para uma posição mais confortável, me virando de forma que meu corpo estava em frente ao dela; apoiei-me nos meus joelhos e pressionei meu corpo contra o dela, minhas mãos agarrando sua nuca. Enid gemeu quando eu invadi sua boca com a minha língua, aproveitando-me da pausa para respirar.

Eu precisei provocar a sua língua tímida para se mover contra a minha, o que revelou sua inexperiência de maneira não tão óbvia. Nossas línguas começaram a se mover deliciosamente até que eu soltei meu primeiro suspiro, e Enid apertou a parte de trás da minha coxa em resposta.

A vitalidade do nosso beijo deixou nós duas ofegantes e nos afastamos um pouco, mas ainda próximas o suficiente para que eu sentisse a respiração quente de Enid. Antes que ela pudesse pensar em diminuir o ritmo, eu me mexi para montar nela, ainda apoiada em meus joelhos e apertando-me contra seu peito em vez de sentada diretamente em seu colo.

— Assim está bom? – Eu murmurei para Enid, minhas mãos envolvendo seu rosto enquanto eu me inclinava para depositar beijos leves na curva dos seus lábios.

— Mhm – Enid procurou meus lábios mais uma vez. Trocamos beijos delicados e inocentes por uns instantes, aparentando não ter pressa para saciar nossos desejos. Aproveitamos aquele ritmo até que meu pescoço começou a protestar de dor em estar naquela posição e eu me mexi para sentar em seu colo, abaixando-me para deixar nossos lábios na mesma altura. Eu tentei me fazer lembrar que era por aquele motivo que eu estava mudando de posição para sentar em seu colo, mas eu sabia que eu estaria mais intimamente próxima a ela, então minha mudança foi hesitante. Eu queria senti-la mais perto. Deus, eu realmente queria senti-la. Mas vai devagar, Wednesday, meu cérebro me repreendia.

A respiração de Enid parou quando minha bunda pressionou contra a parte superior de suas coxas. A minha também parou, mas por diferentes razões.

Eu senti o quanto ela estava dura e eu sabia que ela estava tão excitada quanto eu, mas quando ela procurou meu quadril para me levantar novamente em meus joelhos, me fazendo voltar para a posição anterior, apoiada em seu tronco, eu percebi que ela ainda não estava pronta. Talvez para beijos e toques acima da cintura, mas não para que eu sentisse aquela parte dela.

— Nós podemos ir mais devagar, Wendy? – Ela perguntou de maneira nervosa, apenas para confirmar meus pensamentos.

— Claro – eu beijei seus lábios suavemente antes de me afastar. – Me desculpe se eu pressionei você. Eu só... eu só estava, eu só estava muito a fim – eu coloquei minha cabeça nas minhas mãos, rindo de vergonha.

— Você não me pressionou. Eu queria que aquilo tudo acontecesse. Eu também estava muito a fim – ela falou enfatizando o 'muito' para debochar do meu entusiasmo. – E você também pode ficar aqui – Enid me disse de maneira fraca, segurando na minha cintura e me pressionando ainda mais contra ela, minhas mãos procurando encostar no sofá atrás dela para conseguir manter o equilíbrio. – Eu gosto de ter você tão perto de mim – ela deixou uma trilha de beijos sutis abaixo dos meus seios até meu quadril.

The donor: Wenclair [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora