Friendzone

O escape perfeito

Malditos sentimentos, porque eu estou chorando? Ele não merece, eu nem mesmo o amo porque estou chorando?

— Oli, precisamos conversar...O que aconteceu?

Sequei minhas lágrimas rápido tentando me recompor, eu não queria falar sobre isso.

— Nada, foi só uma poeira que entrou no meu olho. O que quer conversar?

— Oli, o que aconteceu?... pode falar comigo..

Eu estava me segurando, não queria chorar não era certo esse sentimento de abandono voltar depois de tantos anos mas quando Mia tocou meu braço me fazendo virar pra ela eu não consegui segurar o que estava sentindo.

Ela me abraçou e meu coração se desfez no mesmo instante. Era como anos atrás quando ele me deixou foi ela quem esteve comigo o tempo todo me consolando e essa merda estava acontecendo outra vez.

— Tudo bem... calma já passou... eu tô aqui com você...

Era só isso que eu precisava, sentia que estava a ponto de enlouquecer sem ela eu não sei mais controlar minhas emoções sem a Mia..

— O que houve Oli?

—... o desgraçado do Liam apareceu...

— Porque seu pai voltou justo agora?

— Porque ele tá com câncer e acha que por estar doente pode simplesmente voltar pra casa como se nada tivesse acontecido...

— Vem aqui..- ela me levou até o quarto me fazendo sentar de frente pra ela na cama enquanto secava minhas lágrimas.— Eu conheço você, não deixou ele se explicar não é?

— Explicar o que? Que ele foi embora sem se importar comigo? Eu cresci sem ele Mia não tem explicação o suficiente pra isso.

— Eu sei mas você precisa de uma explicação.. ainda ama ele está óbvio, ele está doente e não é que seja uma desculpa mas é algo grave.

— Eu não quero ver ele de novo, eu estava bem sem ele e vou continuar bem sem ele..

— Você tem certeza de que não vai se arrepender depois? Eu posso entender que você está magoado Oliver mas você entende? Seu coração entende?

Eu esperei por uma explicação eu fui paciente mas ele não apareceu, agora eu sinto que não é mais necessário. Aprendi a ser um homem sem ele, cuidei da minha mãe e de mim mesmo. Ele é um completo estranho pra mim e mesmo não desejando mal talvez o câncer seja um castigo.

— Eu tenho certeza Mia, não quero saber dele.

— Tudo bem não vamos mais falar disso.. você está pálido, descansou?

— Não consegui..

— Eu vou fazer alguma coisa pra você comer, eu já volto..

Ela me deu um beijo e saiu do quarto, minha mente estava uma bagunça eu não queria pensar já tinha me acostumado a usar a Mia como escape dos meus problemas, minha obsessão por ela foi a forma que encontrei de não pensar no meu pai. Mas eu não precisava mais pensar nela porque finalmente ela me aceitou então agora o que eu podia usar como escape?

Desci até ela na cozinha a vendo cortar as cenouras de costas pra mim e me lembrei do último sonho íntimo que tive com ela. Agora eu sei exatamente qual a sensação que teria a continuação daquele sonho.

Me obriguei a ir até ela e a abracei pela cintura enquanto ela estava de costas pra mim, ela suspirou alto mas sem dizer nada. Tinha alguma coisa errada eu podia sentir.

— O que foi?

— Nada... você devia estar na cama.

— Vem comigo então...

— Não desse jeito Oli, devia estar descansando... estou fazendo uma sopa pra você já que não pode comer muito.

Ela estava diferente, distante eu acho... beijei seu pescoço ouvindo ela suspirar outra vez parecia estar tentando se controlar mas por qual motivo? Estávamos sozinhos, ela está arrepiada posso ver seus peitos rígidos marcados através da blusa... ela quer isso porque está tentando fingir que não?

— Porque está assim?.- perguntei ainda contra seu pescoço a vendo ficar ainda mais arrepiada.

— Acho que... estamos fazendo muito isso... temos que nos controlar um pouco Oli.

— Porque? Qual o problema?.- eu sei que ela estava tentando não continuar mas sem perceber ela já estava de olhos fechados me sentindo tocar seu corpo.— Se eu quero e você quer, não tem problema fazer demais..

Subi minhas mãos apertando seus peitos e ela olhou pra mim encarando minha boca, estava prestes a me beijar quando a sopa derramou no fogão. Ela se afastou depressa desligando o fogo parecendo ainda mais ofegante. Porque ela estava me afastando?

— O que queria conversar comigo quando chegou?

— Ah eu... não lembro..

— Mentira.. você está estranha o que tá acontecendo?

— Oli vai lá pra cima e descansa, tem que se recuperar rápido pra voltar pra escola está perdendo muita coisa e....

Ela continuava falando e falando mas eu só conseguia notar ela, nem estava ouvindo o que ela me dizia não sabia o quanto o sexo podia ser um bom escape até transar com ela.

Eu não consigo pensar em nada além disso, em poucos meses iremos pra faculdade e esses momentos íntimos vão ser cada vez mais raros, teria que me conformar em vê-la de três em três meses então tenho que aproveitar o agora.

Enquanto ela falava sobre a escola ou algo assim eu voltei até ela, estava tão entretida no que dizia que nem me viu atrás dela outra vez mas quando toquei seu quadril...

— precisa das aulas práticas e......

— E?.- toquei o botão da sua calça Jeans abrindo a vendo ofegar.

— E... as..as notas são.. importantes pra...

Desci sua calça e ela nem questionou apenas me permitiu fazer isso, ela usava uma calcinha rosa claro que deixava sua bunda ainda mais bonita. Estava ansiosa eu podia ver, voltei a abraçar sua cintura deslizando minha mão por sua barriga até chegar por dentro da calcinha... sua respiração estava pesada apenas esperando que eu a tocasse mas eu não fiz isso

— Oli...

— Preciso da sua permissão pra te tocar...

— Temos que...que ir devagar..

A puxei contra mim fazendo minha ereção tocar sua bunda, ela sabe que quer e eu também mas por algum motivo ela estava negando. Ela empirou um pouco mais ao me sentir duro e estava de olhos fechados..

— Temos que aproveitar enquanto ainda temos tempo Mia... começamos tarde demais, precisamos disso..

— Vai se cansar fácil de mim desse jeito..

— Então é esse o problema? Não me cansei de você em quinze anos Mia, eu vou te querer cada vez mais..

— Tem certeza?

— É a única certeza que eu tenho na vida.

Ela sorriu parecendo aliviada, pegou minha mão e ela mesma a levou pro meio de suas pernas ainda mais ofegante e ansiosa.

— Tem minha permissão pra fazer o que quiser comigo... o que quiser.