Sentindo ele

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Estava começando a acordar quando notei que o Oliver estava sonhando com alguma coisa, estávamos em uma conchinha e seu rosto estava entre meu pescoço respirando ofegante me fazendo lembrar do que fez na festa quando estava bêbado.

Pensei em afastá-lo mas então eu ouvi quando ele resmungou meu nome, ele estava sonhando comigo... sorri como uma idiota por notar isso e então deixei seu sonho prosseguir sem acordá-lo, mas as coisas começaram a ficar diferentes.

Ele começou a ficar ofegante demais e aquilo me fez fechar os olhos completamente arrepiada pela sensação dos seus ofegos contra minha pele, ele começou a apertar meu quadril com força me fazendo notar suas mãos fortes.

Deus, como eu nunca tinha reparado nisso?

Quando ele resmungou meu nome outra vez eu pude sentir meu clitóris pulsar de vontade tentando imaginar o que ele tanto sonhava, ele estava me agarrando tão forte que meu vestido começou a descer em cima deixando parte do meu peito exposto mas eu estava tão molhada que não queria parar de imaginar.

Ainda dormindo ele me trouxe pra mais perto dele deixando seu pau duro encostar na minha bunda, sem perceber acabei me movimentando contra ele em busca de mais contato, meu corpo inteiro estava arrepiado sentindo seu tamanho encostando em mim apertava as pernas pra tentar me conter até que minha mente notou o que estava acontecendo aqui.

— Oli.. Oli! Acorda!

Não foi minha intenção acordá-lo aos gritos mas eu me assustei comigo mesma. Me afastei depressa sentando na cama tentando voltar ao normal mas eu ainda estava com vontade e isso estava me fazendo ofegar e rir de nervoso.

— Você....você tava sonhando? Com.. com o que?

Eu não sabia o que dizer eu estava tão nervosa que foi apenas isso que consegui falar, subi a alça do vestido notando que eu estava quase nua na parte de cima. Ele parecia tão nervoso e envergonhado quanto eu, não deveria ter perguntado do sonho.

— Eu não lembro... que merda, desculpa eu te acordei?

— Não...tudo bem, já são sete da manhã dormimos muito..

Ele me olhava de cima abaixo segurando a coberta na frente do corpo provavelmente tentando disfarçar sua ereção... eu senti ele e o pior é que eu gostei..

— Oli eu acho que preciso ir pra casa...

— Pode ficar mais se quiser.

A proposta era tentadora mas considerando como eu estou agora eu precisava de um tempo pra pensar sobre isso.

— Eu preciso mesmo ir.. preciso conversar com a minha mãe sobre como foi a reunião na escola.

— O que ela disse sobre o vídeo?

Me machuca só de lembrar que ela não deu a mínima pro que eu disse, tentei não pensar mais sobre como ela é negligente comigo mas ainda dói a forma como ela me trata.

— Digamos que ela não se importou.. tudo bem eu já estou acostumada, ela não me ama.

— Mia isso não é verdade, ela só anda muito ocupada.

— Não precisa mentir pra me agradar Oli, a gente consegue sentir quando é amado e com certeza ela não dá a mínima pra mim.

Ele não estava defendendo ela, queria apenas tentar me fazer ter esperanças mas nem ele mesmo conseguia acreditar nisso. Dona Vivian se oferecia pra cuidar de mim pra que minha mãe não tivesse que pagar uma babá.

Isso desde que nos mudamos pra cá quando eu tinha dois anos, desde então eu passo dias e mais dias aqui. Dormindo, comendo, como se fosse minha própria casa e é estranho dizer que me sinto muito mais à vontade aqui. Minha mãe nunca nota quando eu estou em casa porque ela sempre age como se estivesse sozinha e eu não faço ideia do porquê ela não me quer como filha.

— Acho que você devia se mudar pra cá, você já dorme sempre aqui não iria mudar muita coisa.

— Sua mãe não ia querer outra filha a essa altura da vida.

— O que?! Está louca? acho que ela me colocaria pra fora só pra te deixar morar aqui. Ela gosta mais de você do que de mim.

— Não exagera desse jeito vou me sentir especial.

— Você é especial.

Ele me agarrou pela cintura sem que eu esperasse me jogando na cama beijando meu pescoço me fazendo cócegas, não conseguia parar de rir, lembro dele fazendo isso quando éramos crianças e eu ainda tenho as mesmas sensações.

— Para, para, para! Eu tô...tô sem fôlego...

— Mentirosa, ainda não está vermelha o suficiente.

Ele estava em cima de mim segurando meus braços tirando o cabelo do meu rosto, era difícil esconder o quanto eu estava feliz aqui principalmente agora que eu sei que ele gosta de mim.

Sua mão acariciava meu rosto enquanto seus olhos me analisavam. Eu sou cega por nunca ter notado seus sentimentos antes, lembro de contar a ele sobre meus casos e ele sempre ficava irritado mas ao mesmo tempo me escutava com paciência e me dava conselhos, deve ter sido tão difícil pra ele.

— No que está pensando?

— Que não quero ir embora...

— Então não vá, vamos continuar na cama vendo filme e comendo porcarias..

Mesmo contra minha vontade eu levantei porque se continuasse ali ele me convenceria.

— Não dá eu tenho mesmo que ir, te vejo amanhã..

Eu estava sem jeito sempre que me despedia dele era algo tão normal e agora eu não sabia como fazer. Me aproximei dele na intenção de dar um beijo em sua bochecha mas sem querer acabou sendo no canto da boca.

Sei que ele notou porque vi quando fechou os olhos e suspirou, eu sorri pela sensação que isso me causou porque gostava do jeito como ele era inocente e delicado.

— Tchau Oli..

Seus olhos laranjas se abriram pra mim e eu me afastei antes que me deixasse levar por eles. Sai do quarto o mais rápido que pude e quando passei pela sala Dona Vivian estava sentada no sofá tomando café e me encarando.

— Você está diferente, parece mais feliz..

— E eu estou.

— Devo saber o motivo?

— Não... por enquanto... até amanhã tia Vivian.

Eu sai de lá saltitante, no começo eu me assustei bastante em saber que o Oliver está apaixonado por mim mas agora parando para analisar ele é um cara incrível e ele gostar de mim é ótimo. Não sei se sinto o mesmo, mas se não com certeza posso começar a sentir com o tempo agora o vendo com outros olhos.

Só tenho medo de tentar alguma coisa e isso acabar estragando nossa amizade porisso mesmo eu preciso de um tempo sozinha pra analisar a situação e saber se estou disposta a tentar.

— Mãe?! Está em casa?! Preciso falar com você!

Como eu já esperava ela não estava, fui até a cozinha pegar algo pra comer e quando olhei para a geladeira havia um bilhete com a letra dela.

"Mia precisei viajar para Paris a negócios com urgência, vou ficar fora por três meses deixei meu cartão de crédito no seu quarto caso precise de dinheiro, não me ligue a menos que seja importante"

Minha felicidade tinha ido embora ao notar que ela nem se despediu dessa vez e eu estava me sentindo descartada, ela não se importa comigo então porque eu deveria continuar me importando com ela?

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