Fantasmas do passado

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Era a quarta vez seguida e sem pausa ainda no Box preensando ela contra a parede e a fodendo por trás como eu sonhei fazer muitas e muitas vezes... nossos corpos estavam sincronizados ela gozou em segundos e eu tirei meu pau de dentro dela gozando na sua bunda perfeita empinada pra mim.

— Chega.... Oli chega eu... não aguento outra..

Sim eu estava exausto mas esperei anos, morrendo de vontade a cada vez que a via, a cada sonho erótico que eu tinha com ela e agora se ela me pedisse pra continuar eu faria..

Ela se limpou uma última vez e me beijou saindo do banheiro, eu sei que ela podia continuar mas precisava ir pra escola e já estava atrasada. Terminei o banho me sentindo fraco afinal eu devia estar de repouso mas estávamos transando a três horas.

Quando saí enrolei a toalha na cintura e fui pro quarto, Mia estava terminando de se vestir diferente de sempre nada vaidosa, cabelo molhado e sem maquiagem e o pescoço estava....

— Mia melhor passar maquiagem.

— Não dá eu tô atrasada.

Ela ainda estava tremendo assim como eu não está acostumada com tantos orgasmos seguidos e dava pra ver como parecia cansada.

— Tem certeza de que não quer faltar hoje, pode dizer que está cuidando de mim..

— Eu gostaria mas a academia só aceita faltas assim se você for meu parente..

— Eu sou seu irmãozinho..

Não consegui segurar o riso quando ela olhou pra mim revirando os olhos, ela não sabe como me irritava quando dizia isso era como uma facada no meio do peito.

— Você está bem? Não está sentindo nada?

— Um pouco fraco mas é só isso...vou tentar dormir um pouco.

Ela se aproximou de mim me dando um beijo rápido e pegando a mochila.

— Me liga se passar mal...

Apesar de tudo eu queria ir pra escola, eu gosto de estudar mesmo sabendo que essas faltas não vão afetar meu currículo eu gostaria de participar das aulas. Quando Mia saiu eu fechei as cortinas outras vez, me vesti com uma roupa leve e estava pronto para me afundar nos lençóis quando a campainha tocou.

Provavelmente ela tinha esquecido alguma coisa, desci pra atender estranhando ela não ter entrado ela tem a chave mas quando abri a porta não era ela.

Não consegui esconder minha surpresa, porque ele estava aqui depois de tantos anos?

— O que você tá fazendo aqui?

— Oi filho... quanto tempo, você cresceu..

Eu não vejo meu pai a mais de dez anos, ele fugiu sabe-se la pra onde deixando minha mãe destruída por que ela não esperava isso dele. Nunca mais tive notícias nem soube de nada até agora.

— O que você tá fazendo aqui?!

— Eu acabei de voltar pra cidade, estou sem lugar pra ficar e sem dinheiro... eu sei que é pedir muito mas eu posso entrar?

— Eu não acredito nisso... tem noção do que está fazendo?! Eu não te conheço, não confio em você é óbvio que não pode ficar.

Ia fechar a porta mas ele a segurou olhando pra mim e chorando, aquilo não me comovia chorei por anos sem saber onde ele estava, o que ele pensou que ia acontecer? Achou que simplesmente apareceria e ficaria tudo bem outra vez?

— Filho porfavor eu..

— Não me chama assim eu não sou seu filho.

— Oliver eu... precisava falar com você e pedir desculpas.. tenho muitas explicações pra dar e....

O nariz dele começou a sangrar e ele pareceu estar tonto, precisou se segurar na porta pra não cair.

— O que está acontecendo com você Liam?

—... é o câncer... está avançado.

Ele estava abatido, aparentando ser muito mais velho, haviam manchas escuras na pele eu já sabia o que era isso.

— Você é viciado em que?

Ele me olhou assustado, era óbvio que tinha câncer mas o câncer não apareceu do nada ele claramente tinha dependência em algo.

— Como sabe disso?

— Vou ir pra faculdade de medicina, não sou burro como você eu posso saber que tem dependência em alguma coisa.

— Cocaína e.. anfetamina.

— Câncer no tecido cerebral?

—...é você...é mesmo inteligente..

Eu não queria nem podia deixar ele aqui, ele é um completo desconhecido pra mim e por mais difícil que seja admitir eu não me importo se ele tem câncer ou não.

— Vou te dar dinheiro pra você pagar um hotel, eu não quero você aqui.

— Não porfavor, não me dá dinheiro... eu tenho medo de recair e comprar aquelas porcaria. Estou limpo a cinco meses e mesmo morrendo eu quero continuar limpo até os últimos dias..

— E o que você espera? Que eu te deixe entrar e voltar a morar com a gente como se você não tivesse nos deixado a mais de dez anos?

— Sua mãe sabe porque eu precisei deixar vocês... foi pro seu bem e deu certo olha pra você, é um homem crescido, forte e inteligente..

— Não graças a você. Se vira vai pra um hotel ou uma pousada, eu não vou te deixar entrar.

Fechei a porta antes que ele pudesse continuar falando, eu era muito criança tinha apenas seis anos mas eu ainda me lembro do dia em que ele foi embora.

Flashback on

11 anos atrás...

Eles estavam brigando outra vez, meu pai estava nervoso e chegou bêbado em casa pela primeira vez. Eu não entendia, eles eram tão carinhosos um com o outro e derrepente tudo mudou o que aconteceu?

Mia fechou a porta do quarto e me puxou pra cama e pra debaixo das cobertas, ela cobriu nós dois até a cabeça e se virou de frente pra mim segurando minha mão.

— Porque eles estão tão bravos?

— Eu não sei Oli, mas adultos brigam deve acabar logo.

— Eu não gosto disso Mia..

— Vai ficar tudo bem não precisa ficar com medo.. olha pra mim..

Ela beijou a ponta do meu nariz e me fez encará-la até pegar no sono. Não sei quanto tempo tinha se passado mas derrepente ouvi a porta do quarto abrir, continuei quieto até que alguém puxou a coberta de cima de mim e Mia ainda estava dormindo.

— papai, o que tá acontecendo?

— Vou precisar fazer uma longa viagem Oliver..

— Posso ir com você?

— Não meu filho, não pode... vai precisar cuidar da sua mãe por um tempo, acha que consegue ser o homem da casa?

— Acho que consigo... pra onde você vai?

Ele não me respondeu, apenas me deu um beijo na testa e foi até minha cômoda pegando a minha foto do porta retrato.

— Volta a dormir se não vai acordar sua amiguinha..

Ele me deitou na cama e se sentou ao meu lado até que eu pudesse voltar a dormir. Quando acordei no dia seguinte minha mãe estava em prantos, chorando desolada e só então eu soube que ele tinha ido embora.

Flashback off

Eu o amei por muito tempo depois disso, desejei ter um pai que pudesse me dar conselhos mas aprendi a me virar sozinho sem ele e eu não quero mais ele na minha vida.

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