Intensidade

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Bebel

Passo a mão na cabeça puto com a Ana clara, pego o copo de whisky bebendo todo o líquido que tinha dentro de uma vez, encaro o wl que me olha rindo e cutuca o terror que ri também. Aperto o celular sentindo ele vibrar e enfio novamente dentro do bolso.

Tudo bem que não temos nada, porém, sempre demos satisfação um pro outro e eu achava isso legal pô, é até bom pra segurança dela mesma. Sinto meu celular vibrar mais e desbloqueio vendo mais mensagens dela.

Ana clara: Áudio: eu estraguei tudo né? Você nem deve querer mais ficar comigo-sua voz sai chorona-

Eu;Tu bebeu, Ana clara? Caralho cara
Eu: liga pro teu pai te buscar aí

Ana clara:Áudio:Ele saiu com a minha mãe e eu só bebi um pouquinho, duas taças, eu acho.

Eu: onde você ta,cara?

Ana clara: me responde, você não quer mais ficar comigo?
Ana clara; eu não sei onde tô, nunca vi pra cá

Eu; vai pra perto de um estabelecimento e me manda a localização em tempo real

Esfrego a mão no rosto cheio de ódio e levando enfiando o celular no bolso, pego a carteira colocando cem reais em cima da mesa e me afastando saindo do ambiente. Entro no carro batendo a porta forte e ligo o mesmo, acelerando.

Sério mesmo, tô cheio de ódio da cara dela, mas eu não sou idiota de deixar ela sozinha em um lugar desconhecido, ainda mais bêbada. Coloco o endereço no GPS do meu celular que eu uso pra trabalhar e ligo pra Ana clara pelo outro, vendo ela atender rápido.

Ana clara: Dário, mandei a localização, você viu?- sua voz sai baixa e no fundo tem alguns barulhos -to na entrada de um restaurante aqui

Eu: ta bom, aguarda aí que eu tô descendo, não sai aí do restaurante - respiro fundo sentindo minha respiração acelerada e ela funga do outro lado da linha-

Ana clara: Amor, você deixa eu dormir contigo hoje? Depois você pode ficar no seu canto. Mas é que meus pais saíram e eu não quero ficar sozinha, mas se você não quiser, tudo bem, eu fico lá em casa mesmo, não tem problema - fala ainda chorando.

Eu: pode, Ana clara - Falo sem paciência nenhuma na voz e ouço ela gemer baixo na ligação, ergo a sobrancelha olhando pro celular - qual foi, ta suave ai?

Ana clara;eu machuquei meu pé, ta sangrando muito- fala chorando mais e eu passo a mão no rosto parado com o carro no sinal- o salto tava apertado meu pé, aí eu tirei e tava andando descalço, acho que algum caco cortou meu pé, agora tá sangrando muito

Eu: entra no estabelecimento e fica sentada aí que eu tô chegando, falta uns dez minutos, não coloca o pé no chão porque pode entrar alguma sujeira.

O sinal da ligação caiu assim que eu entrei no túnel, passo a mão no rosto e acelero mais o carro já que quase não tinha carros na pista. Cheguei na barra da tijuca e mal demorei pra chegar na endereço do restaurante que ela estava, acabou que ela não estava mais ali.

Então andei mais um pouco com o carro e encontrei ela sentada em um banco com as pernas abertas mostrando toda a calcinha e o pé pingando sangue, ja tô vendo que não foi apenas um caquinho de vidro.