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Ana Clara

Domingo  21/01

Ódio é a palavra que me resumia, eu queria voar na cara dele, bater até aquele rostinho lindo ficar todo deformado. O Bebel é um filho da puta, egoísta, depois que a Luana me tirou de perto de perto dele, eu chorei muito no ombro dela, sério mesmo. Eu não estava triste, meu choro foi de raiva da cara daquele filho da puta.

A gente ficou lá até às três da manhã, depois vinhemos embora e eu agradeço a Deus, só queira chegar logo em casa e chorar no banho. Assim que chegamos aqui, eu comi pizza com o Filipe que tava bêbado, enquanto a Luana arrumava alguma coisa no andar de cima, ele bêbado é mil vezes mais legal. Ele falou que me vê como uma filha, que eu sou chatinha, mas sou legal as vezes e eu só sabia rir.

Entrei no banheiro e sentei no sanitário fechado apenas de calcinha, passo a mão no rosto tirando os cílios postiços, eu colei já que ainda não coloquei meus cílios. Abro a mini bolsinha e pego alguns produtos para tirar a maquiagem do rosto, lavo bem e passo um hidratante.

Tiro a calcinha, entro no box prendendo meu cabelo e coloco a touca a prova d'água, tomo meu banho e acabo lembrando de tudo que aconteceu. Bebel não tem direito nenhum de me cobrar e muito menos de ameaça o garoto, eu não fazia ideia desse lado dele.

Quando terminei o banho, passei um creme no corpo e vesti apenas uma calcinha e um top super confortável e fui deitar, fiquei mexendo no celular pensando na vida por um grande tempo. Acabou que eu fui dormir era quatro e vinte da manhã.

Acordei era meio dia e não tinha ninguém acordado, eu vesti um short de dormir comportado e desci, tomei um copo cheio de água gelada em jejum mesmo e fui caça alguma coisa para comer. Fiz café com leite na máquina e um misto quente, depois sentei na mesa e comi na paz, quando terminei de comer, fiz outro misto e comi vendo televisão.

Luana: Você já tá acordada? - olho para ela que desce a escada apenas de calcinha e uma blusa grandinha - Que feio da minha parte, te deixei sozinha, mas eu tava com muito sono, desculpa.

- Tá tudo bem, meu amor, eu já comi e não me importei de você ainda está dormindo - olho sorrindo para ela que se joga do meu lado - Quer um expresso e misto?

Luana: Sem açúcar e passa requeijão no pão, por favor - confirmo com a cabeça e beijo a cabeça dela levantando, pego o papel toalha que eu usei antes e jogo no lixo.

Entro na cozinha e abro a geladeira pegando as coisas para o misto, pego o pão no armário e também a sanduicheira, faço o pão e coloquei para fazer enquanto eu fui fazer o café expresso sem açúcar da Luana. Apago a luz e saio da cozinha com as coisas na mão, entrego pra Luana que sorri fazendo um coração para mim.

Subi rapidinho no quarto e pego meu celular que estava carregando e desço novamente para a sala, sento no sofá com os pés no mesmo e suspiro desbloqueando meu celular, respondo algumas mensagens, inclusive uma do meu pai, que estava perguntando que horas eu iria para casa.

Faço careta e bloqueio novamente o celular olhando para a televisão que estava ligada no jornal, jogo meu cabelo pra trás suspirando e ouço barulhos na porta.

Luana: Nem precisa ir ver quem é, ou é o Apollo e minha sogra ou o terror e o Bebel - faço careta ouvindo ela falar o nome dele, e ela ri.

Nego com a cabeça fazendo careta, ouvindo alguém arrastar o pé do lado de fora da casa, reviro os olhos sabendo que é o Bebel, ele faz isso quando quer irritar alguém, filho da puta feioso. Passo a mão no meu cabelo vendo o terror abrir a porta de vidro com uma cara feia pra caralho, parece que quer matar alguém, cruzes.

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