"O-okay, vamos apenas..." Ava se moveu novamente. Sua voz tremeu um pouco, e Beatrice se perguntou se ela também estava nervosa, se isso era tão novo para ela quanto era para Beatrice. Ela queria pensar que era isso, pelo menos um pouco. "Vamos tentar descobrir o que te faz se sentir bem."
Beatrice assentiu, sem saber se isso iria funcionar.
"O quão pronta você acha que está agora?"
Beatrice pensou sobre isso. Mentalmente? Nem um pouco pronta, fisicamente... Pronta o suficiente. Acordar no meio do orgasmo cortou o barato e não deu a ela a liberação de que precisava. Todo esse tempo, ela sentiu a tensão ali, esperando que ela tentasse de novo, para acabar de vez. Ela sabia que não teria paz até então.
"Estou bem", ela esperava que fosse o suficiente. Ava assentiu em compreensão, e Beatrice sentiu todo o seu rosto corando furiosamente de novo. Ela acabara de admitir para Ava que... está excitada?
Oh, céus, tenha piedade.
Ava estava se mexendo sob as cobertas de novo, e Beatrice não conseguia saber exatamente o que ela estava fazendo, mas podia sentir que ela mudou de posição ao lado dela e se sentiu tonta.
Ava ia mesmo fazer isso com ela?
Isso era completamente insano.
"Ok, então", a respiração de Ava ficou um pouco trêmula, e ela tentou manter o tom neutro. "Coloque a mão na sua calcinha."
Beatrice seguiu o comando e esperou Ava continuar.
"O quê?", perguntou Beatrice, esperando não ter feito nada errado.
"Qual mão você vai usar?"
"Hum... a esquerda?"
"Oh, isso é interessante."
"Por quê?"
"Você é destro, certo? Eu também, mas ouvi dizer que a maioria das pessoas se masturba com a mão esquerda."
"Oh", Beatrice não sabia o que fazer com aquela informação.
"De qualquer forma... pronta?"
Beatrice assentiu. Havia um nó em sua garganta. Ela sabia que nunca estaria pronta para isso, mas queria estar.
"Primeiro, você precisa encontrar um ponto que seja muito bom, mesmo que seja só tocando. Deveria ser como um pequeno botão-"
"O clitóris, Ava. Eu não sou completamente ignorante."
Ava olhou para ela, mas não reagiu muito. Ela assentiu suavemente. "Isso mesmo, o clitóris."
"Como eu vou saber..."
"Acredite em mim, você saberá", Ava pareceu exalar as palavras em um único suspiro. Beatrice evitou pensar mais sobre isso; ela sabia que era um labirinto sem volta, onde poderia se perder para sempre. "Deve ser... um pouco rígido."
"Rígido...", repetiu Beatrice, com as pontas dos dedos roçando hesitantemente a si mesma, quase com medo de realmente tocar. No entanto, ela não estava realmente desconfortável e se sentia completamente segura agora que Ava estava ao seu lado. Então, ela lentamente se soltou e tateou com mais confiança, finalmente conseguindo encontrar um ponto que parecia rígido e sensível sob seus dedos. Era insanamente bom apenas ao tocá-lo, e ela engasgou suavemente, incapaz de se impedir de pressionar um pouco mais. Havia mais do que ela esperava; o comprimento podia ser sentido com dois de seus dedos, e ela sentiu arrepios por todo o corpo enquanto o explorava.
"Sim? Você achou?", perguntou Ava ao ver a reação de Beatrice, seus olhos captando cuidadosamente cada expressão. Beatrice desviou o olhar da intensidade que encontrou neles. Era perigoso.
"Sim", Ava estava certa, era impossível não saber.
"Ok", Ava exalou pesadamente, "ótimo, não pressione muito, apenas esfregue suavemente... como preferir; para cima e para baixo, de um lado para o outro... círculos."
Círculos, Beatrice decidiu imediatamente.
Ela usou uma pressão suave e esfregou o clitóris em círculos com dois dedos, fascinada por quão rijo parecia por baixo e como continuava a pulsar em seus dedos. Sentia-se bem, muito bem, diferente de tudo que ela já havia feito antes. Se ela circulasse com mais força e fizesse isso mais rápido, a pressão em sua barriga aumentaria, e Beatrice não aguentava o quão viciante era aquela sensação; seus quadris se elevaram uma vez para fora da cama, e ela lutou para mantê-los abaixados.
"Tudo bem..." Ava se apressou em dizer, "você pode fazer assim se quiser".
Não, Beatrice não se sentia confiante para fazer isso. Ela estava ciente de quão pouco de seu bom senso ela estava agarrando-se no momento. Se ela se deixasse levar e fizesse do jeito que quisesse, definitivamente acabaria em uma posição muito mais obscena. Então, ela continuou tentando manter os quadris para baixo, enquanto continuava circulando-se mais devagar, com menos pressão, evitando o auge.
"O que você costuma pensar?", perguntou Ava. Havia um toque de algo mais por trás daquela pergunta, mas Beatrice estava muito entorpecida para adivinhar o que era.
Infelizmente, ela estava muito familiarizada com uma reação para contê-la adequadamente. Era como um reflexo para Beatrice sentir-se culpada e envergonhada. Ela fechou os olhos e tentou evitar o pensamento disso, das vezes em que pensou no rosto de Ava para se fazer gozar, ou usou sua voz para dizer a si mesma as coisas mais lascivas.
"Eu não vou te julgar, Bea... são mulheres?"
Sim, Ava definitivamente sabia. Provavelmente tinha deduzido há muito tempo. Talvez ela tenha entendido a mensagem quando falou sobre a Irmã Melanie e como isso se relacionava com sua própria vida. Talvez ela soubesse o tempo todo exatamente qual era a sua falha.
Ava fez a pergunta de uma forma que dava a entender que ela já sabia a resposta.
Sempre são mulheres, sempre é Ava.
Beatrice assentiu suavemente. Essa era uma maneira ampla de dizer e, esperançosamente, uma saída fácil. Pelo menos, ela poderia guardar essa segunda parte para si mesma.
Ava sorriu, satisfeita.
"Você pensa em mulheres nuas?"
As palavras fizeram seu clitóris pulsar quase dolorosamente sob seus dedos, e ela teve que exercer mais pressão enquanto seu corpo exigia e seu prazer aumentava, rápido e intenso. Beatrice assentiu, e Ava soltou um pequeno som e se mexeu debaixo dos cobertores novamente. Beatrice sentiu-se delirante, tentando manter seus próprios sons sob controle, mas estava ficando exponencialmente mais difícil à medida que todo o seu corpo ficava tenso e contraído em resposta àquele pequeno som que Ava fazia.
Ela desejou poder ver o que ela estava fazendo.
"No que você normalmente pensa?" Beatrice perguntou de volta. Ava ficou um pouco surpresa.
"Hum... pessoas." Um pequeno som novamente. "Às vezes homens... algumas vezes mulheres."
"Mulheres?" Beatrice perguntou incrédula, com o coração batendo tão rápido que temia parar e não entender completamente a resposta de Ava.
"Sim, as mulheres também me atraem", Ava murmurou em um tom mais rouco.
O inferno se instalou dentro de Beatrice.
• Todos os direitos reservados a Double_Dublin autor(a) do título, 'The Cure For Deviation', publicado originalmente em inglês no AO3 •
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A cura para o desvio
Fiksi PenggemarIrmã Beatrice vive sua vida em tormento e vergonha sobre quem ela realmente é, embora geralmente consiga esconder isso com suas habilidades e excelência. Mas torna-se difícil esconder-se ao lado de Ava, que aproveitará a chance para ajudá-la em seu...