Juliette descobriu há pouco tempo que estava grávida.
Foi num dia de voluntariado no hospital em que ela teve uma tontura e quase caiu não fosse a colega que estava ao lado e a segurou.
Levaram-na para colectar sangue e foi quando ficou a saber.
Apesar das circunstâncias ela ficou muito feliz e correu para contar ao pai.
- Agora vais contar ao Rodolffo e acertar-te com ele?
- Não vou contar nada. Estou a pensar viajar para casa da minha madrinha em França. Vou ter a criança lá.
- Desculpa, mas desta vez não te apoio. Estás a ser egoísta por não dizeres ao pai dessa criança que ele vai ser pai.
Podes continuar a fazer-te de forte e não o quereres ver mas a criança não tem culpa. A culpa é dos pais que não souberam se cuidar.
Juliette mexia não suas redes sociais quando foi confrontada com uma notícia num canal oficial.
_ O herdeiro do império Pestana, Rodolffo Pestana, foi internado à pressa esta manhã, na Clínica Santa Luzia."
Não são conhecidas as causas que levaram ao internamento. Apenas se sabe que ele foi levado de ambulância e foi acompanhado da sua secretária.
Tentámos obter mais informações do hospital mas responderam-nos que ele chegou em estado crítico e não podiam prestar mais declarações.
Pai, o Rodolffo!
Juliette começou a passar mal e Irene trouxe um copo de àgua com açúcar depois de a ajudar a sentar na poltrona.
- Que foi, Juliette?
Ela passou-lhe o telemóvel.
- Eu quero ir lá, pai!
- Fazer o quê, filha? Esperemos por notícias. Eu ligo para lá.
- Não. Eu vou agora.
- Então deixa o meu motorista levar-te. Não tens condições de conduzir.
Juliette chegou rapidamente na recepção da clínica. Subiu ao segundo andar conforme lhe indicaram.
Quando chegou no quarto indicado, espreitou para dentro e viu uma moça um pouco mais velha que ela sentada à cabeceira dele, que estava todo ligado a aparelhos.
A porta rangeu quando Juliette a fechou. Levou a mão ao peito tentando acalmar uma dorzinha que surgiu.
- Ela deve ser a namorada. É jovem e está com ele.
Preparava-se para sair quando ouviu chamar. - Juliette.
Olhou para trás e era a moça que saiu após ouvir o barulho da porta.
- Juliette!
- Sim.
- Sou Leonor a secretária de Rodolffo.
- Como ele está? O que aconteceu?
- Excesso de trabalho, noites mal dormidas, falta de alimentação e o resultado foi um desmaio e uma hipertensão diagnosticada fora outras coisas.
Está a dormir e medicado.- Posso entrar?
- Pode. Aliás eu estava à espera que alguém chegasse. Eu preciso de sair para resolver umas burocracias.
- Pode ir à vontade. Eu vou ficar o tempo que for preciso.
- Se ele acordar tente que ele não se estresse. Foi conselho do médico.
Juliette entrou e ocupou o lugar onde anteriormente estava Leonor. Ao pensar nela sentiu um pouco de ciúmes. Ela era bonita.
Pegou a mão de Rodolffo e beijou-a.
- Volta meu amor. - sussurrou ao ouvido dele.
Fez-lhe confusão ele estar ligado a vários aparelhos por diversos fios.
Rodolffo dormia serenamente quando uma enfermeira veio trocar o soro.
- Precisa de mais?
- Sim. Está desnutrido e desidratado. As análises estão péssimas. Corre o risco de falência de certos órgãos se não reagir a este tratamento.
Assim que a enfermeira saiu, Juliette começou a chorar. Era culpa sua. Não encontrava outra explicação para ele ter desistido.
Apoiou os cotovelos na cama e cobriu o rosto com as mãos. De repente sentiu uma mão afagando-lhe a cabeça.
Olhou para ele com os olhos rasos de àgua e segurou-lhe na mão.
- Não chores, disse ele. Eu não valho isso.
Juliette colocou a mão nos lábios dele.
- Nunca mais digas isso. Tu vales muito mais do que pensas.
- Tu não me queres.
Juliette segurou a mão dele é colocou-a sobre a sua barriga.
- Queremos muito.
Rodolffo olhou para ela e para a barriga dela e imediatamente is aparelhos começaram a apitar.
Uma enfermeira entrou de repente e aplicou uma injecção no tubo de acesso do soro o que fez com que tudo voltasse ao normal.
- Não o deixe conversar muito e não lhe dê muitas informações.
- Obrigada sra. Enfermeira.
Juliette olhou para ele que estava com lágrimas nos olhos. Ela limpou-lhe as lágrimas.
- Descansa. Temos muito tempo para conversar. Eu não vou embora. Vou estar aqui quando acordares.
Ele assentiu com a cabeça e fechou os olhos.
Juliette ajeitou a poltrona reclinável e segurando a mão dele tentou descansar também.
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Não pise
FanfictionDevia ter uma placa no meu coração escrito não pise, Devia ter um outdoor na minha vida escrito não brinque. ....