dezessete

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JOÃO VITOR, point of viewSão Paulo, Brasil

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JOÃO VITOR, point of view
São Paulo, Brasil

desperto ao ouvir meu celular apitar, notificando mais uma das dezenas mensagens que meus amigos mandavam no grupo

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desperto ao ouvir meu celular apitar, notificando mais uma das dezenas mensagens que meus amigos mandavam no grupo.

o motivo? não sei, talvez o fato de eu e pedro termos saído juntos da festa sem falar com absolutamente ninguém logo após renan ter visto o nosso beijo, tenha causado uma espécie de surto em cada um ali.

falando em pedro, não o vejo deitado ao meu lado e me assusto em pensar que ele possa ter ido embora.

ainda com sono, ando até o banheiro e lavo meu rosto. vejo as horas e eram quatro e três da manhã.

sigo andando por todo o apartamento, até encontrá-lo na varanda, junto de meus gatos: santiago em seu colo, vicente dormindo ao seu lado e chicória brincando com a própria pata.

me seguro muito para não sorrir bobo com a cena.

— sem sono? – perguntei, vendo-o se assustar um pouco. estava tão entretido com os felinos que nem deve ter me notado. — desculpa.

— tudo bem. – assegurou sorrindo. — eu tentei dormir, mas minha mente ficou muito barulhenta. – disse, desviando seu olhar para santiago. — ai o santiago notou que eu estava acordado e começou a brincar com a sua blusa, então decidi sair do quarto, eu não queria te acordar. – ouvia sua explicação meio hipnotizado, afinal, ele estava usando uma blusa minha.

— entendi... – respondi, me aproximando. — você quer entrar e assistir alguma coisa? aqui 'tá frio. – perguntei, vendo-o assentir.

e então seguimos para a sala, junto com os gatos, claro. pedro ficou na sala escolhendo o que iríamos assistir enquanto eu decidi pegar alguns doces para nós.

— você escolhendo um filme de terror? nossa, o tempo mudou mesmo. – comento assim que volto para a sala, deixando os chocolates na mesinha de centro. pedro dá de ombros.

— os clássicos até são bons. – respondeu dando o play no filme. — vem, deita aqui.

afastou-se um pouco para o lado, já que o resto do sofá estava sendo ocupado por santiago, vicente e chicória — o espaço que tínhamos era mínino, logo, ficaríamos colados.

não era um problema.


— você ainda gosta de mim, não gosta? – perguntei, brincando com o tecido da blusa que pedro usava.

eu estava com a cabeça em seu peitoral, ouvindo seu coração, enquanto assistíamos "a hora do pesadelo". pedro fazia cafuné no meu cabelo desde que me deitei ali, e eu me sentia no paraíso.

— você sabe que sim, babe.

— ai, é que... – suspirei, me sentando ao seu lado e olhando para si. — sei lá, achei que estivesse bravo comigo. – pedro franziu as sobrancelhas.

— e eu estava. – disse simples. — ainda estou um pouquinho, talvez. – o encaro. — o que foi? você que deu o meu buquê 'pra sua namoradinha.

— ela não era a minha namorada – respondi. — quer que eu te explique o que realmente aconteceu?

— vai dizer que não deu o buquê 'pra ela? – perguntou, cruzando os braços.

— não foi porquê eu quis, ok? – falo e ele ri. — íamos sair e...–

— me poupe dos detalhes, por favor. – pediu, fazendo-me rir.

— eu estava atrasado, recebi as flores quando eu já 'tava indo na garagem e eu não tive tempo de voltar 'pra deixar seu buquê aqui. ai ela viu, pegou...

— não entendo porquê você não falou que era um presente – pedro diz, mas sem resquícios de raiva ou chateação. — mas tudo bem, passou. fico feliz em saber o que realmente aconteceu.

— me desculpa.

— tudo bem. – me deu um selinho rápido. — te perdoo, mas só se eu puder ver os gatos todos os dias.

respiro fundo antes de falar.

— bem, se você voltar a morar comigo, acho que não seria um desafio.

— cedo assim?

— cedo, pedro? – ri. — eu te conheço antes de a gente existir, literalmente. – o olhei, vendo que seus olhos tomaram um brilho. — volta 'pra casa, amor.

ele sorriu com o pedido. 

aquilo não era um "namora comigo" ou um "vamos reatar", era um convite para voltarmos a rotina, a rotina que nunca deveríamos ter saído.

pedro pula em mim num abraço forte, me dando inúmeros beijos no rosto, o que me fez rir com cócegas.

— mas – parou, dando um último selinho em meus lábios. — seríamos o que? ex que moram juntos? – perguntou e eu ri alto da ideia.

— seríamos o que você quiser, coração.

O17 | to boazinha hoje 

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[𝟎𝟑] 𝐈𝐍𝐄𝐅𝐀𝐕𝐄𝐋, au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora