vinte e um

1.1K 124 322
                                    

JOÃO VITOR, point of viewSão Paulo, Brasil

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

JOÃO VITOR, point of view
São Paulo, Brasil

finalmente pedro e eu decidimos morar juntos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

finalmente pedro e eu decidimos morar juntos.

estávamos indecisos ainda se eu me mudaria para seu apartamento ou vice-versa. mas, ao receber a noticia de que o condomínio de pedro não permite animais de estimação e toda essa bobeira, meu apartamento era a única opção.

estávamos organizando — agora, nosso — closet. pedro ia dobrando algumas roupas, eu ia guardando, e os gatos iam bagunçando.

— olha com o que o quito ‘tava brincando – pedro diz rindo, me mostrando um colar.

o mesmo colar que eu dei de presente a ele, no seu aniversário de dezessete anos.

— não acredito que você ainda tem isso – digo sorrindo.

— por que eu não teria? – respondeu. — nossa história é meio clichê, né – riu, observando o pingente. — mas eu gosto, é um bom conceito, me sinto vivendo um filme.

— um filme clichê bem adolescente – completo. — “me apaixonei pelo meu melhor amigo de infância”.

— um ótimo título, eu diria. – diz. — não sei, acho que a gente aconteceu meio rápido.

— você 'tá falando do nosso primeiro beijo?

— não, babe – colocou o colar na cômoda. — 'tô falando do dia da praia, nas férias...

— e você lembra a data? – duvidei.

— eu vou muito esquecer – revirou os olhos. — dia dez de dezembro.

— quanta ignorância, credo. – disse cruzando os braços e fechando a cara. pedro riu pra mim.

— você sabe que eu te amo.

murmuro um "uhum" e então continuamos organizando as roupas ali.

— ai, nossa, meu Deus. – pedro solta de supetão, fechando os olhos com força.

— o que foi?

— minha cabeça surtou agora – fez um careta. — fui pro futuro e voltei, coisa estranha.

deixo o moletom no cabide e me sento na sua frente, o olhando.

— pensou no que, coração?

— coisa idiota, deixa quieto.

— me conta. — peço.

ele me olha, parando de dobrar as roupas.

— a gente 'tá parecendo vida de casado – riu. — minha mente fantasiou a gente casado, dobrando mini roupinhas dos nossos filhos. – ele diz e eu não evito sorrir bobo.

me levanto, voltando a organizar os moletons. 

— nós dois casados, é? – pergunto, vendo-o revirar os olhos com um sorrisinho.  — o que você acha da ideia?

apesar do tom de brincadeira, eu realmente quero saber sua resposta.

— está querendo casar comigo e não 'tá sabendo pedir? – brincou. — se for isso, saiba eu aceito, ok?

— aceita mesmo? – pergunto, talvez num tom preocupado.

ele me encara, ainda sorrindo.

— aceito, babe – disse. — aceito mesmo.

sorri com a resposta.

— olivia. – digo.

— hum?

— o que acha de nossa filha se chamar olivia? – pergunto.

— acho lindo, chique. – voltou a dobrar as roupas. — quantos filhos você acha que teríamos?

— eu quero quatro.

vejo seus olhos se espantarem.

— você é louco.

— ... dois meninos e duas meninas. – continuo.

— nossa, ainda bem que eu não engravido. – pedro disse, fazendo eu rir alto. – quais seriam os nomes?

— olivia, mia, ethan e noah.

— mia não.

— mia sim.

— joão vitor. – resmugou. —  quatro filhos, quatro gatos e a menina se chamar mia? – me olhou. — é um nome lindo, mas não.

— para de ser assim – ele ri. — qual nome, então?

espero em silêncio, vendo-o pensar.

— isis.

faço uma careta.

— não gostei, meio repetitivo.

— muito difícil entrar num consenso contigo – ele emburra, cruzando os braços. — a criança não vai ter nome, então.

paro um pouco, focando meu olhar em nada específico.

— íris. – falo.

— íris é um órgão.

— e olivia é uma fruta. quem se importa?

sorrio para si, esperando uma resposta.

— íris tófani romania?

— íris romania tófani. – corrijo e ele me encara com desdém. — acho que a gente vai ter bastante tempo para pensar nisso, coração.

pedro dá de ombros, voltando a dobrar as roupas.

— eu hein – ele disse baixo. — que assunto estranho.

O21 | posso considerar esse o meu capítulo preferido, eu acho 🥹

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O21 | posso considerar esse o meu capítulo preferido, eu acho 🥹

[𝟎𝟑] 𝐈𝐍𝐄𝐅𝐀𝐕𝐄𝐋, au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora