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— Espera aí!

Scott pediu, correndo atrás de Allison e Lydia, afim de ver se conseguiria as impedir de irem embora. Queria ajudar, mesmo sabendo que não havia muito o que fazer.

— Vocês estão bem? — ele pergunta, respirando fundo.

Lydia não deu um pio, era como se estivesse em um tipo de estado catatônico. Ela encarava o chão e Scott era capaz de perceber sua maquiagem se borrando cada vez mais que as lágrimas desciam. Ela nem parecia notar. Allison, que estava ao seu lado, a colocou sentada na cadeira que havia no jardim de Scott.

— Ei, me da um minutinho e nós vamos pra casa, ok? — ela a certificou, se agachando e falando baixinho.

Andou até Scott, que estava um pouco distante delas.

— Que porra está acontecendo? — ela perguntou, sussurrando para que Lydia não escutasse.

— Não sei muito mais do que você. — ele respirou fundo, coçando o cabelo de nervosismo. — Tem certeza que vai levá-la para casa? Não quero te incomodar.

— Não está. E antes que eu esqueça...

Ela colocou procurou algo em sua bolsa, não demorou muito para que achasse já que não tinha muitos pertences ali dentro. Retirou da mesma, uma pequena caixinha com um lacinho vermelho em volta dela.

— Feliz aniversário, Scott.

Allison estendeu sua mão, o dando a caixinha. Scott não soube reagir... de primeira. Pois de segunda, ele abriu um sorriso enorme. Pegou a caixinha e a abriu rapidamente, se deparou com um chaveiro de Marijuana, ele era brilhante coberto com pedrinhas verdes.

— Agora você já pode dirigir, pensei que precisaria de algo pra combinar com a chave do seu novo Porsche. — ela riu, enquanto observava ele admirar o presente.

Scott não teve palavras por um período de segundos. Aquele, além do Porsche novinho que seu pai te deu para compensar o fato de nunca estar por perto, foi o único presente que ele havia ganhado naquele dia. Nem mesmo de seu melhor amigo, ele ganhou algo. Ela se lembrou dele.

— Alli, eu... Muito obrigada. Isso fez o meu dia.

Havia muitas coisas que ele gostaria de dizer. Mas, Lydia estava bem ali atrás e além do mais, ele tinha certeza de que ela não gostaria de ouvir.

— Vamos? — ela perguntou a Lydia, que apenas a encarou e assentiu.

00h59

Assim que o Uber as deixou na porta da casa de Allison, Lydia acordou, após a breve soneca que havia tirado. Ela observou a casa por fora, era pequena, o portão era pichado e a vizinhança não parecia ser tão diferente.

— Não repare a bagunça. — ela disse, e após, deu um pequeno sorriso.

Lydia entrou e não podia fingir que não estava observando cada detalhe daquele lugar. Não era nada parecido com qualquer ambiente que ela já tenha entrado, era humilde no melhor sentido possível da palavra. No sofá, se assustou quando viu um movimento.

— Ah, oi querida. — A mãe de Allison se levantou do sofá. — Quem é a sua amiga?

— Oi Mãe, que susto. Essa é a Lydia. — Allison disse, após trancar a porta e pendurar as chaves no porta chaves. — O que está fazendo acordada ainda?

— Estava esperando você chegar, fiquei preocupada pois não avisou que voltaria tarde. — ela sorriu.

— Desculpa. A Lydia pode dormir aqui hoje?

A senhora olhou para Lydia, que até então não havia dado um pio e a encarava como um cão abandonado que há qualquer momento poderia chorar. Olhou para Allison, que tentava se comunicar com a mãe pelo o olhar — por favor, deixa ela ficar.

PromiscuousOnde histórias criam vida. Descubra agora