Novamente, eu acordo. Porém dessa vez eu estava mais rabugento do que o normal diante dos acontecimentos ridículos de ontem à noite. Depois que coloquei Lydia no quarto de hóspedes, enchi Allison de mensagens e até agora ela não respondeu ao menos uma. Escuto o maldito toque na porta, então resolvo descer para o café da manhã.
Assim que cheguei à mesa cheia de alimentos eu simplesmente não pude deixar de notar a inédita presença de Lydia. Ela estava sentada de pernas cruzadas, com um sorriso dócil e o rosto limpo. Que porra é essa? Como ela fazia isso?
— Bom dia, querido. — Minha mãe me diz, ao me ver descer.
Totalmente focado na ruiva, eu me sento ao lado dela, sem palavras alguma para dar. Pelo menos não na frente dos meus pais, porque acredite, por trás deles eu tenho muitas perguntas.
— Dormiu bem, meu amor? — ela pergunta, me encarando enquanto eu coloco café na minha xícara.
— Claro. E você? — eu pergunto, já que antes de eu a ter jogado na cama ela estava vomitando pelo jardim.
— Dormi muito bem, só não bem o bastante, afinal não estava agarrada com você. — ela diz, acariciando meu rosto.
Cínica. Eu retiro a mão dela tentando pelo menos não demonstrar o quão angustiado estava.
— Eu achei que tivessem dormido juntos. — minha mãe a responde.
— Bom, eu não achei apropriado sem a permissão de vocês. — ela sorriu.
— Não tem problema, querida! Você já faz parte desta família há muitos anos.
Jesus cristo, será que minha mãe poderia ao menos fingir que não está puxando o saco dela? Allison não podia nem pisar na grama daqui de casa, enquanto isso Lydia tem passe livre para dormir de conchinha comigo? Que tipo de pais são esses?
— Estou indo. — me levantei, não era obrigado a continuar me fazendo passar por essa situação de merda.
— Amor, me espera! — ela diz, se levantando e tentando me alcançar.
— Do que está falando? Eu preciso ir pro colégio.
Não entendi, já que Lydia era de um colégio interno há alguns quilômetros de distância daqui. Mas de repente a vejo tirar o uniforme do meu colégio de sua bolsa.
— Esqueci de comentar que me matriculei no seu colégio, nessa correria toda de jantar com os seus pais. — ela riu. — Estava nervosa. Enfim, me espera lá fora.
Ela disse e em seguida correu em direção ao banheiro do primeiro andar. Eu estava completamente indignado com isso e pior de tudo era que eu não podia ter uma reação qualquer além de felicidade por conta dos meus pais, que me observavam feito câmeras.
Lá fora, não demorou para que Scott começasse a me bombardear de ligações, ele sempre faz isso quando estou atrasado. Que é quase sempre.
— Alô. — digo, sem forças, sem ânimo.
— Tem noção de quanto crédito que eu gasto ligando para você todos os dias? — ele diz, do outro lado da linha.
— Você sabe que existe Whatsapp, certo?
— Ou você podia começar a chegar na hora certa, já pensou nisso?
— 7 horas da manhã, Scott. O quão filha da mãe você tem que ser pra pertubar o juízo dos outros nesse horário sagrado?
— Vamos? — Lydia pergunta, ao sair pela porta.
— Quem é essa? — como sempre, fofoqueiro.
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Promiscuous
Teen FictionStiles e Lydia são amigos de infância. Após o término da amizade, Lydia segue um rumo não tão diferente de Stiles e traumas são feitos. Eles decidem se reencontrar para fingir um namoro para aliviar a pressão dos pais bem sucedidos. Com muito ódio...